Muita alma envolvida nesse bichinho aqui, uma pena que vejo ser tão pouco falado

O combate, mesmo não usando controle de movimento (Wii/Switch), é muuuuuito divertido, simples porém eficaz... só vai mostrar alguma fraqueza quando o jogo exige MUITO de ti, i.e. a absoluta última luta do jogo, essa sim pega um pouco, mas nada absurdo
Pra esse jogo ser o verdadeiro GOAT, um dos pontos que eu acho que há espaço pra uma melhora bem expressa é justamente o combate... a little rough around the edges, como uns bugs de camera, combates muito longos se tornando repetitivos a beça (olhando pra ti, Henry) e no geral, clássicos sintomas de um primeiro jogo numa franquia que experimenta com o novo. Impossível deles acertarem tudo de primeira

Visualmente falando, o jogo é lindo, óbvio que a parte técnica é fraca pois era um jogo de Wii que nem tentava ser realista, mas tudo é compensado com a direção de arte daoríssima

Minha maior decepção com o jogo foi a história, fica bem claro desde o início que o jogo é bem descompromissado com esse aspecto e não existe em função de contar uma história ou passar uma mensagem, mas ainda sim, acho que um contexto, pacing e escrita melhores deixariam o prato principal do jogo, os combates fodas, mais fodas ainda.
Muito momento com potencial incrível acaba sendo só "legal" pq não foi construído de forma satisfatória

Mesmo não sendo perfeito, é muito bom jogar algo diferente quando tudo que temos em evidência é tão similar ao próximo... esse ponto, por si só, já garante uns pontos a mais pro jogo ;)

To be continued...

Samurai Champloo pertence ao meu pódio de animes de todos os tempos, e é muito bom ter um JOGO (meu meio favorito) que capture tão bem a essência da obra original, e consiga traduzir bem isso pro mundo do entretenimento interativo

Sem dúvida nenhuma, a maior força desse jogo é realmente te passar a impressão que tu tá jogando um jogo digno do nome que leva. A trilha sonora, mesmo não tendo sido feita pelo ilustre Nujabão, é muito condizente com a vibe do anime, o combate é meio caótico mas logo toma forma quando você pega a manha, e toda a identidade visual do jogo, de HUD a cutscenes e efeitos, gira em torno daquilo que já tinha sido estabelecido na obra original
Esse pontos, conjuntos ao fato de que a história é praticamente outro ep do meio da história, fazem com que, realmente, pareça que tu tá jogando o anime, mas também de uma forma única, que se adequa ao que se espera de um videogame, e que dentro do próprio meio dos jogos eletrônicos, se destaca pela alma, pelo carisma próprio que tem

O ponto fraco, ao meu ver, fica na estrutura de fase e progressão do jogo... do início ao fim, tudo que você tem de fazer se resume a basicamente lutar contra inimigos que spawnam de forma infinita, até juntar dinheiro o suficiente pra passar pelo portão, progedir, e ter que fazer tudo de novo
Isso não é negativo por si só, apenas simples, mas suficiente... o problema vem quando o jogo INTEIRO segue essa formula. Felizmente, isso incomoda muito pouco dado que o jogo dura apenas umas 10 horas, mas fica o asterisco aqui

Esse foi meu primeiro jogo do Suda e da Grasshopper, e foi uma bela introdução, eu devo dizer... Sei que isso não é o pináculo de ambos, e tô ansioso pra ver até onde eles podem ascender!

Como uma obra que leva o nome Samurai Champloo, esse jogo é bem competente nas faculdades relevantes, e pode sim servir como material adicional para viuvás do anime (eu) então se esse é seu caso, só vai filhão!

Eu gosto da formula, já joguei praticamente todos os outros, e achei que seria legal dar uma olhada em como tudo começou... bom...

Fiquei decepcionado em ver que tudo é quaaase igual ao que temos hoje, 15 anos depois, só que bem menos polido, tudo com bem menos qualidade de vida, particularmente quando eu vi que pra chegar em certo boss, eu tinha que passar por 3 pontes cheias de mobs com um dragão tacando fogo no meu rabo, eu dropei.

Não to tankando passar por esse tipo de inconveniência no momento de vida que tô agora

Mas um dia eu retomo... talvez...

