Eu gostaria de recomendar esse jogo, mas não consigo.
Omori é uma viagem íntima, isso já me ganha. Dá para perceber como tudo ali vem de uma experiência própria, ou de referências próprias, pois é tão delicado e preciso que chega ser assustador.
Mesmo não tendo passado pelos pontos que Omori aborda, é fácil se convencer de que você está vivendo aquilo. E se isso não define uma excelente narrativa, o que definiria?
Mesmo sofrendo de um level design massante e muitas vezes irritante, o jogo te coloca em um mar de simbolismo, se atendo às regras criadas pelo mesmo e você precisa encaixar aquele sonho em um álbuns me memórias para que ele faça sentido.
É aquele tipo de jogo em que "no final (quase) tudo faz sentido".
De certo ponto, acho colocado de forma um tanto infantil, itens têm referências as memórias e não necessariamente memórias tão impactantes assim oque torna o símbolo só pelo símbolo, sem muita substância.
Mas outras são colocadas de forma excelente e até implícita, gosto disso.
Mesmo tento momentos frustrantes e longos, Omori acaba para mim com um grande coração.
Devo admitir, até os minutos finais não seria assim, mas novamente, joguei um jogo que o final entrega.
Ainda assim, não posso recomendar. Não acho que seja para qualquer um pois os temas são pesados e a depender de seu final, pode ser demais.
É um jogo que serve muito como um exemplo de expressão criativa e pessoal.
Foi muito bom ter jogado. apesar de tudo, obrigado Art Pass do Game Design Hub

Reviewed on Jul 31, 2022


Comments