Ready Player Fuck

Ready Player Fuck

released on Oct 06, 2017

Ready Player Fuck

released on Oct 06, 2017

You are Zachary Knoxville Touchdown, The ultimate geek. It's the future and the world's so overpopulated that you have to live in the stacks, a big-ass pile of cars. Since there's nowhere for your generation to go, you all live in a virtual reality game called "The Oasis", where the limits of reality... Are the limits... Of your own imagination. In the Oasis you will be able to see things from your wildest dreams. Characters from film and TV and video games crossing over in unexpected ways. Huge interstellar explosions. Massive-scale fights between Transformers and Godzilla... You name it. And maybe along the way... You will find romance.


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Quando partimos do pressuposto de que a paródia é um exercício de intertextualidade, cujo objetivo é levar o interlocutor a fazer uma reflexão crítica sobre o conteúdo parodiado, Ready Player Fuck é um exercício bem raso que se debruça na premissa de que, só de profanar ao mesmo tempo todas as referências possíveis da cultura pop e geek, é uma ofensa primordial per se. Dava pra ser mais ofensivo, cutucar mais, profanar mais, do que só embrulhar um milhão de assets. Não é o suficiente. A arte ofende, e aqui vai ofender quem? O nerd com a "doença do sapo cego"? Já são minoria. Não deixo de considerar uma boa proposta, mas frente à liberdade e desprendimento das amarras da propriedade intelectual, poderia se propor a ser ainda mais ofensivo.

Esse jogo é não ironicamente (sério mesmo) uma obra de arte. Ele se despe de qualquer pretensão comercial pra trabalhar de forma esteticamente agressiva uma paródia do livro Ready Player One e alcança toda a indústria criativa que recorre a referências para não enriquecer, mas para conferir conteúdo às obras.

Um conteúdo raso, excludente e que se regozija em se sentir superior por ter a referência, e assim acima da "plebe", "filtrando" os incultos. Esse é um sumário do que se tornou a Cultura Pop/Nerd/Geek. De subcultura marginalizada, a pretensiosa e arrogante, algo que conhecemos bem quando lembramos que educação deficiente faz oprimidos quererem se tornar opressores.

OKKUSENMAN OKKUSENMAN

Apesar de interessante, um debate sobre a paródia ser um espantalho em cima de um absurdo cabe, mas como ponto de partida, não como conclusão.

Afinal, refletir sobre o uso indiscriminado desse tipo de fanservice levanta a questão de em que momento ele é válido e em que momento ele atrapalha e cria ruído, impedindo pessoas sem aquela referência de valorizar mais a obra. Há talvez uma hipérbole nessa obra, uma vez que a sátira exagera demais no que pretende correndo o risco de não surtir efeito crítico por extrapolar em demasia.

OKKUSENMAN OKKUSENMAN

Eu mesmo, pra ilustrar, não li o livro Ready Player One, assisti apenas o filme, e não achei que ele fez o que o jogo critica, ao menos de forma a prejudicar sua fruição como filme com proposta imaginativa e divertida. Mas claro, eu preciso ler o livro pra que eu possa ter uma plena compreensão de quão mais pertinente seja a crítica, por exemplo, já que ela mira neste e não naquele.

A salada de referências a obras da cultura pop encontra um nível de saturação tão absurda que é impossível encontrar algo que você não conheça, a menos que você jogue o jogo daqui 200 anos ou tenha crescido em ambiente ultrar-religioso que te manteve longe das "coisas do mundo".

Por isso mesmo, no fim, eu compreendi a crítica, valorizo como obra de arte, mas a experiência em si foi menor do que eu gostaria. Ao menos eu tive um momento impactante, já que um outro apelo do jogo é a nostalgia.

Em algum momento ela vai bater, especialmente se você for millenial. E aí talvez você tenha seu momento....

OKKUSENMAN OKKUSENMAN

(que final foi esse, quem é Dr. Who?)
(PS: eu já ouvi falar mas não conheço)
(PS2: excelente console)

A Cultura nerd precisa ser revisada.

É uma cultura que sequestra obras de arte em um culto egocentrico e excludente. Pessoas resgatam símbolos das obras para se identificarem e vão enaltecer aqeuelus que reconhecem esses símbolos, que conseguem ler as referências e se sentem superiores por conta disso, mais popularmente culturados.
Ready Player Fuck sequestra esses símbolos em uma sátira divertida, engraçada e que não se importa com propriedade intelectual. Usando esses símbolos para mostrar o quão tosco e sem noção é esse imaginário coletivo do nerd boomer, que adora essas imagens religiosamente.

If web publishing hadn't become as commercially impracticable as print at some point about a decade ago, they would've eventually rebooted MAD Magazine as site and had something like this as its modernized form of the old movie parody comic format. Has a single brilliant moment in putting Omoide wa Okkusenman in the area where you fight Godzilla as a Transformer.

the satire isn't very fresh in 2024 but I despise the sort of unoriginal referenceslop this is making fun of so much that anything that shits on it gets my approval.

it's also doing a sort of "bad on purpose" thing mechanically that makes me not want to do the 100% stuff, dear god that car race does not actually work

A lot funnier then i was expecting for a 2017 tumblr meme game. I also just think models resource kitbash worlds are fun.