"A história? Ah... a história que se foda"
-Sujiro Kimimame, diretor criativo de Astral Chain

Esse jogo pode muito bem ser o maior exemplo de "estilo sobre substância" que existe na face do planeta Terra.

Sendo mais uma obra da Platinum, o essencial não podia faltar, e no quesito combate, felizmente estamos bem servidos!
Como de praxe da produtora, a gameplay da vez é divertida, legal de se ver, empolgante e tudo mais. Se parecer que falta profundidade durante uma gameplay imediata, é porque os twists próprios do jogo tratam de dar essa aprofundada em outros lugares
As implementações próprias da vez são do fato de você controlar DOIS lutadores ao mesmo tempo, e na ligação que ocupa um espaço físico no jogo (a corrente, lol) entre os dois personagens. Essas "novidades" dão palco pra, por exemplo, o uso mais aprofundado dos cenários na hora de planejar uma abordagem, e também na divisão da atenção do jogador na hora de engajar no combate, já que vai controlar duas coisas ao mesmo tempo
Uma ressalva que fica para o combate, é que o jogo é bem fácil no geral, dando desafio só quando você ainda não entendeu a dinâmica, e mais pro final. Infelizmente, as dificuldades mais difíceis estão presas no replay

Outra faceta do jogo que merece destaque é no visual! No lado técnico, não tem exatamente o que se impressionar, ainda é bem óbvio que é um switch, e pro próprio patamar, é bem competente! Com exceção de certas proporções de tamanho e escala que o jogo toma em determinados momentos, e que o jogo consegue se segurar muito bem no desempenho, não tem nada de novo por aqui
Onde os aplausos devem ser focados é na direção de arte do jogo, excelente escolha de cor, efeitos muito bem colocados, design de modelos... só procure no YT os primeiros 10 minutos do jogo, e na hora, vai entender o que eu tô falando

Completando a trindade de elogios pro jogo, a trilha sonora hypa bastante os combates fodões do jogo! Não é nada extraordinário, nenhuma faixa me deu vontade de parar o jogo e procurar no spotify ou YT por exemplo (nem as faixas-chave...) mas durante a gameplay, serviram muito bem o propósito

Abrindo os portões do inferno, há muito tempo que eu não via uma história tão feijão com arroz, tão básica, tão previsível, tão sem graça, tão anime101 em um jogo. A princípio, era pra ser somente um ponto neutro, mas foi TÃO sem sal que se tornou ponto negativo, peguei desgosto pelo bagulho.
Seu protagonista é mudo (lol), o vilão é um arrogante com complexo de Messias, que começa o jogo sendo do bem (lol), tem personagem que morre TRÊS vezes e em NENHUMA delas você sente alguma coisa, sacrifícios baratos acontecem o tempo TODO, CADA um dos eventos chave do jogo podem ser previstos 2 horas antes de se consumarem... é realmente um show de merda, o jogo seria melhor se eles tivessem ido com uma abordagem mais arcade, pra dar espaço só pra parte jogável do jogo

Repetição é outra praga que assola esse jogo. Vou demonstrar com apenas um exemplo: do início do jogo até o fim (+ ou - 20hs de gameplay) as dungeons em que você vai entrar vão ter as mesmas texturas, mesma música de fundo, mesmo background, mesma cor e mesma aparência geral. Paia, né? Sdds Persona.

Como algo mais geral e "etéreo", gostaria de pontuar que o jogo simplesmente parece não ter muita alma, não tem personalidade, algo próprio, saca?

No fim, saio de Astral Chain entendendo BEM o porque de ninguém falar dele hoje em dia, coisa que eu me perguntava antes e quando comecei a jogar o jogo. Mesmo com o combate sendo bom, nada nele é marcante, nada nele é novo, é um jogo legal no máximo, o que, as vezes, é tudo que alguém precisa.
Caso uma história fraca não signifique nada pra você, é uma boa ideia ir testar o jogo, porque a gameplay realmente é boa. Pra mim, minou a experiência e tirou gosto de todas as outras áreas da obra.

