Bio
Um engenheiro de software e seu hobby de descobrir novos jogos.

Consumo jogos desde que me conheço por gente, porém demorei a sair da bolha dos jogos mais comuns e desde então trato essa mídia tão artística quanto o cinema.

* É provável que algumas avaliações de jogos antigos possuam uma dose exagerada de nostalgia envolvida, corrigirei algumas conforme rejogar :X
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Um metroidvania raso que se sustenta no título de "Dark Souls 2D"

Lembro até hoje do barulho que este jogo fez em seu lançamento, no qual as pessoas o rotularam como um Dark Souls 2D devido a semelhança de sua estética, interface e alguns elementos da gameplay. Desde então eu tive vontade de experimentar, porém acredito que decidi jogar ele tarde demais...

Nos últimos anos experimentei alguns metroidvanias ótimos, como Hollow Knight, Blasphemous e Bloodstained: Ritual of the Night. O que eles tiveram em comum? Bem, todos possuem elementos que marcaram a minha experiência, tais como a direção de arte, soundtrack, level design, dentre outros. Agora, se me perguntar o quê Salt and Sanctuary possui que me fará lembrar dele, a minha resposta é "nada".

Salt and Sanctuary possui mapas curtos e sem personalidade. Um ou outro lembra algum dos jogos da From Software, em destaque para a região de Sunken Keep que se assemelha ao mapa de Central Yharnam de Bloodborne. O lado bom é que existem vários atalhos e o fast travel entre altares para acelerar o deslocamento.
O ponto mais "Dark Souls" deste jogo é a interface. Os menus e o HUD são bem similares, em conjunto com a ausência de pause e mapa. A criação de builds e atributos do personagem são uma versão simplificada de Dark Souls, sendo bem tranquilo compreender o quê é necessário evoluir de acordo com a build/situação. A árvore de skills é sem sal, apresentando nós simples, como o incremento de atributos, aumento de poções e habilitar o uso de equipamentos de níveis superiores.
A dificuldade do jogo é baixa, são poucos os bosses que exigem uma gameplay mais específica. Aqui eu dou destaque para o The Tree Of Men, devido a sua estética sinistra por se tratar de uma torre de corpos vivos e ser um dos poucos bosses que possuem uma gimmick diferente em seu confronto; e a The Witch Of the Lake, que na minha run foi o boss mais perigoso por ter um ataque que dava hit kill se eu não me posicionasse corretamente na arena. A pouca quantidade de desafios faz com que a sensação de conquista que os jogos da From e alguns metroidvanias oferecem seja inexistente.
Outros problemas deste jogo são: a soundtrack limitada com pouquíssimas músicas e nenhuma interessante; bugs de cenário, sendo um na arena do boss final, no qual fiquei preso na parede em umas 3 tentativas; o dano de queda é imprevísivel, pois algumas quedas pequenas te matam, enquanto outras maiores não (oi???); a falta de variedade de inimigos, principalmente no começo do jogo onde demora pra aparecer alguma criatura diferente.

Por fim, Salt and Sanctuary vale a jogatina em 2024 caso você tenha pego ele de graça na Epic ou em alguma promoção por 3 reais, e não tenha outros jogos nesse estilo para jogar. Caso contrário, invista seu tempo e dinheiro em metroidvanias superiores.

Embora inacabado e repetitivo, é um baita jogo!

MGSV é um jogo que pode ser dividido em 2 experiências: a da história e a de conteúdo opcional (ou nem tanto) juntamente com o gerenciamento da base.

As missões de história são 8 ou 80 pra mim. O prólogo foi incrível, me deixando tenso até a conclusão do episódio. A partir desse ponto, se inicia a gameplay nos mapas abertos e a experiência também vai variando entre as missões. Algumas são diretas demais sem muito desenvolvimento na história, enquanto em outras eu reagia com "É DISSO QUE TÔ FALANDO, *" no quão empolgantes são pelo acontecimento em si e pelo desenvolvimento que elas geravam para a história. Consigo lembrar claramente de algumas missões em que eu ficava mexendo o pé como reflexo da minha empolgação kkkkk isso me fez criar um carinho enorme pelo jogo e gerou longas conversas com amigos que jogaram ou conhecem o jogo.

