Dishonored possui um dos mundos mais belos que já vi em um jogo. As "Skybox" ou "Locações de Fundo" são monumentais, entregando sem medo os detalhes necessários para fazer você se sentir imerso naquele mundo corrompido, opressor e violento. A execução da estética Steampunk é fantástica, especialmente no level design, pois todos os cenários, trajetos, tecnologias e peculiaridades ganham vida e se comunicam perfeitamente do começo ao fim do jogo.

O sistema de Karma, embora extremamente superficial, é capaz de gerar reflexões interessantes, especialmente se levarmos em conta os reflexos de suas ações em Emily, que no final das contas é a personagem mais importante para o protagonista. Além disso, existem destinos mais cruéis do que a morte, e acho um pouco decepcionante o jogo não se focar tanto nisso ao tentar aplicar um sistema de moral dentro de sua narrativa, mas ainda assim, não é um problema grande o suficiente para tirar o charme da experiência.

A melhor qualidade do jogo reside na jogabilidade e execução de suas próprias ideias. Dishonored é um Immersive Sim, o que não apenas o destaca dos jogos comuns, mas também aumenta significativamente o nível de exigência em relação às suas mecânicas, pelo menos na minha perspectiva. O jogo acerta em cheio nesse aspecto, com um sistema de poderes e mecânicas que não falham em momento algum em proporcionar a liberdade fundamental para que você experimente o jogo da maneira mais autêntica possível.

Diverti-me do começo ao fim, consegui me interessar pelos elementos narrativos, por mais básicos que fossem, e certamente jogarei novamente no futuro. É uma experiência completa e com profundidade suficiente para aqueles que a buscam.

Nota Final: 9/10

Reviewed on May 22, 2023


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