"Não consigo lembrar o nome dos cara, poha"

Por mais que seja um remake bem do vagabundo, o jogo em si é mais peak yakuza 😍
Achei o pacing da história perfeito, começa bem e te enche de hype, a história não cai num limbo de coisa irrelevante e explicação redundante no meio, e fecha muito bem. O gameplay momento a momento do jogo as vezes vai pro caralho, porque esse aqui ainda é daqueles que pra apresentar uma substory, te para no meio da rua contra a tua vontade... várias foram as vezes que eu tava hypado pra ir pra seguir na história, e no caminho, eu era interrompido 3, 4 vezes por substories que eu não tinha o menor interesse de fazer no momento

O negocinho de reutilizar modelos e VAs de personagens que a gente já conhece da franquia principal é muito daora, basicamente fanservice memo, mas isso vem com um problema: é consideravelmente dificil lembrar do nome dos personagens desse jogo, pq tu instintivamente associa o rosto deles aos nomes da franquia original, o que atrapalha bastante o entendimento de alguns diálogos

Quem é o Hanpeita? ah, é o Shibusawa
Quem é o Ito? Ah, é o Kuze
Quem é o Izo? Ah, é o Nishiki
Quem é o Kondo? Ah, é o Adachi

Obviamente isso vem do fato do jogo ser inspirado em uma história real, e consequentemente, personagens reais... não é um defeito, mas atrapalha, saca?

Outro defeito que vale a pena ressaltar é a estranha inclinação do jogo pro grind... pra zerar o jogo e fazer a história, tu não PRECISA grindar, é só usar os equipamentos que a história te dá e encher o cu de cura, mas é fortemente sugerido que tu faça, mas isso na história, em todo o resto do conteúdo secundário, é praticamente uma norma

O remake é estranho, principalmente pq era só localizar o original e relançar, mas também pq o remake é basicamente o jogo original mas portado pra UE4. Nisso, nós vemos bugs e comportamentos nunca antes vistos na franquia como demora de renderização e pop-in, coisas parecidas com explosão de vetores (sim, bagulho característico de emulação e tá aqui) e no geral, um sentimento de deslocação... se tu olhar atentamente a algumas texturas e detalhes, vai ver que falta o detalhe de jogos mais modernos, evidenciando que de fato, praticamente só pegaram o jogo OG e botaram na UE sem um cuidado maior, e essa falta de zelo se alastra pro resto do jogo também. Vendo vídeos do original, o remake simplesmente passa uma impressão de ter menos alma, ser mais genérico que o normal da franquia

Mesmo com esses problemas, o que mais se sobressai sem dúvida é o combate foda, a trilha sonora sensacional e a história que é tão boa quanto a gente espera de um jogo dessa série... no geral, mais uma adição fodástica pra essa franquia fodástica

Kojima be like: "Cês querem mais MGS? Então toma mais MGS ae. Só que tem um detalhe... não tem mais MGS pra dar"

Esse é um jogo que me deixou triste... tantas coisas boas, mas falhando exatamente onde ele precisava acertar, pra ser digno do nome da franquia...

O melhor ponto de longe é a gameplay, primorosa no gênero, abrangente demais, cheia de rejogabilidade, responsiva, fluida, e o mais importante de tudo: divertida no geral
O level design acompanha muito bem a base do gameplay, sempre te permitindo realizar as tarefas de basicamente qualquer maneira que tu quiser. Esse lado do jogo merece palmas, pois com certeza ensinou muito sobre stealth pros que vieram depois dele, e também tornou as minhas horas no jogo menos cansativas. A história poderia ser um desastre, mas o gameplay tava lá pra me consolar...

Falando em história, que porre, ein?
Enquanto eu não ache a história em si, objetivamente ruim, ela é no mínimo diferente e fora do padrão de qualidade da franquia, com personagens chaves sendo muito fracos na escrita, momentos importantes entregues de forma muito simples, detalhes passando em branco e tendo que ser explicados via arquivos de áudio... uma experiência longe do que eu esperaria de um título numerado da série

Agora, uma coisa que eu julgo sim ser objetivamente ruim é o terror que é o pacing da história, e a progressão do jogo num geral. Basicamente, são 5 missões filler pra 1 que avance significantemente na história, e geralmente tu ainda corre o risco de não entender esse avanço na hora, pq né,
é MGS

