Quando eu era criança, tinha medo de praticamente tudo, então evitava ao máximo jogos de terror. Felizmente (ou infelizmente), a medida que cresci, fui perdendo o medo das coisas, e eventualmente comecei a jogar os jogos de terror que tanto ouvi falar sobre durante toda minha vida.

Todavia, Resident Evil nunca foi uma franquia que me chamou muita atenção. Já tinha visto alguns vídeos e achado legalzinho, mas sempre achei o conceito de zumbi meio paia, então evitei ir a fundo na franquia por um bom tempo. Foi só depois de jogar os jogos de Silent Hill e ficar com aquele gostinho de quero mais que decidi deixar de ser fresco e dar uma chance de verdade para franquia.

Devo dizer que gostei dos primeiros jogos bem mais do que imaginava, a atmosfera de terror dos anos 90 é bem cativante, além de os jogos terem ideias muito criativas, com puzzles bem desenvolvidos e um lore interessante. Como disse antes, acho o conceito de zumbi meio sem graça, mas a Capcom abordou o conceito muito bem. Lembro de ler em alguma parte do primeiro jogo um relato de um homem que se transformou lentamente em um zumbi e achar muito envolvente, melhor que novela da Globo.

Beleza, falei um monte, mas ainda não disse nada sobre o RE4, então vamos ao que interessa.

Depois de jogar os primeiros jogos e me surpreender com os puzzles, a ambientação e o lore, logicamente fiquei interessado em jogar também o quarto jogo, apesar de saber que ele era diferente dos primeiros jogos.

E o que tenho a dizer é que, mesmo esperando bastante do jogo, ele me surpreendeu muito mais do que o esperado. O jogo simplesmente não entregou nada do que eu tinha gostado nos jogos anteriores. Achei os puzzles muito fáceis, história muito simples, o clima de terror não me deu quase medo nenhum (tirando os Regenerators e o Verdugo, esses são tenebrosos), basicamente só a trilha sonora continuava sendo consistentemente incrível.

E apesar disso, posso facilmente dizer que RE4 é um dos meus jogos favoritos. A história é simples, mas do jeito que as cutscenes são apresentadas, faz parecer uma saga Hollywodiana, além da dublagem ser muito boa e adicionar muito carisma aos personagens. Os puzzles são fáceis, mas divertidos, a ambientação não chega a dar medo em mim, mas é excelente. Os inimigos e chefes são muito divertidos de se enfrentar, além de te ajudarem a aprender espanhol. Pra ser sincero, a minha única reclamação de verdade do jogo é que achei os chefes muito fáceis.

Enfim, apesar de normalmente não ser tão fã de jogos de tiros, amei esse jogo. Sério, esse jogo é de 2005, mas você consegue atirar num joelho de um inimigo pra fazer ele cair de joelhos. Pode parecer simples hoje em dia, mas na época isso era o pináculo da tecnologia.

Enfim, RE4 é incrível e fico feliz de finalmente ter jogado ele.

Como meu PC está meio velhinho, não tenho condições de jogar o Remake, mas assim que tiver condições irei jogar (talvez isso seja só em 2050, mas até lá, eu espero).

A história é bem fraca, e o fator replay se torna meio cansativo por causas da cutscenes, mas no geral é um excelente jogo pra passar o tempo.

O principal motivo pra eu jogar pra eu jogar esse jogo foi o Vaas ser dublado pelo Michael Mando, mas o resto do jogo também foi divertido. Os personagens e a história são legais, apesar de eu sentir que forçaram a barra um pouco às vezes. A gameplay é satisfatória, apesar de os controles de carro serem meio estranhos e eu ter encontrado alguns bugs estranhos, mas que felizmente não afetaram muito a gameplay. Em suma, é um bom jogo pra passar o tempo.

2018

Minit é um jogo simples, que tem uma mecânica interessante e uma boa execução. A satisfação de descobrir coisas novas aos poucos é bem divertida. O jogo é bem curto, mas acredito que se o jogo fosse muito maior, a mecânica principal ficaria muito repetitiva, então a duração acaba sendo ideal. Se você curte jogos simples com o fator exploração, vale a pena dar uma olhada.

Silent Hill 3 traz alguns aspectos novos pra série ao mesmo tempo que revive alguns aspectos do primeiro jogo.

Tanto a trilha sonora quanto gráficos mantém a qualidade do antecessor. O que mais se destaca aqui é a história, que tem uma atmosfera mais próxima do primeiro jogo do que do segundo, e o design dos níveis, que sinto que mudou um pouco em relação ao segundo jogo, sendo um tanto quanto mais fechado. O clima de terror desse jogo também é muito bizarro, tendo algumas cenas que te deixam agoniado de verdade.

Apesar dos controles serem meio estranhos, e a câmera muitas vezes mais atrapalhar do que ajudar, achei as lutas, principalmente as de chefe, melhores e mais justas, apesar de mais difíceis, com vários inimigos sendo bem chatos de se lidar.

Os enigmas são bem legais, porém recomendo fortemente que jogue com a dificuldade de puzzle no normal, porque os puzzles no difícil exigem pós-doutorado em literatura inglesa, além de serem muito vagos e conter muita informação desnecessária pra te confundir, que acaba criando uma dificuldade artificial.

