Bio
Geógrafo, carioca, professor, jogador de videogame, imigrante no DF, devorador de livros, rato de internet e fã de Smash Bros. Não necessariamente nessa ordem.

Jogo desde os 04 anos, mas só vou logar aqui o que zerar de 2020 pra frente porque SEM TEMPO, IRMÃO.

1★: tem potencial.
2★: gostei mas não recomendo.
3★: bom pra cacete.
4★: top jogos ever já feitos.
5★: sou EXTREMAMENTE GRATO pelo privilégio de jogar esta maravilha.

Aviso logo que sou bem pouco rigoroso com jogos, se faz o básico eu já tou feliz.

E só dou nota na virada do ano, porque sim.
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1★
5★

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Veredito: Mais um coletaton delícia.

A Hat in Time é mais um daqueles jogos super maneiros que não são MEU DEUS DO CÉU QUE PUTA OBRA FODONA, VENHA COMER MEU CU mas tudo bem, não precisa ser. Ele é só um jogo bastante delicinha e feito com muito carinho. E isso basta.

É bem óbvia a inspiração nos coletatons do N64, Cube, PS1 e PS2: um plataforma de explorar a fase e caçar colecionáveis. Os mundos são coloridos, a exploração é recompensadora, as habilidades fluem bem e são bem utilizadas nas fases e nas missões (muito gostoso correr na parede e mergulhar no meio do pulo), e os personagens são bastante caricatos, hilários e expressivos. Não é perfeito, mas de novo: tudo bem, não precisa ser.

Já vi gente reclamando da curta duração. Pra mim ele tem o tempo exato que é pra ter: o tempo de explorar todas as mecânicas e ser gostoso do começo ao fim. Ele poderia ser maior? Poderia. Mas se for pra esticar artificialmente um jogo, com gordura mal feita só pra dizer que é longo... Deixa o jogo ser curto mesmo. Fica mais rejogável assim.

Aliás, parabéns pra Gears for Breakfast pelo EXCELENTE suporte a mods. Nada de ficar instalando eles no braço lá da oficina da Steam, ou pior: baixando de um Nexus da vida e procurando online guias complicados de instalação. Você entra na sala do hub dedicada a isso, fala com o personagem de lá e pronto: é só escolher o mod que você quer jogar.

Dito e feito: depois de zerar, perdi várias horas me divertindo com o que a comunidade já criou. Joguei dois time rifts, uma fase super caprichadíssima baseada em Celeste, e um projeto ambicioso que por enquanto só tem a 1ª fase com uma área secreta. E isso não foi praticamente nada, é só a ponta do iceberg, se eu quisesse tava jogando mod até agora e ainda por muitos dias a fio.

E pessoal ainda vem reclamar que o jogo devia ter mais conteúdo?

Veredito: Maduro e fácil de empatizar, mas todas as rotas são iguais.

Tematicamente, Catherine é exatamente o que eu esperava. Não um jogo erótico, não um hentaizão cheio de sexo, e sim um jogo sobre sexo. Um jogo sobre relacionamentos românticos, sexuais, e tudo o que existe entre essas duas coisas. O visual e todo o estilo do jogo puxam MUITO pro erotismo e romantismo, mas nunca como um pornô, e sim como algo importante pra ajudar a dar o recado.

Todo mundo já sabe a premissa: você é Vincent, está tendo problemas no seu namoro e, quando se dá conta, acorda pelado na cama com uma mulher que acabou de conhecer. Você não se lembra de nada, mas ao que parece tu acabou de meter um chifre na sua namorada de longa data. A partir daí você que se vire pra lidar com a situação.

O dia é praticamente uma visual novel: você conversa com seus amigos, vai pro bar, recebe nudes da sua amante e ligações da sua namorada, e decide o que fazer em cada situação. De noite, você e vários desconhecidos compartilham do mesmo pesadelo: tem que escalar uma torre enorme, e quem cair não acorda mais vivo. Pense num plataforma de labirinto a la Donkey Kong clássico ou Pushmo, só que muito mais complexo e com um limite de tempo no seu pescoço, pronto pra te guilhotinar no menor errinho.

Ao mesmo tempo que não passa pano pro adultério (o texto deixa bem claro que os homens no pesadelo são pessoas horríveis que estão pagando por isso, inclusive você, que fica procurando desculpas pra não resolver o problema que criou) o roteiro se preocupa em mostrar várias outras facetas do problema.