Isso se alastra por toda a duração do jogo, e eventualmente, por mais que a gameplay seja realmente divertida, as coisas não se sustentam. Tu tá lá, ansioso pra ver o próximo pedaço de história, a próxima cutscene, pra ver se tudo finalmente começa a fazer sentido, mas o jogo empata a foda e te manda ir resgatar fulano não sei das quantas lá no cu do Afeganistão pela terceira vez consecutiva, com a fraquíssima desculpa que ele conhece alguém, que também conhece alguém, que provavelmente pode dar um avanço ao plot geral. Muito, mas MUITO broxante, ao ponto de que eventualmente nem as fitas de história, pra ouvir entre ou durante as missões, te entretém

A gameplay é boa, mas eu nunca joguei MGS pela gameplay, ela sempre foi OK, as vezes um pouco melhor, mas no geral, longe do foco. MGS existe pela história, pela alma/personalidade, pelo storytelling... e nada tá aqui.

Falando em alma, um dos fortes de MGS sempre foi o humor característico. Nesse aqui, não tem nenhum codec engraçadinho, nenhum guarda fazendo bobice, NENHUM dos personagens principais sendo goofy, tudo e todos sendo o mais sério possível, passando a impressão que esse é só mais um jogo de stealth padrão, com uma história extraordinariamente doidinha.

As coisas não param por aí... além da inflação de horas pelas missões filler, o jogo parece ter uma inclinação muito grande a te fazer perder tempo... a animação de helicóptero inicial das missões demora demais, tu larga o controle por tempo demais, o mesmo pode ser dito pra chamar o helicóptero (mesmo depois dos devidos upgrades) e depois que ele chega, ainda tem uns segundos de animação... se tu pegar o heli em um ponto da base pro outro, tu tem que ver tooooooooda a viagem, o que é simplesmente MALUQUICE pq são 1-2 minutos do personagem parado, olhando pro mar, enquanto o heli avança. Um loading demoraria 20 segundos... Enfim, não é frutífero se aprofundar em cada cantinho do jogo aqui no Backloggd, o site não foi feito pra isso, IMO

Falo de novo, eu saio desse jogo consideravelmente triste, teve ÓTIMOS momentos, o início, a parte do hospital africano, a parte da pandemia, Sins of the Father, a Quiet, os Diamond Dogs... mas simplesmente não conseguiu se sustentar. Eu tentei gostar, as primeiras 10 horas foram promissoras, mas o resto... o resto é história.

Eu pretendo volte e meia voltar nele e ir fazendo umas missões, talvez até ir atrás de uns troféus, pq, de novo, a gameplay é muito boa, mas aos olhos do nome Metal Gear Solid e tudo que ele representa, esse é o mais decepcionante dentre todos os jogos "principais". 😕

Acho que nem vale um texto sério/focado desse aqui... é uma intro muito boa, uma demo premium por assim dizer, garanto que pra quem jogou na época de lançamento, deve ter dado um gás gigante no hype pelo Phantom Pain, mas jogando hoje em dia, serve mais como um aquecimento mesmo, e um prólogo da história, emendando com o PW

Tendo em vista o preço de lançamento, e o conteúdo extra que o jogo lançou, achei essa uma prática muito boa, já vai acostumando a galera com as mecânicas do jogo e aumenta muito o hype enquanto o prato principal não é servido

Chave de Ouro.

Hypei demais por não poder jogar antes, RPCS3 ainda não estava pronto, e quando fui jogar, fiquei surpreso de saber que esse é um jogo controverso e divisivo. Isso aqui é puro suco de MGS

Endereçando o maior dos "problemas", as tais cutscenes longas: eu não sei como alguém pode em sã consciencia reclamar disso numa franquia onde o forte sempre foi a história. Não é como se ter cutscenes grandes fosse piorar a qualidade da escrita, são duas grandezas não relacionadas. Pra quem amava e realmente gostava da franquia até aqui, as cutscenes são um deleite, tu fica mais tempo com os personagens que já gostamos faz tempo e alguns novos, tem mais tempo pra explicar tudo de relevante, worldbuilding e etc, e também mais tempo pra melhorar tua relação com tais personagens. Quando chegava a hora das cutscenes, eu ficava animado pras coisas que iam acontecer nela, e quando acabava, ficava ansioso pela próxima, porque, pra surpresa de 0 pessoas, elas são bem escritas e dirigidas

