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Veredito: Nostalgia destilada e deliciosa.

Imagino que se você joga Banjo-Kazooie pela 1ª vez hoje, ele deve ser um coletaton padrãozão com câmera bosta e alguns bugs irritantes, mas que consegue ser divertidinho. Só que pra mim, uma criança noventista que cresceu com um N64 e que já tem a platina dele toda no piloto automático de tanto rezerar, é IMPOSSÍVEL realmente saber como é essa sensação. Jogar Banjo pela 1ª vez já adulto? Isso existe?

BK é indissociável da minha infância, só a abertura dele e os primeiros minutinhos já me sugam pelo túnel do tempo. Pra época da TV de tubo, de assoprar a fita até dar certo, de alugar jogo sábado de manhã e devolver segunda de noite, de personagens que pareciam um desenho animado da época, de ler o manual e procurar segredos nas revistas de detonados, e de quando os jogos tinham que estar testados e bem resolvidos no lançamento porque "baixar atualizações" simplesmente não existia. Se um bug não atrapalhava uma partida "normal", não era bug. Era charme, gerava rumores e virava tática de speedrun.

Claro, hoje fica óbvio que várias coisas nele são terríveis. Mesmo que alguns dos bugs realmente não atrapalhem, outros são um inferno, a câmera é um lixo, falta MUITO polimento em muitos detalhes, e certos estereótipos (Mumbo e Gruntilda, estou olhando pra vocês) são indefensáveis. Porém não dá pra negar que crescer com Banjo-Kazooie foi uma delícia, e jogar ele continua uma delícia. O humor retardado da Rare, as raízes extremamente sólidas do gênero coletaton, o charme dos personagens e das fases, o visual e músicas tão fantásticos quanto a tecnologia do começo do 3D era capaz de proporcionar.

Se uma parte dele envelheceu feito fruta estragada (sério, como alguém achou que "Mumbo Jumbo" era uma boa ideia?) o resto envelheceu feito vinho, e é triste ver que hoje em dia esse tipo de coisa é raridade. Mídia física, sem DRM nem microtransações, sem online obrigatório, sem "lança ele todo torto mesmo que depois a gente conserta", sem encher de enrolação desnecessária só pra durar mais horas. Só a alegria boba de ser criança, de voltar pra quando a felicidade de ver o boneco pulando pela tela já era motivo mais que suficiente pra ligar o videogame.

E meu deus do céu, COMO EU QUERIA que os jogos voltassem a ter cheats escondidos só pela zuera da coisa.

Já fui viciado mas caiu no vale de todo jogo online de encher de 3000 elementos e eventos que só servem pra encher o inventário e poluir a tela

Lembro que esse jogo existe > jogo 6 partidas > largo ele por uns 10 meses > repete

I love buying fighting games, play them on ranked, and then having depression for being awful no matter how good you are.

:(

Veredito: Muito, mas MUITO melhor do que eu lembrava.

Super Metroid é um dos muitos jogos 16-bit que emulei infinitas vezes na pré-adolescência, mas nunca zerei porque ele nunca me fisgou a esse ponto. Sempre achei ele... bom. Decente, mas não passava disso. Essa opinião se firmou ainda mais quando anos depois joguei metroidvanias que considero infinitamente melhores, como Hollow Knight e o próprio Metroid Prime. Enfim, joguinho legal, mas nem de longe tudo isso que os fãs falavam, e certamente não bom o bastante pro CDX pré-adolescente se dedicar a zerar.

ONDE EU ESTAVA COM A CABEÇA?????

Super Metroid é muito, muito, MUITO FODA!

É verdade que ele ainda não supera Metroid Prime ou Hollow Knight pra mim, mas isso é igual dizer que qualquer doce muito bem feito não supera sorvete. Não passa de uma comparação redundante e óbvia que não faz nenhuma jus à qualidade do produto em questão.

Super Metroid é sólido. Mas assim, muito sólido MESMO. Sólido para um senhor caralho. Cada mínimo detalhe dele com certeza foi pensado, repensado e refinado até a medula pelos devs.

