Primeiramente Berseria é meu primeiro Tales of da franquia, portanto não tenho nenhuma familiaridade com os outros títulos anteriores até o momento, com isso em mente vou passar as minhas experiências que tive com esse game nesse formato de review.

Como um todo eu tive uma onda de impressões positivas e negativas com esse episódio da série, ele acerta muito bem na sua história e nos seus personagens mas falha no sistema de combate e nos elementos de RPG.

O ritmo é bem lento no começo e as coisas só começam a se engrenar lá pras 30 horas de gameplay, mas analisando tudo inteiramente posso dizer que seu roteiro foi bem completo até sua finalização, não deixando quase nenhuma nuance em seu caminho e apresentando tudo no seu devido momento.

Entre exploração em terceira pessoa simplista, belíssimas cinemáticas feitas pela Ufotable e muitas cutscenes você vai pegando o jeito da coisa, acompanhando tudo isso temos o sistema de combate de movimentação livre meio hack and slash/beat 'em up/esmaga botão com uma customização gigante de ataques e combos da escolha do jogador. Mas analisando esse sistema mais a fundo, apesar dessa suposta liberdade onde podemos "montar" nossos ataques e combos, na prática isso acaba se tornando meio chato e cansativo de se mexer, quando nossos personagens upam de nível eles adquirem novos ataques e com isso você precisa reorganizar seu combo mapeado se quiser colocar esse novo ataque no meio dele, e tenta fazer isso com 6 personagens onde cada botão do controle é um combo de 4 golpes, isso acaba se tornando um saco senhores, por conta disso lá pro late game eu só me importei de jogar com a Velvet e fiquei por isso mesmo. Uma outra coisa que eu não gostei foi a mecânica dos equipamentos, todos eles possuem um status único onde pode ser herdado pelo personagem que equipá-lo, para isso basta o sujeito equipar o item específico até um tempo determinado que ele herdará aquele status permanentemente; esse sistema quebra completamente o gerenciamento de equipamentos nos personagens, ele basicamente obriga o jogador a equipar equipamentos horríveis só para pegar aquele status único para o personagem, então não, builds gerais não funcionam nesse game.

Em questão de gráfico e trilha sonora o título em questão não se destaca mas também não deixa a desejar, os modelos dos personagens são bons e até customizáveis, os cenários possuem uma boa diversidade mas seguem aqueles padrões de mapas JRPGs simplórios, já a trilha sonora infelizmente me decepcionou um pouco, achei bem genérica como um todo com quase nenhuma faixa marcante ou interessante.

Por fim, eu diria que entrei no jogo pelo combate mas terminei ele pela história, gostei pakas de personagens como Magilou, Eleanor, Velvet e Aizen mas sofri com o restante do game, mesmo assim fiquei satisfeito quando finalizei Tales of Berseria nas minhas 70 horas de jogatina, recomendo ele para os interessados do gênero e detalhe, o jogo está inteiramente em português, então sim Juquinha você vai conseguir entender a história tranquilamente, bom jogo ai.

Ps: Biefu é o pior mascote de jogo japa que eu tive o desprazer de conhecer, a Magillanica merece um troféu por aturar ele, o bixo é pior na dublagem japonesa, fica naquele bordão desgraçado de BIEEEEEEN.



Reviewed on Aug 10, 2021


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