Outro ponto de destaque do game é a guinada fortissima pra ação no lugar do stealth. Infiltração e sneaking ainda tão disponíveis, mas vários foram os momentos em que eu vi que era melhor só meter o loco e aproveitar o FODASTICO gunplay do game, coisa que praticamente nunca acontecia nos outros títulos até agora. Não nego que senti um pouco de saudade do modo antigo, mas me diverti demais com a moda moderna. Alguns podem argumentar que a alma dos MGS anteriores estava no stealth, mas eu ainda me senti jogando um jogo da franquia, mesmo que o foco do gameplay fosse diferente

A única critica relevante que eu tenho pro jogo, é a escolha artística do visual dele. Os gráficos técnicos são bons, mas a decisão de usar aqueles filtros característicos da época e também usar umas cores meio apagadas durante o jogo todo me incomodou um pouco, não posso mentir. Não é um fator decisivo mas se faz bastante notório. Talvez tenha sido proposital? pra retratar melhor os cenários de guerra? não sei, só sei que não gostei

Sobre a história... não vou partir pro spoiler, mas é simplesmente tudo que se esperava e o que precisavamos, lindo e emocionante de doer, dá um desfecho digno pra quase todo personagem que importa. Falo quase, pq deve ter um ou outro que ficou de fora, mas não senti falta de ninguém, ao menos de cabeça... enfim, bem a moda MGS, traz várias reflexões, dessa vez sobre propósito, guerra e indiretamente, essa que foi a que mais me intrigou, iminencia da morte.

Esse é, sem a menor sombra de dúvidas, top 5 jogos do PS3 e também da sua geração, estar preso naquela plataforma é um crime contra a humanidade
Também acho que seja um dos 2 melhores da franquia, até agora. Decidir entre ele e o 3 tem se provado dificil, mas isso é papo pra outro dia

A ilusão da paz...

Essa belezinha aqui me surpreendeu demais, souberam muito bem circular as limitações técnicas do PSP e no final, fizeram algo bizarramente próximo a um MGS de console de mesa
Eles não poderiam fazer muitas cutscenes tradicionais, então optaram por um estilo meio cartoon muito bonito, as cutscenes não só são fodas bagarai mas também interativas, várias partes de gameplay (simples) acontecem nelas, um puta recurso bem utilizado
Eles não poderiam fazer mapas muito grandes de uma vez, então fizeram vários mapinhas interconectados, o que eu achei que atrapalhou minimamente a experiencia e pacing geral do jogo, mas realmente nada demais
Combate conseguiu ser o mesmo de sempre, ou seja, OK pra ação frenética mas muito bom pra stealth, e a direção de arte, que contempla as cutscenes mas não se limita só nelas, é excelente, presente com bastante qualidade dos HUDs até os cenários, que até hoje são lindos demais, em 4K o jogo fica um espetáculo

Talvez o meu maior medo em relação ao PW foi a história, não esperava que eles fossem conseguir justificar um jogo meio secundário com história minimamente significante, mas felizmente conseguiram... o aprofundamento que esse jogo traz pro Snake Eater é muito bem encaixado e bem vindo, e as reflexões próprias do PW também são muito boas, realmente a par com a franquia

Eu só queria que a capa do jogo fosse que nem as outras... acho que o Shinkawa trabalhou demais nas cutscenes e ficou cansado demais pra fazer a cover... foda...

Quero trabalhar numa cafeteria agora!!!

Esse jogo é tão calminho... dá vontade de ir numa cafeteria... pixel art lindinha... musica muito boa... pqp...

