se tivessem me dado esse jogo quando criança ao invés de guitar hero iii eu provavelmente teria conhecido a banda garbage mais cedo e minha estrutura cerebral seria completamente diferente

eu pensei que ia gostar menos desse, já que eu tinha perdido o interesse quando joguei pela primeira vez uns anos atrás, mas dessa vez acabei me divertindo. foi interessante observar os pontos fortes do primeiro jogo sendo expandidos, como a tatilidade dos cenários, os combates divertidos e a história (geralmente) bem escrita. tais pontos não foram expandidos ao ponto de tornarem max payne 1 obsoleto, mas acaba tornando o segundo jogo como a sua própria coisa, quase que divorciados entre si, seja por bem (como os combates mais frenéticos e o aumento de objetos interativos no cenário) ou por mal (o camp perdido com o aumento do orçamento e a narrativa que mantém a boa escrita mas se torna mais esparsa).

em termos de um elder scrolls, parece um jogo mobile. em termos de um mmo, é chato. em termos de um jogo online pra passar um tempo com a minha namorada, não tem emotes legais. se tem algo a elogiar, me lembra skyrim. mas eu não gosto tanto de skyrim também. tá difícil

a falta de conectividade entre os mapas dentro do castelo deixou a exploração muito fraca nesse jogo. o que é uma pena pois eu acho que é possível um castlevania 3D existir de uma forma melhor mas lament of innoncence me desapontou um pouco. tem pontos bons como as batalhas de chefes (pelo menos as que eu joguei) e trilha sonora eclética mas é meio que isso mesmo.

eu não sei pq mas tava lembrando desse jogo besta hoje. keaton vivendo com seu tio otário que vive fazendo pegadinhas com ele como se ele vivesse no set do programa legendários. era isso que acontecia em legendários? não me lembro

eu não deveria ter ficado tão surpresa por um shooter com a filosofia de design da id software junto de gráficos de playstation 2 se tornar um dos meus jogos favoritos. as vezes é juvenil demais pro meu gosto, e as cenas em que dois personagens conversam em uma sala são muito chatas, mas o resto do jogo é tão divertido que até as fases de stealth mandatórias não são tão ruins (em especial a segunda, que chega a ser muito boa).

recomendo desligar a música do jogo (deixe os efeitos sonoros ligados) e colocar no fundo o rock setentista mais anacronístico que você tiver em seu computador para uma experiência parecida com a minha.

desde ano passado quando eu estava explorando o estranho mundo dos jogos obscuros de playstation 2, summoner começou a morar na minha cabeça de graça. um CRPG feito pela Volition, famosa por red faction e saints row (e descent se você for cool), duas franquias que famosamente NÃO são CRPGs. e ainda por cima, um CRPG que foi inicialmente desenvolvido primariamente para computadores (obviamente), mas que decidiram entalar ele inteiro em um PlayStation 2, e considerando que foi um título lançado no mesmo dia que o console chegou nas lojas norte americanas, assumo que algumas coisas foram picotadas para essa meta ser atingida. um port de PC foi lançado pouco tempo depois.

é bem interessante como summoner consegue invocar bem dois clássicos CRPGs contemporâneos à ele: a trilha sonora esotérica de planescape: torment e a pitoresca energia do primeiro baldur's gate, junto do combate em tempo real com pausas de ambos os títulos. infelizmente summoner também puxa um aspecto que não tinha me incomodado em baldur's gate mas que me fez entender quem reclama desse aspecto dele: os longos cenários vazios. a primeira cidade visitada no jogo após a introdução da narrativa é composta por múltiplas hubs estranhas de se explorar pelos seus caminhos levemente labirinticos, com npcs que oferecem missões secundárias sendo espalhados de forma esparsa. por mais que essa locação seja provavelmente o exemplo mais grave disso ocorrendo no jogo, os cenários em geral são grandes demais comparados à velocidade dos personagens jogáveis, algo que não era tanto um problema em baldur's gate, onde sua party conseguia rasgar os mapas 2D de forma satisfatória.

