Eu amo a filosofia de design de jogo museu que J-King Spooner traz nos seus jogos.
Dessa vez, diferente de Dujanah, tive uma sensação de estar num museu pessoal e íntimo.
Como se navegássemos por memórias, medos e pensamentos de uma pessoa/ personagem.
Claro, por se tratar de uma obra bem autoral, imagino que parte desses pensamentos podem refletir no autor... ou talvez não, nunca vamos saber.
A questão é que a escrita desse jogo é tão íntima que funciona perfeitamente com a proposta e estética do jogo.
É incrível como em cada personagem que aparece, você pode esperar algo completamente novo.
Monólogos que constroem momentos de estranheza, reflexão, medo ou até graça. Sempre construindo personagens passageiros que vão te trazer essa mensagem e pronto, serviram seu propósito e possivelmente não vão voltar.
É incrível como ainda assim, esses personagens são incríveis, curiosos e tão diferentes que parecem ser lembranças, sabe? Como se fossem retratos de personagens que falam sozinhos, mas possuem um carisma nessa introspecção, como se fossem conversas que já tivemos, mas não lembramos exatamente. Como se reconstruíssemos essas pessoas em um sonho, o que faz todo sentido nesse jogo, já que nos sonhos sempre conversamos com nós mesmos.
Enfim, incrível como monólogos criam expressões tão interessantes, ainda de forma autoral e pessoal e como esse jogo te deixa livre para explorar esse museu de uma pessoa só.
Muito interessante!

Reviewed on Dec 30, 2022


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