Eventualmente eu fiquei puto pela falta de agência, esse jogo é basicamente um livro, você não JOGA ele, só lê os textos, unica mecânica que existe é fazer café, o cliente pede algo e tu tem que acertar, mas até isso é irrelevante pq se tu acerta, o cliente fala "hmm gostoso esse café enfim sobre oq eu tava falando antes..." e se tu errar é tipo "porra nao foi oq eu pedi errasse meu café krl... enfim sobre oq eu tava falando antes..."
Com certeza isso é exatamente o que o jogo pretendia ser, e tudo bem, só deu uma entediada, eventualmente

Ironicamente, a falta de agência também pode ajudar, na minha experiência até fez o jogo ser mais relaxante de vez em quando, de certo modo... achar e começar a jogar esse aqui durante a época de ENEM fez maravilhas pros meus nervos

Zerei faz tempo mas esqueci de logar, enfim, BAITA jogo de coop, fofo, bobo, divertido, causa boas gargalhadas

Uma dádiva minimamente duvidosa aos fãs

Tão bom como de costume da franquia em todos os aspectos que geralmente são elencados de forma principal em uma análise, gráfico, combate, som, história..., mas esse aqui, em especial, é ordens de grandeza mais foda pra quem já jogou os outros, te lembra do passado recente e também do distante, aperta o coração e te faz ver que valeu muito a pena investir tempo nessa franquia.

Minha única ressalva, pq eu gosto de focar em ponto negativo, é esse jogo como produto. R$250 num jogo que tu zera a história principal em menos de 10 horas? Não tem pano que eu passe que faça essa frase ser aceitável
Like a Dragon tem um foco muito grande em sidecontent, ok, aqui ele tá presente e igualmente divertido como sempre, mas ainda sim, isso é uma prática suja e que macula o meio de videogames como um todo, fazer um "jogo todo" só pra contar 2 linhas de história, por mais sublime que essas 2 linhas sejam

Parece que os devs foram especialmente predatórios no fato de que a fanbase da franquia é aficionada pela mesma, porque essa prática pra mim fede, cara. E eu nem fui lesado por isso pois joguei pelo GP, mas pelo menos mais longo o jogo tinha que ser, mais história, mesmo que não tivesse a mesma densidade de qualidade

A RGG avisou isso de ante-mão? Que legal
Outra produtoras fazem isso também? Show
Mas isso não deixa de ser estranho e condenável, pra dizer o mínimo

...mas no final do dia, é um puta jogo mesmo. Os pontos positivos obliteram os pouquíssimos pontos negativos, depois da reta final do jogo, meu cérebro literalmente esqueceu dos tais pontos e eu tive que lutar contra mim mesmo pra escrever um texto que não diga a mesma coisa que toda outra review por aí vai dizer também

Definitivamente valeu a pena ter jogado o Y0 lá em 2020, só pra saber o contexto dos memes... pois olha aonde chegamos.

Na verdade eu não joguei, mas assisti ao vídeo de 4 horas do Wendigoon

Achei interessante vir aqui logar pra aumentar artificialmente meu número no BL aumentar a nota média do jogo no site e talvez fazer alguém da galera que possa ver isso aqui, ir jogar

O jogo em si é fenomenal, baita história, narrativa e estética, indispensável pra quem curte terror indie e toda a temática cristã

CRIMINALMENTE SUBESTIMADO!!!

Eu fui tão tolo (baka mitai haha memes) de deixar esse jogo passar, me sinto burro e inseguro na minha habilidade de jogador de reconhecer bons jogos por ter olhado pra esse e falado "kkk que isso nada a ver com bayonetta vo jogar nn"

Mesmo a estrutura sendo fundamentalmente bem simples, sendo basicamente um jogo de PS2 de aventura, tudo aqui é tão refinado e bem feitinho que chega a fazer os olhos suarem, o gráfico técnico é básico mas competente, e a direção de arte MEUS AMIGOS a direção de arte... Só procura ai alguma gameplay do midgame do jogo e vocês vão ver, os efeitos são tão lindos quanto um Guilty Gear Strive, FighterZ, Hi-Fi Rush da vida, tudo é tão animado e consequentemente flui tão bem que nossa senhora
Ainda no departamento de arte, a trilha sonora é incrível, variando um pouco da série sim, mas se encaixando muito bem na vibe de contos de fadas e desconhecido que o jogo quer passar

