Eu gostaria muito de ter aproveitado mais esse jogo.

Eu estava em uma das semanas mais conturbadas da minha vida e estava com uma forte necessidade de JOGAR um joguinho que fosse sem pretensão de trabalho, na verdade, sem pretensão de nada. Assim, eu liguei A Short Hike. O "short" me chamou atenção, acredito que uma experiência cápsula, mas que cativasse, fosse o que precisava, algo que me fisgasse e me separasse do momento em que vivia.

A Short Hike foi um jogo jogado nos espaços de tempo restantes, e isso talvez tenha matado minha experiência, mas não vi no jogo nada que me fisgasse. A jornada é interessante, mas uma falta de intimidade na protagonista me deixou desconectado de sua progressão. Penas douradas, que poderiam servir como símbolos de desenvolvimento pessoal, aqui servem como coletáveis, no mais simples sentido da palavra. Encontrava um sem querer e de repente podia escalar mais.

Alguns coletáveis escondidos em micro quests fazem parecer que existe uma conexão aqui, mas quando penas são as únicas grandes recompensas, elas se tornam o motivo para tudo, colocando de lado o jogar por jogar que eu estava buscando e até uam possivel conexão com personagens.

Se essa jornada se passasse em lugares com personagens mais emblemáticos e conectados, talvez eu buscasse conhecê-los melhor, mas temos aqui um bom exemplo de filosofia de museu que não funciona em contraste com outras experiências como as de J king Spooner (Dujanah e Beeswing). Conversar com personagens aqui é vazio, é um meio para um fim e como as conversas não se prolongam ou são tão conectadas, se torna esquecível, assim como o jogo em si foi para mim.

Ao final, em sua catarse, não vi substância alguma na experiencia que vivi.

O que é uma pena, pois foi um momento vulnerável para mim. Acabou que fui fisgado por DMC, uma franquia que me fisgou pela ternura que esperava encontrar aqui.

Reviewed on Sep 07, 2023


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