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você consegue prender todos os inimigos do jogo quase infinitamente em um combo apertando só um botão e eu acho isso lindo

Tudo nesse jogo é exatamente o que você esperaria de um Yakuza, com todos os clichês da franquia e as características que a tornam tão icônica, mas em uma escala bem menor por ter sido um título feito pra portátil.

A gameplay é divertida e viciante, e ter tantos estilos de luta diferentes abre espaço pra uma diversidade surpreendente no combate, te deixando experimentar cada um deles pra usar o que mais te agrada. No início as lutas pareciam ser muito travadas e estranhas mas conforme você se acostuma cada batalha do jogo fica fluída e rápida, fazia tempo que eu não me divertia tanto com um sistema de combate assim.

Honestamente eu não achei a história central grande coisa, é um plot com as reviravoltas e tudo mais já esperados de um Yakuza, mas é tudo feito de uma maneira tão simples que não conseguiu me chamar atenção ou fazer eu me interessar por ela. Está longe de ser ruim, mas é bem sem sal e é inteiramente carregada pelo cast de personagens, que é o destaque principal do jogo.
Sério, TODOS os personagens desse jogo são muito carismáticos e bem construídos, eles tornam uma história "ok" em algo engajante de se seguir e evitam que ela se torne chata, todos os bosses tem algo de caricato que prende não só a sua atenção como a do próprio protagonista, e isso inclui não só os que se tornam recorrentes na trama como também os que aparecem apenas uma vez e somem.

Mas sinceramente todos os acontecimentos desse jogo são apenas um plano de fundo pro real ponto mais forte dele: Ukyo Tatsuya.
Ele foi facilmente o que mais me surpreendeu aqui e foi o principal motivo de eu ter amado tanto Kurohyou, poder ver o impacto que o clã Tojo tem nas pessoas de fora dele, principalmente em um personagem adolescente completamente perdido na vida, é algo tão único na franquia mas que ao mesmo tempo cai tão bem com ela. Ver o Tatsuya encontrando o seu lugar no mundo, crescendo como pessoa e adquirindo motivos pra seguir lutando, tudo isso é muito gratificante, acompanhar o desenvolvimento e crescimento do personagem e ver a diferença entre ele no início e no fim da história foi de longe a melhor parte do jogo e ele acabou se tornando um dos meus personagens favoritos da franquia.

Eu odeio visual novels, pra mim tudo que é feito nesse formato pode ser facilmente replicado de maneira igual ou superior em qualquer outro tipo de mídia sem nenhuma perda de identidade notável. Porém, The Silver Case é um dos poucos casos onde a parte >visual< é realmente significante pra identidade do jogo e não somente uma forma preguiçosa de o construir utilizando uma imagem com um balão de texto embaixo como na maioria das outras.

A interface, as caixas de texto, os retratos dos personagens e as imagens ilustrativas, tudo isso é muito bem utilizado no jogo, todos esses aspectos se movimentam o tempo inteiro, trocam de lugar ou são alterados de alguma forma que faz dar vida à parte textual da obra e não torna ela chata, o que é crucial já que esse é o foco do seu gênero.

A história é incrível, da pra notar claramente que foi o Suda que escreveu pela ambiguidade de muitas coisas e pela forma que tudo é contado. É MUITO difícil descrever a história de The Silver Case e as suas qualidades, ao menos pra mim, pois é o tipo de história que não faz sentido algum se contada por terceiros mas sim que deve ser lida e absorvida por conta própria. É uma história confusa a primeira vista, mas quanto mais progresso você faz no jogo mais as peças vão se encaixando e fazendo sentido até que tudo seja revelado, tudo nela é orquestrado de uma maneira muito linda e coerente. A construção de mundo e os temas retratados no jogo são tão atuais que eu não consigo evitar de admirar o Suda por ter feito algo desse tipo em 1999, todo o ambiente do jogo e os problemas que vem com ele parecem muito mais uma representação do nosso mundo de agora do que a sua intenção original que era ser uma distopia.

Dito isso, eu adorei o cast inteiro do jogo, todos eles tem o seu carisma próprio e no final cada um deles se encaixa na trama do seu jeito, gostei principalmente de como nenhum deles é "preto e branco" mas sim tem seus conflitos morais e éticos, todos eles são muito humanizados seja nas suas próprias características como também na forma que eles interagem com os outros personagens e com o ambiente ao seu redor. Eu de verdade amei como a maioria dos casos do jogo parecem ser avulsos e sem relação entre si mas ao chegar no último deles tudo se conecta e começa a fazer sentido, sinto que não só a história e a forma que ela é contada melhora muito após a primeira metade do jogo, como também que eu acabei me acostumando mais ao gênero ao decorrer dela e por isso pude a aproveitar melhor nessa segunda metade.

Se fosse somente pela história The Silver Case seria facilmente 5 estrelas, mas a forma que você interage com o jogo é tão maçante que eu fui obrigado a abaixar ela. Mesmo sendo uma visual novel ele tem sim sequências de gameplay em algumas das suas sessões, mas que se resumem a andar em um ambiente por 10 minutos interagindo em pontos específicos e acabou, essa parte dele é tão chata e que acaba virando uma tarefa ou um tipo de obrigação que você PRECISA fazer pra poder continuar acompanhando a história, o que acaba afetando na experiência e na maneira que você engaja com a narrativa. Como eu falei, ao decorrer do jogo eu me acostumei com as características do seu gênero e ao final dele eu tive pouquíssimas reclamações sobre essa parte textual e de leitura, na verdade cheguei até a valorizar mais elas, mas ao contrário disso, essas sequências "jogáveis" só foram me deixando mais irritados quanto mais eu avançava nos casos e no final é provavelmente a única parte que eu realmente detestei no jogo.

The Silver Case é um exemplo de como se construir uma narrativa intrigante e bem montada, e por mais que eu ainda não tenha criado apreço pelo formato de visual novels esse ainda assim é o tipo de obra impossível de não ser recomendada, pois se ultrapassar os obstáculos que vem com o gênero, você vai ser recompensado com uma história incrível sobre identidade e sobre superar o seu passado para poder continuar seguindo em frente independente das adversidades da vida.

Kill the past.