Falando em variar da série, apesar de eu ter AMADO esse jogo, não sei se ele é um Bayonetta não ein... O que constituia Bayo, pra mim ao menos, era o estilo, elegância (ui) e o combate, e basicamente nada disso tá aqui
Enquanto isso não é objetivamente ruim, deu um baque nas minhas expectativas

A primeira critica real, se é que dá pra chamar disso, vai pro gameplay do game, que apesar de ser maravilhoso quando clica, é um puta quebra-cabeça de coordenação motora, já que tu controla dois personagens ao mesmo tempo, com os 2 analógicos
A Cereza é bem passiva e basicamente só consegue esquivar e paralizar inimigos, o grosso da gameplay mesmo fica pro Chesire, a gameplay é bem gostosa e divertida, mas demora a acostumar por causa do layout de controle diferenciado
E também, nem na parte final do jogo, dá pra dizer que você propriamente comba, até tem uns combinhos (foco no diminutivo) mas nada nível Bayo mainline
O jogo também tem um desafio irrisório no combate, só dá pra escolher uma dificuldade maior depois que zera, a primeira jogada vai ser mamão com açucar, é até cômico o tanto de upgrade de vida que o jogo te dá, sendo que numa situação normal tu perde tipo, nem 1/5 da vida. Só fui ter um desafiozinho (de novo, enfase no diminutivo) na última batalha do jogo, o que é o minimo que se espera
Você talvez vá ver algum desafio na parte de puzzle do jogo, mas de novo, coisa mínima, mais que 5 minutos tu não passa preso em um puzzle, impossível

A história segue o padrão da franquia, eu diria. Não é nada extraordinário, mas é gostoso ir progredindo nela, vendo a Cereza crescer pouco a pouco, conhecendo a lore da floresta (leia os arquivos!!! vale a pena!!!), a evolução do relacionamento dela com o Chesire... Contém bons personagens, uma cadência que vai te deixar desanimado em pouquissimos momentos e no geral, mais um ponto positivo pro jogo

Uma coisa que meio que me atrapalhou no jogo, mas que eu fico meio incerto de apontar como defeito, é que tu se perde MUITO explorando por aí
Por um lado, isso tem justificativa narrativa, a Cereza se prendeu numa floresta mágica que faz justamente isso, confundir as pessoas que entram nela pra nunca mais saírem, mas por outro lado, no sentido de gameplay, é um puta saco, depois de me perder varias vezes e ficar até nauseado, porque aonde eu olhava era tudo igual, eu desisti de explorar e só segui o caminho que o jogo apontava... eu realmente queria ter feito mais conteúdo secundário (algo SUPER raro pra mim, quem me conhece sabe...k) mas simplesmente era desconfortável demais, ir atrás de tal conteúdo

Eu fico muito feliz de ter descoberto essa obra, que atualmente fica com 4.5 estrelas mas pode muito bem ascender ao panteão das 5, talvez só tenha que maturar um pouco na minha mente ainda
Também fico muito triste pelo quão ignorado esse jogo foi por basicamente todo mundo, até fãs de Bayonetta. Fui pesquisar no YT e tinha tipo, 2 pessoas que fizeram playthrough do jogo, marketing na época não vi nenhum, no Twitter eu só vi o próprio Kamiya falando do jogo... enfim, uma lástima, sem dúvidas

O jogo começa BEM lento, mas lá pelas 2 horas jogadas direito ele já vai ter mostrado suas forças. A média do jogo no HowLongToBeat é 17 horas, recomendo dar umas 5 horas pro jogo antes de dropar (mais ou menos 1/3 do tempo total médio)

"Third time's the charm"

A parte ruim é a que sempre se faz mais vista, então vamo nela primeiro: Performance técnica, escopo e Viola.

O jeito que B3 achou de se diferenciar do já espetacular B2 foi aumentando MUITO o escopo do game. Onde antes nos já viamos criaturas enormes e batalhas majestosas, agora podemos dar um passo além e controlar várias delas em segmentos dinâmicos, frenéticos e alucinantes, aumentando e muito a quantidade de suco épico gamer™ que se espera desse gênero.

Os inimigos da Bayonetta agora são maiores ainda, assim como o desafio que é pro console, rodar esse jogo

Bayonetta 3 é demais pro Switch.

