Incrível como esse jogo consegue ser muito mais difícil do que o Celeste normal.

Apesar de eu gostar muito do Manson Lindoroth buscar formas diferentes de expandir o Hylics original e acrescentar novos elementos ao gameplay, as sessões de plataforma apenas prejudicaram o jogo. Os controles dos personagens são estranhos e o movimento deles não obedece muito bem aos inputs do usuário, o que para essas partes é realmente um problema, pois as torna frustrantes e repetitivas. Felizmente são sessões bem curtas que não causam um impacto negativo muito grande a experiência do jogo.

Eu senti que a curva de dificuldade aqui foi muito mais contida que no Hylics original, o que é bom já que torna possível vencer o jogo sem necessitar de um grinding demasiado. No que tange o combate, os personagens e os visuais, tudo o que já existia em Hylics 1 foi muito expandindo, polido, e feito com bastante calma e dedicação. O estilo surrealista se mantém, mais vivo do que nunca, junto da trilha sonora de rock progressivo, fazendo esse jogo ser um deleite a todos os sentidos.

Recomendo a duologia Hylics para qualquer pessoas que goste de RPGs e queira uma experiência única e diferente no gênero, que ele não irá encontrar em nenhum outro local.

Terranigma é um espetáculo.

Contendo visuais e animações muito impressionantes, um sistema de combate polido, não é a toa é um dos jogos que mais se aproveita de todo o potencial que pode do Super Nintendo para trazer um mundo vivo, rico e em constante crescimento.

E de fato, é em acompanhar o crescimento do mundo que o jogo mais brilha. Jogar terranigma é uma jornada em quatro capítulos de pouco a pouco criar, expandir, e descobrir todo um novo mundo, inspirado no nosso próprio, e através das interações com personagens, sidequests e com a progressão da história ver como as ações de indivíduos podem mudar o rumo da humanidade e da civilização.

Porém, o jogo ainda apresenta alguns problemas, e outras coisas que me deixaram com um amargor na boca durante a experiência. É bem notável que várias decisões da história foram tomadas aos tropeços, e por causa disso vários momentos acabam não sendo satisfatórios e muitos personagens tem um desfecho incerto. O jogo também não é muito denso, com uma variedade muito pequena de dungeons que são bem lineares, chefes e inimigos repetitivos e sem graça, o que constantemente causa a sensação de um potencial muito maior que ele poderia ter, lugares que seriam interessantíssimos de se explorar, mas que nunca foram finalizados ou expandidos.

Apesar disso, ele se sustenta como um clássico de sua época e do super nintendo, e um jogo muito agradável para fãs de action-rpg desta era, junto de Soul Blazer e Illusion of Gaia.

Deveria existir a categoria "Jogos Pílula", assim como é na poesia, para se referir a títulos curtos, diretos e sintéticos.
Alguma coisa para jogos que podem ser completados em 30 segundos.

You absolutely can not fix her

Tudo o que a primeira campanha trouxe foi intensificado aqui. Personagens e história cativantes e maravilhosos que certamente ficarão na minha memória por bastante tempo. Ele necessita do Cyber Sleuth para ser jogado, pois os eventos que ocorrem aqui fazem menção e são diretamente ligados aos eventos deste primeiro jogo.
Certamente um dos Creature's Collector com mais alma e carinho que se pode encontrar.

Eu lembrei o quanto eu não gosto da primeira luta com a feiticeira... é triste uma campanha charmosa, bem feita, com um bom level design que não cansa o jogador em momento algum e sempre inova na exploração das fases, terminar com um gosto amargo na boca assim.
Dito isso, é obrigatório para qualquer fã de plataforma.

Tem alguns momentos onde a dificuldade do jogo forma uma curva exponencial absurda que quebra o ritmo dele, mas nossa, é um jogo maravilhoso, único e charmoso, eu realmente tava precisando de um Creature Collector assim

Uma das experiências mais gratificantes que já tive com videogames e uma das poucas vezes que realmente me senti imerso em algo a ponto de mergulhar completamente em seu meio, pesquisá-lo, me aprofundar em seu conteúdo, tirar o máximo proveito possível do mundo da subnáutica e sua comunidade.

É incrível como todas as possibilidades que eu poderia pensar em como o jogo poderia ser melhor pouco a pouco foram surgindo na minha frente. Durante ele, não senti que estava fazendo coisas para ficar mais forte ou sobreviver, eu realmente senti que estava cada vez mais perto de desvendar o mistério de um planeta inteiro.

I know it's trying to be annoying on purpose, but really, it's very, very annoying.

Muito mais do que uma brincadeira de primeiro de abril, "O assassinato de Sonic The Hedgehog" é uma visual novel divertidíssima que faz o seu melhor em agradar os fãs da série Sonic trazendo seus personagens da forma mais carismática que eles já estiveram em muito tempo. É o melhor jogo da franquia desde Sonic Mania.

As músicas são ótimas e muito prazerosas de se ouvir. Os designs dos personagens são lindos, e alguns dos melhores da franquia inteira. Interagir com eles neste jogo é maravilhoso, cada um tem sua personalidade muito bem escrita e condizente com quem eles são, tornando cada linha de diálogo um deleite para fãs da série.

Apesar disso, o jogo não deixa de apresentar alguns problemas, várias vezes as caixas de diálogo "congelam", demorando mais tempo do que o necessário para progredir.

O minigame principal também é muito mal posicionado no jogo, estando presente nos momentos mais catárticos da investigação de detetive, quebrando o ritmo da narrativa bruscamente. Por causa disso, acaba se tornando frustrante e tedioso perto do fim do jogo. É um problema que seria facilmente resolvido colocando os minigames durante a exploração de pistas e itens, como ocorre em visual novels de mistério semelhantes.