é engraçado que o combate que estava me motivando, com a exploração fraca sendo um impecilho às partes que eu estava gostando. o sistema de ataques envolve um simples minigame de ritmo para que combos sejam efetuados, que é levemente engajante senão transparentemente formulaico. quando o seu grupo tem mais de dois membros, os combates se tornam uma junção do minigame acima mencionado e um gerenciamento básico de tropas, que é quando summoner agarra a minha atenção com força. ajuda que o protagonista é um... summoner, que após a introdução pode gerar uma tropa extra para ajudar nas batalhas.

infelizmente a escassez e imensidão dos mapas acaba deixando as partes boas de summoner espaçadas demais para eu não sentir que eu poderia estar jogando algo melhor. eu não concordo com a maneira desdenhosa que as resenhas desse jogo aqui o tratam como se fosse a coisa mais ruim já feita, pois existem pontos a serem apreciados muito além da minha apreciação por jogos tão feios que parecem com o eurojank mais miserável já feito. tendo dito isso vou dar uma pausa nele para quando eu tiver um pouco mais de paciência para lidar com ele.

eu tô jogando dmc3 mas eu vou abaixar a minha nota toda vez que o dante me matar em shin megami tensei nocturne. chefe ruim da porra. vai se foder dante

estou em uma jornada pra fazer esse jogo estúpido rodar no dosbox. um dia consigo EDIT: consegui com o retroarch usando o core dosbox-pure. caso você queira saber como rodar ele.

é a segunda vez que eu finalizo esse jogo e eu posso confirmar que ainda é um dos meus favoritos. a junção do uso de projéteis ao invés de hitscans junto das mecânicas de câmera lenta dá uma tatilidade muito forte ao combate. é uma obra que parece surpreendentemente pessoal por conta da estética diy das cutscenes, e mesmo com as suas claras intenções de ser um pastiche de filmes noir a escrita consegue se manter forte, até mesmo quando está sendo extraordinariamente boba. talvez seja o jogo mais twin peaks da remedy, mas eu ainda quero jogar alan wake novamente para poder comparar.

o texto desse jogo tem tanta carga vinda das consequências de se viver em um capitalismo-tardio-pré-apocalíptico que eu não conseguiria discorrer apropriadamente sobre ele mesmo se eu me colocasse nessa função. tudo que eu sei é que eu gosto que cruelty squad é um immersive sim estilo thief (com foco em assassinato e ações perturbadas). a gente precisa de mais jogos estilos thief. eu gosto das vibes horrendas e do design de fases que consegue incentivar exploração e ao mesmo tempo me punir por enfiar meu nariz em lugares estranhos. o melhor de tudo é que essa contradição funciona dentro do loop de gameplay (já que você nunca perde muito progresso morrendo) e nunca se torna frustrante demais.

é um daqueles jogos que usam a dificuldade e seu design como uma piada feita às custas de quem o joga, e quer saber? é uma boa piada. são múltiplas boas piadas. eu gosto da fase que tem um trampolim insanamente forte no meio de um prédio que te atrapalha pra entrar na sala importante mas que te oferece uma ótima forma de escapar do caos causado por suas ações. amei bastante. um dia eu faço o conteúdo pós game.

facilmente a coisa mais estúpida que eu já joguei

no meio da minha jornada em baldur's gate 2 eu percebi que nunca tinha terminado a famosa "Durlag's Tower", que é a dungeon central dessa expansão do primeiro jogo, então decidi fazer uma pausa e carreguei um save antigo para poder fazer todos os andares da torre. e realmente, é uma das melhores dungeons que eu já vi, superando até algumas do segundo. se a expansão fosse só esse mapa eu daria uma nota bem maior, mas o conteúdo restante alterna bastante entre ok e frustrante (incluindo um chefe que faz um feitiço de silence, horror e um spell que te mata pra sempre¹ em 30 segundos, o que é a coisa mais estupidamente barata que eu já vi em um rpg) mas durlag's tower é mesmo um excelente desafio com puzzles muito criativos e interessantes.

¹normalmente tem como você reviver seus personagens, exceto se eles forem destruídos. esse spell te mata e te substitui por um ghast², te impedindo de ser revivido.

²não, não é esse ghast

como que esse é o angry birds com a terceira maior nota no backloggd? tá me dizendo que esse rpg mobile abandonware é realmente bom? eu deveria ir atrás de um .apk pra jogar isso? muitos questionamentos