Entre os episódios da história, podemos explorar os 2 mapas do game e fazer missões opcionais; capturar soldados, animais e recursos; e administrar a base.
É divertido encontrar a sua gameplay ideal. O jogo oferece diversos recursos para o stealth, mas também temos vários armamentos para virar uma máquina de guerra. Ambas abordagens foram prazerosas em minha experiência, inclusive eu montava kits bem distintos para variar a gameplay.
O problema aparece quando a gente percebe que as missões opcionais são pouco variadas e algumas parecem ter sentido nenhum. Normalmente são 10 missões do mesmo tipo "extrair prisioneiro [1]", "extrair prisioneiro [2]" e por aí vai. As missões de limpeza de minas eram meio ????? pois algumas ficavam amontoadas em locais que nem os animais andavam.
O desenvolvimento da base faz diferença no decorrer do jogo para disponibilizar armamento e equipamentos novos, além de melhorar alguns serviços, como o processamento de materiais (que alegria não precisar ficar saqueando materiais processados no late game).

Alguns pontos que eu achei BEM CHATOS foram:
- os pré-requisitos invisíveis para algumas missões da história serem disponibilizadas. Ok, talvez o jogo force a fazer algumas coisas opcionais para dar a sensação de que o tempo passou, porém ser obrigado a escutar as fitas é estranho. Elas são essenciais para compreender melhor os acontecimentos, porém podia ter alguma indicação sobre essa obrigatoriedade;
- pra quê misturar as missões da história com as missões de desafio? podiam ter colocado isso em uma aba separada pra evitar confusão, principalmente quando é necessário descobrir algum requisito invisível 🙄;
- os episódios da história são estilo seriado, tendo uma intro mostrando o Snake no helicóptero e rolando os créditos iniciais SEMPRE exibindo os personagens participantes, e ao concluí-las é exibida uma tela de créditos. Eu particularmente adoro esse lado cinema do Kojima, mas os créditos iniciais nos dão spoilers sobre quem vai aparecer, sejam personagens relevantes ou inimigos diferenciados. Poxa, isso acaba com a surpresa.

E por último, mas não menos importante: infelizmente o jogo não possui um final. Algumas missões são consideradas como "finais do jogo", mas nenhuma encerra os arcos do jogo, o que é uma pena.
Eu gostaria de falar mais sobre os acontecimentos, personagens e detalhes sobre as missões boas, mas não vou entregar o ouro. Esse é um jogo que tem seus problemas, mas seus picos na história roubam a cena e definitivamente merecem ser apreciados sem spoilers.

O tema da Quiet ❤️

Uma aventura de altos e baixos, mas que deixou uma boa impressão.

Este era um jogo que eu tinha uma certa expectativa, pois gostei da experiência que tive com a demo em 2021 e faz tempo que gostaria de experimentar a franquia Tales of. Agora posso dizer que essas expectativas foram atendidas parcialmente, e que pretendo jogar outros jogos da franquia.

História e personagens:
Eu gostei da party de Tales of Arise, todos os personagens me agradaram. Há aquela parcela de clichê neles, mas eu adorei a forma que eles interagem entre si, principalmente nos esquetes. Estas interações são mais curtas, relacionadas à acontecimentos que o grupo viveu ou alguma coisa aleatória, como por exemplo "como funciona usar sua arma?", "é muito difícil se aliviar usando essa armadura?" (essa e várias outras me renderam boas risadas).
Em relação à história, ela foi me ganhando conforme o jogo avançou. A expectativa aumentou conforme visitei novas regiões e vi o "problema" a ser resolvido em cada uma delas, porém começou a ir ladeira abaixo conforme os eventos finais se aproximavam por causa da exposição desnecessária. Infelizmente o jogo explica alguns assuntos importantes através de paredão de texto naquelas salas estilo "interaja comigo e entenda tudo que não consegui esclarecer no decorrer do jogo" :(

