Continua sendo a iteração de plataforma que sem necessidade de qualquer imposição a um novo patamar, fuga de gênero ou avanços tecnológicos de 1/3 de século que melhor é e representa as abstrações do pai dos video games, as ansiedades de Madeline são as ansiedades da indústria e dos maneirismos cavernosos que definem plataforma como gênero, subir a montanha é o sempre se mover a direita das lógicas fundamentais de video game.

Jogando pela 2 vez em 2023 depois de
6 anos, eu tive um momento de complexa reflexão quando lembrei que o jogo era de 2015

Quando eu observei o movimento do reflexo pixelado num lustre para descobrir a posição de um guarda foi com certeza dos grandes momentos video game 2023

Pela metade do conteúdo jogável notei que estava com dificuldade de perceber meus sentimentos de apatia com esse jogo, cada área nova as emoções se mantinham constante e alimentavam meu cérebro nessa condição de alcançar a resposta; de onde estaria surgindo essa frieza minha para com o jogo? Um descaso que tornou toda minha gameplay sóbria. Não foi uma desilusão por sentir que a interação de Sea of Stars fosse acentuadamente simples, superficial, também que seu apelo explicito a nostalgia fosse barato, essas decisões que estão enraizadas a cada segundo do jogo são como parte centrais da experiência ínfima que todos jogadores vão ter e talvez atuem como um divisor de água para algo bom ou ruim. Me falta a emoção, o doce, não consigo balancear essas partes do jogo como agradáveis ou desagradáveis, terminei mas nem sinto como se o tivesse jogado, as 25 horas que passei nesse mundo virtual foram um exercício de apertar botões numa tela preta. Na perspectiva otimista isso indica que Sea of Stars não teve momentos desagradáveis o suficiente para que eu me recorde deles como pontos negativos, olhando de uma forma mais determinada o jogo não teve momentos positivos ou negativos com alguma intensidade perceptível a mim como controlador da experiência.