Guitar Hero III: Legends of Rock foi meu primeiro contato com a franquia e graças a ele, pude moldar meu gosto por Rock, definir meu gênero favorito e, claro, me diverti horrores. Agora me resta refletir e decidir se o jogo se sustenta ou se a nostalgia me fez de vítima.

A começar pelo gameplay, que, como de praxe, traz correções de problemas dos jogos anteriores e faz mais uma mudança no sistema de Hammer-ons e Pull-offs. Uma mudança de gameplay notada pela fanpage da série diz que neste jogo a execução se tornou mais fácil pelo aumento do timing para acertar notas. Embora eu concorde que inegavelmente o timing se tornou maior, a complexidade das músicas aumentou e a execução de certos trechos ou mesmo de músicas inteiras pode se tornar desastrosa com facilidade nas dificuldades mais altas. Claro, não me refiro às músicas famosas pela dificuldade, como One ou Knights of Cydonia, essas estão no jogo fazendo jus à fama que tem.
As Guitar Battles são uma mudança interessante e divertida, embora existam apenas três e a curva de dificuldade seja bem íngreme.
Tocar The Devil Went Down to Georgia sem praticar algumas vezes pode ser uma experiência bem frustrante.

A setlist do jogo é marcante, pra dizer o mínimo. Infelizmente, muitas das músicas que caberiam aqui (Sweet Child O' Mine, por exemplo) já haviam sido usadas nos jogos anteriores e estavam licenciadas à Harmonix.
Da carreira, as minhas preferidas são:
⁕ "Story of My Life - Social Distortion"
⁕ "School's Out - Alice Cooper"
⁕ "Bulls on Parade - Rage Against The Machine"
⁕ "When You Were Young - The Killers"
⁕ "The Seeker - The Who"
⁕ "Paint It Black - The Rolling Stones"
⁕ "My Name Is Jonas - Weezer"
⁕ "Even Flow - Pearl Jam"
⁕ "Holiday in Cambodia - The Dead Kennedys"
⁕ "Rock You Like A Hurricane - The Scorpions"
⁕ "Welcome to the Jungle - Guns 'N Roses"
⁕ "Black Magic Woman - Santana"
⁕ "Before I Forget - Slipknot" (Pensa numa música pra dar nó nas mãos)
⁕ "3's & 7's - Queens of The Stone Age" (Se você chega inteiro ao solo do baixo, já sabe o que te espera depois)
⁕ "Knights of Cydonia - Muse" (Aproveite suas 680+ notas de introdução, a música ainda tem mais 1200+ e não vai te deixar em paz)
⁕ "Cliffs of Dover - Eric Johnson"
⁕ "One - Metallica"
⁕ "Monsters - Matchbook Romance" [Co-op apenas]
⁕ "Helicopter - Bloc Party" [Co-op apenas]
⁕ "Through the Fire and Flames - Dragonforce" (nunca fiquei tão feliz de poder errar todas as notas durante os créditos 😅)

E embora as músicas extras não tenham me cativado tanto quanto nos jogos anteriores, posso citar:
⁕ "Closer - Lacuna Coil"
⁕ "F.C.P.R.E.M.I.X. - The Fall of Troy"
⁕ "Impulse - An Endless Sporadic" (❤)
⁕ "Mauvais Garçon - Nast"
⁕ "Radio Song - Superbus"
⁕ "Ruby - The Kaiser Chiefs"
⁕ "She Bangs the Drums - The Stone Roses"

Devo dizer que as músicas criadas exclusivamente para Guitar Battles são um show à parte e a participação do Tom Morello e Slash, embora tímidas e rápidas, foram excelentes.

Em termos de audio, Guitar Hero 3 sofre de problemas na normalização do áudio, com algumas músicas ficando com alguma parte da banda desmedidamente alta, mesmo que algumas poucas músicas pudessem tirar proveito disso (3's & 7's sendo um bom exemplo).
A qualidade dos covers continua excelente, graças ao bom trabalho do Wavegroup.

Visualmente, fico desapontado de ver a série perder o charme que a direção mais cartunesca dava aos personagens, sendo especialmente notável a maneira como Xavier Stone passou a ser basicamente um sósia do Hendrix até que o próprio tivesse sua aparição num jogo.
A "pasteurização" da identidade visual do jogo iria encontrar outro patamar em World Tour, mas aqui tenho a impressão de que a Neversoft já queria apostar em um certo realismo (com ressalvas, claro).

De modo geral, Guitar Hero III: Legends of Rock é um jogo sólido, mas que poderia ter sido melhor.
Eu gostaria de ter visto um pouco mais de variedade nos gêneros escolhidos para a trilha sonora, coisa que World Tour acertaria em cheio.
Olhando para o jogo sem as lentes da nostalgia, eu diria que GH3 acerta no mais do mesmo que GH2 acertou, com uma trilha mais memorável pra acompanhar.
Pela importância que este jogo tem para mim, eu daria 5 estrelas e passaria horas escrevendo sobre o quanto eu o amo. Porém, olhando de maneira um pouco mais crítica, eu arriscaria dizer que o ápice da franquia está em outro título.

Picture this: It was a gloomy Saturday morning. I foud out that it was Garage Sale day. Not expecting anything good, I brung my friends out to a little excursion around the neighborhood to look around. For the first 30 minutes, we found nothing good. Then, we decided to go down the hill and look further. Lo and behold, we found a house with a large table and many old Wii games scattered throughout. There was a person sitting on a chair next to the table. He was older, and probably had grown out these games or had a loved one who had. Intrigued, I asked him which ones he liked the most. He got up and picked up this disc. He looked at it for a few seconds, like saying goodbye to an old friend, and showed me it. I had heard of it, of course, and it looked mildly cool, but I ultimately declined because I had no access to a controller able to play the game. Then, he walked into his garage and picked up two, sticker-laden plastic guitars. I bought it from him for $20. A steal, right? I didn’t think so at the time. So, I got home, dusted off
the old Wii, and plopped the disc in. Immediately, I was met with a deafening guitar riff that nearly knocked me off my feet. When I pressed play, I sat through two minutes of company intros (not knowing you could skip them at the time) and a sick early-2000’s edgy animation, and then finally played the game. Beat it six days later. Best gaming experience I’ve ever had with friends.