Combate? Impecável.
Exploração? Impecável.
Progressão da personagem? Impecabilíssima.
Atmosfera? PUTA QUE PARIU IMPECÁVEL PRA CACETE!!!

Cara, só joga. Confia no pai aqui. Joga essa porra logo e não discute.

No começo até gostei, mas depois de um tempo jogando achei um plataforma bem genérico.

Não tem desafio nenhum e as fases são bem qualquer coisa, bem parecidas e não tem nada que faça elas serem marcantes ou diferentes umas das outras. Os chefes são bem sem graça e sem inspiração.

É um jogo divertido pra jogar com um sobrinho, um irmão mais novo ou com o filho, mas ele não passa de um plataforma medíocre.

depois de SF2, o SF que eu mais gostei de jogar, comprei ele recentemente e to adorando TUDO nesse jogo, inclusive o World Tour que é simplesmente a parte mais divertida pra mim, muito foda explorar os lugares

tá meio foda me acostumar com os controles de novo então to sendo bem solado no online, ainda ficarei careca por causa desse jogo, mas vale a pena

divertido pra caralho e to apaixonado pelos personagens novos, inclusive a Juri, facil a minha fav (aguardo a skin de pijaminha xd)


Veredito: não, ele não supera Chrono Trigger, mas é bom PRA CARALHO!

Não entendi muitas das críticas que vi pra este jogo aqui no site. Os personagens são todos bons (sim, inclusive os protagonistas, que convencem muito bem no seu papel de irmãos e de heróis), o sistema de batalha é ÓTIMO, e a história é maravilhosa.

Minhas críticas são outras, principalmente de polimento (às vezes era difícil batalhar bem, por exemplo porque algum personagem saía da tela no movimento de ataque) e de ritmo (dava pra cortar algumas horas da partida e nada de valor seria perdido, desnecessário por exemplo aquele começo grandão) mas nada muito grosseiro.

Mas apesar dos visuais lindos, música fantástica e batalhas excelentes, o que mais me cativou na verdade foi a sinceridade e temas do roteiro. Foi o quanto Sea of Stars trata com respeito os relacionamentos entre os personagens.

Garl se esforça para ser um bom amigo e pra ver os outros felizes, mas ele não é só um ajudante genérico pra dar suporte aos heróis, nem um bonzinho tapado que é só coração e zero cérebro. A amizade entre ele e os irmãos protagonistas é sincera, e linda de se ver.

Os dois grandes alquimistas são tratados desde o início como a personificação do bem e do mal, mas à medida que vai conhecendo o universo do jogo e a relação entre os dois você descobre que o buraco é bem mais em baixo.

Os dois irmãos não querem derrotar o mal só porque eles são os heróis e pronto, nem caem no tropo dos heróis relutantes. Eles amadurecem, eles têm sentimentos, alegrias, medos, esperanças e motivações pra fazer o que fazem.

Temas como negação da realidade à sua frente, luto, empatia, necessidade de pedir ajuda e a importância de passar bons momentos junto das pessoas que amamos, da diversão pura e simples com os entes queridos, são tratados sem medo e de forma sincera.

No fim das contas, Sea of Stars é só um JRPG inspirado pelos clássicos do Super Nintendo e PlayStation 1. Pessoalmente ele não mudou minha vida, não me ajudou a lidar com nenhum trauma, não foi nada de outro mundo. Ele tem defeitos como todo jogo.

Mas é um puta JRPG fodão pra caralho, e tenho certeza que vou rejogar ele um dia.

"o fluxo do tempo é sempre cruel... sua velocidade parece diferente para cada pessoa, mas ninguém pode mudá-la..."

tive muitos pensamentos ao finalizar Ocarina of Time, a transição do jovem Link para o herói adulto é extremamente triste, pois ele é lançado em um futuro sombrio e sem esperança, onde Hyrule está em ruínas e as forças do mal dominam. não há espaço para a infância florescer. entendo isso como uma metáfora para a vida real onde muitas vezes somos privados da oportunidade de experimentar uma infância antes de sermos lançados ao mundo adulto, temos que ser nossos próprios heróis. meu primeiro contato com o jogo foi nesse ano e me arrependo de não ter tentado antes, é uma obra prima.

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by R4lPh |

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