Enfim, escrevi demais. O jogo é show de bola, apesar de ter algumas escolhas questionáveis, principalmente no design, mas que podem ser facilmente perdoáveis levando em conta tudo de bom que o jogo oferece.

Em quesito de gameplay, Silent Hill 2 se assemelha bastante ao seu antecessor, mantendo a qualidade, principalmente em relação aos puzzes.
Os destaques aqui vão pros gráficos e pra trilha sonora que são ambos maravilhosos. Vale ressaltar também que os inimigos tem designs bem marcantes, e os cenários e os efeitos sonoros realmente te deixam desconfortável.
Outro ponto é a história, que tem uma premissa bem interessante, e com uma execução que apesar de um pouco tosca às vezes, ainda é bem interessante de se ver.
Minha maior reclamação com certeza é sobre o combate, que apesar de achar melhor que o do primeiro jogo, às vezes se torna um pouco chato, tendo algumas lutas bem cansativas.
De qualquer jeito, Silent Hill 2 é uma obra-prima que merece ser jogada, espero que o remake mantenha o nível de qualidade.

This review contains spoilers

Eu fui abduzido por aliens, causei um divórcio e convenci um robô a se autodestruir com minha inteligência. Não sei mais o que dizer.

Estava um pouco receoso desse jogo não ter envelhecido tão bem, mas tirando os controles de tanque meio estranhos e algumas coisas que hoje em dia parecem toscas, acredito que envelheceu muito bem. Os gráficos de PS1 acabam ajudando bastante na atmosfera de terror. Gostei principalmente da trilha sonora e dos puzzles, que tem uma dificuldade boa que não é nem tão fácil nem tão difícil. O fato do jogo marcar no mapa onde você já foi ajuda muito, e os saves e a quantidade de itens são bem justos. Em suma, tirando os controles meio estranhos (principalmente no combate e nas lutas de chefe), e algumas outras coisinhas de menos, esse jogo ainda vale muito a pena ser jogado, mesmo pra quem não jogou na época, como eu.

Saudades de quando jogos pra crianças começavam com uma partida de pôquer e um dos personagens casualmente morrendo.

Tenho muita coisa pra falar, então vou dividir em partes:

História: Apesar da história do jogo ser super simples, o que me conquista são os personagens carismáticos e o humor absurdo. Tem uma quebra de quarta parede a cada três segundos, sem falar nas piadas que definitivamente não estariam em um jogo que teoricamente foi feito pra crianças se esse jogo fosse lançado hoje.

Gráficos: Bonitinho, não tem um avanço tão absurdamente grande em relação ao antecessor, porém os cenários são bonitinhos, então show de bola.

Gameplay: Começar o jogo com as habilidades do jogo anterior é um toque bem bacana, poucos jogos fazem isso. As novas habilidades e transformações também são bem bacanas, e gosto do fato que o jogo vira Doom do nada, apesar da gameplay em primeira pessoa não ser a melhor do mundo. Apesar dos pontos positivos, de longe, o maior problema desse jogo é o vai e volta absurdo que você tem que fazer toda hora, deixando o jogo extremamente cansativo e maçante, sem falar que já seria um jogo bem grande por si só sem o vai e volta. Outro problema é a câmera, que as vezes dá bastante raiva, na verdade, quase o tempo todo. Outro ponto é que o jogo é levemente lagado às vezes, mas isso dá pra relevar.

Trilha sonora: Jóia, musiquinhas bem legais, padrão Rare.

Em suma, é um jogo bem bacana, e jogá-lo anos depois de jogar o primeiro foi uma boa experiência, apesar de ser maçante às vezes. Sinto saudades de quando jogos infantis tinham todo esse carisma. Entretanto, alguns aspectos nele envelheceram porcamente, o que faria uma continuação ou remake bem justificável, mas acredito que às chances disso acontecer são mínimas.

Um jogo com uma direção de arte única que remete as pinturas de Escher, e que apesar de curto e simples, é uma boa experiência visual e auditiva.

Um jogo lindo com um estilo gráfico único, principalmente considerando-se que é o SNES. A mecânica do jogo é única e tem bastante variedade nas fases, que chegam a ser relativamente difíceis, principalmente pra quem busca o 100%. Outro fator de destaque são as músicas que dão um charme a mais pro jogo. A atenção aos detalhes também é um ponto a se mencionar, a medida que você progride no jogo, a música de seleção de fases vai ganhando mais e mais instrumentos, o que gera um senso de progresso bem bacana. O único fator que pode ser considerado um problema no jogo é que algumas fases duram muito, o que pode fazer conseguir o 100% uma experiência bem entediante. Mesmo assim, esse jogo é um clássico que envelheceu extremamente bem.

Legal, mas acho que se estende um pouco demais.

A trilha sonora me fez jogar de novo.

Um grande avanço técnico em relação ao primeiro, com várias mecânicas novas. Não encontrei nenhum bug enquanto jogava, o que na verdade é um tanto impressionante. Entretanto, sinto que o primeiro é mais divertido, talvez por não ter tantas mecânicas.

Bem bom, tem alguns pequenos probleminhas, mas nada que arruíne o jogo.