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Após eu zerar o jogo, tinha visto algumas opiniões sobre como esse jogo não servia para o personagem do Ichiban. Eu consigo entender o por que de alguém ver isso desta maneira, porém ao analisar os principais temas políticos desse jogo, eu não consigo ver isso.

A vida de todo ex-yakuza no Japão é um inferno (como é que alguém pode viver sem poder criar uma conta no banco ou até mesmo alugar apartamento pqp), a RGG já estabeleceu muito bem isso, e todo sócio-comentário que o jogo faz sobre esse assunto é a verdadeira passada da tocha do Kiryu pro Ichiban.

No caso do Kiryu, ele vê o seu maior pecado, o fato de que ele nunca pôde mudar a Yakuza, quando ele teve a oportunidade, ele vazou para viver com a família e não tirou a escória de lá. Eu já vi pessoas que não vão concordar com isso, (elas estão erradas), o Kiryu já deixou bem claro como que ele se arrependeu de deixar o Daigo sozinho para comandar o clã Tojo na carta final dele se despedindo no Yakuza 6. O Ebina simboliza isso, todo o arrependimento que o Kiryu teve na vida dele, o Ebina foi uma vítima da Yakuza e teve sua vida destruída por causa dela, a tatuagem dele simboliza isso, um Oni vermelho com duas espadas significa todo o ódio que ele tem com todas as organizações da Yakuza.

Como já mencionado antes, o governo japonês simplesmente está cagando pra vida de ex-yakuzas, e agora virou temporada de caça para ex-yakuzas, a situação política do país permite que pessoas como o Ebina possa foder cada vez mais a vida de ex-yakuzas, por isso que aos meus olhos o Ebina é um excelente antagonista. (mesmo apesar do fato de gente como o Mine Nishiki, Ryuji, Kuze, Sagawa etc. ainda conseguem ser melhores só pelo fato de que o Ebina não consegue tanta presença no jogo por alguns capítulos, nisso o jogo peca).

A boss fight final do Ebina é muito foda por isso, o Kiryu sabe de que ele sofreu, ele sabe de que alguns yakuzas são horríveis e ele sabe de que ele não fez tanta coisa pra impedir criminosos infestarem o clã Tojo, seja devido a saida dele ou ao fato dele não ter ajudado o Daigo, a única coisa que ele pode fazer pelo Ebina é se desculpar e pedir pra que ele confie nos ex-yakuzas e entenda de que eles também são pessoas merecedoras de respeito e, no momento, precisam de toda a ajuda que o estado japonês não ofereceu.

Por outro lado o Ichiban foi um ex-yakuza que saiu do fundo do poço graças às pessoas que o ajudaram, depois da morte do Arakawa no Yakuza 7, uma pessoa que o Ichi é eternamente grata, ele decidiu seguir o último desejo do seu patriarca e dedicar a sua vida a reintegrar ex-yakuzas na sociedade japonesa.

No caso, o Kiryu não pode ajudar mais os ex-yakuzas devido a sua doença e a sua idade, a passada da tocha é justamente isso, o Ichiban fazendo o Kiryu não pode mais fazer e corrigindo esse arrependimento dele.

No entanto, eu tenho que admitir que a parte do Kiryu é bem melhor, todo o tema de lidar com uma doença terminal e tentar achar um novo significado para poder continuar vivendo durante o pouco tempo que ele tem e ainda fechar todos os capítulos da sua vida é muito foda. A única parte do Ichiban que me incomodou foi o fato dele aparentemente não ligar tanto pra sua mãe? A cena que ele tem com ela é poderosa, sim, mas só aconteceu porque o Yamai quase forçou ele a ter um momento com sua mãe, tirando isso, a parte do Ichiban basicamente define todo o conflito de que ele vai ter nesse jogo e nos jogos futuros, sendo a verdadeira passada da tocha.

O Bryce como um vilão também eu achei foda, eu sei que ele não vai clicar tanto com muita gente devido as suas motivações serem mais plot-focused do que character-focused, porém ele serve como um comentário gigante da ocupação ilegítima dos EUA no Havaí e todos os problemas sociais que o estado agora tem 120 anos depois da ocupação americana, não irei elaborar, pesquise você mesmo.

Para encerrar, o subtítulo do jogo, Infinite Wealth, cai muito bem nos temas de valorizar a sua vida e viver mesmo que você tenha pouco tempo, isso pro Kiryu. Pro Ichiban tem o fato de você precisa confiar em todas as pessoas nesse mundo e ainda ignorar estereótipos que a sociedade dá para certos grupos sociais, nisso os ex-yakuzas e também no final do jogo, o Eiji que foi linchado pela sociedade.

Enfim, Like a Dragon: Infinite Wealth é uma obra prima e um dos melhores jogos que a RGG já fez.