Não acho que trate-se de uma experiência impactante para quem não é familiarizado com o universo da franquia, mas este jogo tem seu público alvo, e é honesto com ele. É um jogo feito por fãs da série sonic com muito carinho, e esta é a melhor forma de descrevê-lo.

Epic Battle Fantasy surgiu como uma franquia de RPGs de turnos feitos na engine Adobe Flash, disponíveis gratuitamente para serem jogados online, obviamente inspirados na série Final Fantasy, elementos da cultura pop, humor da internet dos anos 2000 e animes em geral.

Ao contrário dos dois primeiros jogos, que eram estruturados apenas em sequências contínuas de batalhas, aqui temos um modo aventura, completo com várias sidequests, NPCs, cutscenes e vários mapas para explorar e descobrir itens e recursos secretos.

O combate do jogo é simples como seus antecessores, um tradicional RPG baseado em turnos com elementos de Final Fantasy 7 (os limites quebram) e outros JRPGs do gênero, mas muito bem feito.
Apesar de apresentar três personagens fixos, eles são distintos o suficiente entre si para que as lutas possam fluir organicamente.

O jogo apresenta um limite máximo de nível que os personagens, seus equipamentos e habilidades podem alcançar. Também não há nivelamento entre os equipamentos obtidos durante o jogo, seus efeitos estão muito mais ligados a quais estatísticas ou elementos você deseja que seu personagem se concentre. Tudo isso torna o jogo muito mais focado na estratégia e na otimização do grupo do que na moagem, o que, aliado a uma dificuldade bem equilibrada, torna o jogo um prazer de progredir.

Uma crítica que pode ser feita à franquia em geral é como as referências à cultura popular são sempre jogadas na sua cara constantemente e sem nenhuma sutileza, o que era comum nos jogos Flash do início dos anos 2010, mas que desvia um pouco o jogo de criar sua própria imagem sem estar vinculada a outras franquias. Porém, o jogo ainda mantém sua originalidade, contando com uma bela direção de arte, música e um carisma próprio.

Fazer de Lance um personagem amigável mesmo depois de sua “redenção” ainda é uma das decisões mais problemáticas que já vi em qualquer videogame.

É um bom jogo para quem quer conhecer uma franquia clássica de RPGs de computador indie.

Bem poucos mapas comparado com outros jogos da série, e poucas opções de customização. Porém, a presença de vários minigames de múltiplos consoles acaba tornando as partidas bem variadas e divertidas.

Foi uma decisão ousada fazer o último jogo da série o mais diferente da franquia, mas depois de três jogos bem parecidos, uma mudança na fórmula de Mega Man Zero foi um pouco de ar fresco, apesar de nem todas as mudanças que este jogo trouxe serem positivas.

A única arma alternativa deste jogo é a Zero Knuckle, que permite que você roube armas dos outros inimigos que encontra nas fases. É uma ideia boa, e permite uma variedade muito maior em como enfrentar chefes e inimigos mas... nenhuma das armas do jogo conseguem ser boas o suficiente para eu considerar usá-las no lugar do Z saber e do Buster, então eu praticamente só usei a Knuckle para cumprir Puzzles.

Os chips elementais estão ausentes pela primeira vez, porém os chefes ainda conservam suas fraquezas e resistências, o que é um incentivo maior a utilizar as Ex skills elementais que você adquire conseguindo altos ranks nas missões que, assim como MMZ3, eu fiz o possível para ter todas. Outra nova possibilidade é o sistema de clima, onde você pode jogar cada fase em uma versão fácil ou difícil, porém perdendo a chance de conseguir a ex skill do chefe da fase caso escolha a primeira opção.

O sistema de Cyber Elf foi inteiro retrabalhado: Agora você apenas tem uma elf principal, e conforme ela vai subindo de nível, você vai escolhendo habilidades novas. Por causa disso, o sistema de elf é muito menos personalizável e muito menos interessante que em seu anterior.

Os body chips agora não são mais itens escondidos nas fases: Você precisa construí-los utilizando chips que consegue ao vencer inimigos. Apesar de este jogo ter uma imensa quantidade de combinações possíveis e receitas de chips, ele também retorna com o grinding massante para conseguir as peças que você quer, algo que nunca foi divertido de se ter presente na série MMZ.


MMZ4 é um amontoado de ideias e mecânicas novas, algumas que funcionam bem, outras não, porém em um jogo com um level design ainda consistente, como é característico da série, e portanto, dificilmente seria uma má experiência.

Quem fala que FF7 é um jogo superestimado é maluco.

Uma das narrativas mais cativantes de sua época, personagens tridimensionais, bons diálogos,(apesar de vários problemas de tradução presentes na versão do PS1) e uma atmosfera steampunk muito bem feita. FF7 apresenta o que até hoje considero uma das histórias mais corajosas e impactantes já feitas em um videogame.

O sistema de Materia é incrivelmente polido, e muito agradável de se usar. Apesar de ela tornar a party extremamente personalizável, os personagens não perdem suas individualidades, devidos as habilidades especiais de Limit Break. O maior defeito do sistema provavelmente é o grinding abusivo que as materias de nível mais alto exigem.

Além disso, o jogo apresenta várias sidequests e personagens importantes que são muito pouco intuitivas e fáceis de se perder. É altamente improvável que você consiga recrutar todos os membros da party e completar todas elas sem a ajuda de um guia.