Tais esforços, a fim de deixar o jogo mais majestoso, simplesmente passaram da linha do que o nosso querido tablet com controle pode aguentar, e não falo só do escopo, e sim da mira em 60FPS também

Por ter esses objetivos, o jogo é um desastre técnico moderado. 60FPS lisos é algo que você quase nunca vai ver aqui, seja parado olhando pro nada e muito menos em batalha, é sempre algo entre 40-50 e poucos, e todo mundo sabe que FPS flutuando é uma das piores coisas que se pode ter num jogo
Pior ainda, quando o jogo eventualmente se trava a 30 pras partes mais gigantes, tu nota bastante, e dói demais.
Se ir de um jogo de 60 pra um de 30 num intervalo de 1 dia já doi, imagina ir de 60 pra 30 no mesmo jogo em poucas horas... lastimável
Outro setor que sofre pela mira nos 60 é a parte gráfica, como texturas, iluminação, resolução do jogo e de efeitos, tecnicas gerais... Bayonetta 3, no seu pior, é FEIO, fullstop.

Mas isso é no seu pior, e o jogo obviamente nem sempre tá lá. No melhor dos casos, a inferioridade técnica é vencida pela como sempre linda direção de arte, produzindo visuais dignos de wallpaper, se você estiver disposto a ser otimista, isso é...

Os problemas técnicos citados poderiam ser resolvidos a um nível satisfatório com uma simples implementação de um modo de 30FPS com ajustes artesanais pelos devs
Claro que "60FPS" (em aspas porque mal mal chega lákkk) é melhor pra um hacknslash frenético, mas alguns de nós simplesmente preferem não ter que jogar um jogo com gráficos tão abaixo da média, se possível

VIOLA

Inexperiente, boba, caricata, cores de pavão, teenbait, chata, quase um personagem de DmC numa série que até onde sei, nunca tentou ser DmC até esse ponto em que tentou agora

Enquanto a gameplay dela é boa DEMAIS, ela, como personagem, simplesmente não chega nem perto de qualquer outro da franquia, ver ela em cena nas cutscenes era triste, era mais do que óbvio pra um olho atento que ela só estava ali pra fazer graça e chamar atenção de adolescente/jovem #subversivo e rebelde

Mesmo a franquia praticamente ser marcada pela caricatura dos personagens, a da Viola era de uma linha mais anime, que é uma linha que eu não gosto, então foi ruim! (LOL)

Brincadeiras a parte, acho ela uma personagem minimamente interessante, que tem sim potencial de crescer, mas fatores como ela parecer uma mulher completa mas agir como se tivesse ~14 anos, o visual espalhafatoso demais sem ser elegante (marca registrada da série), parecer um personagem de DmC em alguns momentos e PRINCIPALMENTE o que fizeram com ela no final, simplesmente não dá pra passar por tudo isso sem pegar um nojo da cara dela.

Mas torço pra que os escritores consigam tirar água de pedra, especialmente depois de... bom, sem spoilers aqui.

Eu naturalmente sinto mais vontade de falar das partes ruins, é a vida e eu não vou tentar ser outra pessoa, mas não se enganem! Em todo o resto, o padrão de qualidade da franquia se faz muito presente e consistente

O combate tá tão bom como sempre, todas as armas novas são legais e viáveis, creio ter uma pra cada gosto, e também todas as mecânicas novas são muito bem vindas com o tanto de variações que abrem pros combos e pra gameplay em geral
Outra potência da franquia, a trilha sonora, também tá FENOMENAL, distaque pro tema da Bayo e da Viola, realmente muito boas e que melhoram muito as batalhas, afinal, tu vai escutar elas bastante
A história também segue o padrão da franquia, isso é, nem boa, mas também nem ruim
Existe uma real sensação de jornada conforme você viaja pelos universos paralelos e é muito bom ver os personagens que tu já conhece de outra forma

O final é MUITO questionável, mas não vou me alongar nisso, nem posso, alias

No final, Bayonetta 3 é uma sequência que faz jus ao nome da franquia, infelizmente sofrendo pela falta de planejamento técnico dos devs, e umas navalhadas dos escritores, mas nem por isso deixa de ser uma experiência imperdível pros amantes da franquia e do gênero como um todo!