Gameplay:
Durante a demo, eu entendi absolutamente nada do que tava acontecendo nas batalhas kkkkk pra mim era só um action RPG com uma poluição visual que parecia divertida por algum motivo. Pegando o jogo completo, ele te pega pela mão e explica tudo timtim por timtim, então o que era considerado uma "bagunça" se tornou uma "bagunça compreensível" kkkkk. Além disso, quero enaltecer que não tem problema esquecer como faz algo relevante nas batalhas, pois a seção de ajuda do game é bem eficaz e organizada, assim como todo o resto dos menus.
Ainda em relação ao combate, há uma curva de aprendizado pra encontrar a melhor forma de confrontar os inimigos. Dominar o combate melhora a experiência nas batalhas, não deixando-as "fáceis", mas auxiliando em identificar o melhor comportamento para enfrentar os adversários.
As lutas de bosses e inimigos gigantes são ótimas. Várias delas possuem a grandiosidade necessária para o evento em questão, e os gigantes oferecem batalhas desafiadoras, só que às vezes rola uma exagerada. Eu senti que estava enfrentando algum monstro opcional de Final Fantasy XII em alguns momentos, pois quando os gigantes (bosses opcionais também) estavam próximos de morrer, eles entravam no modo apelão em que usam o especial com muito mais frequência, os ataques deles ficam mais difíceis de esquivar e as janelas de ataque diminuem... gosto desse fator quando aplicado na medida certa, mas às vezes eu empacava nos últimos 10% de vida do bicho porque conseguia fazer quase nada (faltou dedo mesmo hehehe).
Pra fechar com chave de ouro o combate, eu imaginava que seria divertido/eficaz jogar com 1 ou 2 personagens no máximo, mas felizmente subestimei o game. Cada personagem da party é agradável de controlar em batalha, e a arena em Visquinte incentiva a experimentar isso pra perder o receio de trocar de personagens no decorrer da história. Cansou de usar a espada flamejante do protagonista? Então troque para a Shionne e passe a usar rifles e magias, ou use algum outro personagem da party.

Ambientação e conteúdo opcional:
Os mapas de Tales of Arise são bonitos, refletindo bem o elemento (fogo, vento, etc) dominante de cada região ou o contexto daquela localidade. Eu achei os mapas pequenos e com muitas seções lineares, não senti a imersão que esperava ao jogar a demo... embora o melhor mapa seja esse que foi apresentado na demo risos. Como é meu primeiro Tales of, talvez eu tenha criado expectativas erradas pela falta de conhecimento sobre a franquia. Outro ponto que não me conquistou nos mapas é a falta de coisas pra fazer, isso é justificável pelo contexto do jogo, mas senti falta de mais atividades além de pescar e lutar na arena.
As sidequests foram interessantes pra mim por causa das recompensas e quando o objetivo era derrotar algum gigante ou boss opcional. Algumas sides mais pacifistas tinham diálogos mais relevantes ou engraçados, e poucas foram chatas ao estilo "me traga X unidades de tais itens" sem uma conclusão mais elaborada.

Embora o jogo apresente falta de variedade de coisas para fazer e a história tenha me decepcionado nos atos finais, eu continuei fazendo as sides no pós game e torcia para presenciar novos diálogos entre os personagens nos esquetes. O combate me divertiu horrores, a satisfação que eu tinha em criar combos enormes e aplicar as finalizações me impediu de cansar de jogar. Foram 60 horas bem jogadas, em que um jogo não precisa ser perfeito para proporcionar horas de diversão, risadas e desafios, basta ele atender seus requisitos pessoais mínimos.