Catherine, que você conhece no bar e que te leva pra cama, não sabe que está sendo uma amante. Katherine, sua namorada, não tem te tratado nada bem ultimamente e não tem facilitado sua vida, chegando a dizer que ela é que vai cuidar da sua conta bancária. Rin, que você conhece logo antes do jogo começar, faz o que pode para ser uma boa pessoa e para ajudar os outros, apesar de estar ela mesma cheia de problemas.

Existe um ótimo trabalho aqui para desenvolver as personagens. Ao longo do jogo você vai vendo como o namoro de Vincent foi amadurecendo e depois desmoronando, como tanto Catherine quanto Katherine lidam com os comportamentos estranhos do rapaz, como Rin vai se recuperando da amnésia que está sofrendo. Todos os homens no pesadelo passam por sentimentos pesados de culpa, e Vincent faz o máximo para ensinar eles a escalar para sobreviver mais uma noite. E se esforça pra aprender a ser uma pessoa melhor a partir dos próprios erros e dos erros dos colegas.

Minha única crítica é que as rotas são uma ilusão muito frágil: basta rejogar. Ao invés de te dar uma única escolha direta, o jogo te dá um milhão de pequenas escolhas que vão preenchendo uma barrinha, e essa barrinha em tese determina o rumo da história e eventualmente o final. Mas as diferenças são ínfimas. Você pode fazer de tudo pra terminar o seu namoro, ou fazer de tudo pra salvar ele, e meio que tanto faz. Os diálogos nunca mudam nada, os cenários vão ser sempre os mesmos. Isso não seria um problema se o jogo não fizesse tanta questão de enfatizar "cuidado com as suas escolhas, heim, elas afetam a história". Afetam porra nenhuma. Tá, o final muda, mas é só isso.

Veredito: Continua sendo o pior Zelda, mas mesmo assim é ótimo.

Link's Awakening está num momento curioso da história da franquia: saiu pouco depois do Zelda de Super Nintendo, 5 anos antes de Ocarina, foi o 1º Zelda portátil e - talvez o mais importante - foi um projeto paralelo de seus criadores, iniciado quase que só pela zuera da coisa, sem praticamente nenhum envolvimento do cara que inventou Zelda.

Link's Awakening é um Zelda descompromissado e despretensioso.

Essa é de longe sua maior qualidade, mas também é de onde surge a maioria dos seus problemas: várias armadilhas são baratas, alguns puzzles forçam um pouco a barra, e uma ou duas vezes eu corri o risco de me travar e quase precisei recomeçar tudo do zero. Sem contar que você não é exatamente um herói numa aventura épica pra salvar o reino, tu é só um náufrago preso numa ilha e tentando sair. E o mapa é consideravelmente pequeno. Jogo bem bacana como qualquer Zelda, mas comparando com o resto da série este é um dos mais fraquinhos.

Ao mesmo tempo, essa liberdade é justo o que dá o charme de LA, é justo de onde saem suas ideias mais legais. Ele faz umas coisas que (quase?) nenhum outro Zelda faz. Por que todo jogo precisa ser uma jornada épica? Por que todo mapa precisa ser imenso? Esquece isso, coloca aí animais falantes, personagens hilários e situações inusitadas no jogo. Por que tem aparições aleatórias de um monte de outras franquias da Nintendo, especialmente Mario, algumas necessárias pra avançar na história? Por que tem uma sidequest de tirar fotos divertidas? Porque sim, oras.

É essa lógica que permite você combinar itens para ter efeitos novos, que trouxe o primeiro (e mais divertido até agora) minijogo de pesca em Zelda, e que traz uma história meio melancólica e pessoal pra franquia pela 1ª vez. Alguns labirintos e chefes são ruins sim, mas quando eles são bons, eles são REALMENTE bons.

Nem todas as ideias novas deram certo, mas pelo menos eles puderam ter ideias novas. Não precisaram passar pela aprovação de 20 supervisores e ler 50 documentos só pra botar uma ideia legal num jogo legal.

É difícil de imaginar meia dúzia de gato pingado na Nintendo pegar hoje uma de suas franquias mais renomadas e fazer o que quiser com ela, sem levar nada muito a sério e sem ninguém ficar se metendo. Mas é uma pena. Por mais problemas que tenha, Link's Awakening experimentou coisas novas e muitas delas são super maneiras. E parece que isso só foi possível ali naquele momento: quando a galera tava fazendo o que queria, criando o jogo que estavam a fim, sem se preocupar com os milhões de dólares que precisam ser investidos nos mínimos detalhes pra botar qualquer coisa em prática.