Tem algo muito especial nesse jogo, eu lembro de jogar ele em pleno 2010 no meu Xbox 360, 14 anos atrás, e eu ainda lembro das minhas reações, do local onde eu jogava, da minha madrugada virada nele. Devido ao grande volume de jogos e filmes que eu consumo, o padrão é que eu me esqueça, tanto da história, quanto das missões, e até minhas reações e pensamentos, no entanto esse jogo permaneceu na minha memória.
A versão remasterizada não difere da original, a história continua sendo o ponto alto, e o combate continua sendo o ponto baixo. A história é meta, tanto no próprio universo do jogo (Alan encontra manuscritos do que ele está vivendo), quanto fora (cultura pop: o jogo). As referências pop são inúmeras, desde Twin Peaks até John Carpenter. É um caso em que o jogo fica constantemente lembrando o jogador de trabalhos superiores (é a triste verdade), de verdadeiros mestre do gênero, e não consegue criar suas próprias imagens. Mestres criam, e aqui a Remedy copia, você pode ficar brincando de citar Twin Peaks a vontade, mas na hora do vamos ver, Twin Peaks é uma obra prima idiossincrática, já Alan Wake parece o trabalho de profissionais medíocres com grandes ambições.
Sobre o gameplay, é travado, os inimigos se repetem até o fim do jogo, e não é divertido, e é o mesmo loop até o fim do jogo, é a lição de casa chata que você precisa fazer antes de poder se divertir. O cenário inspirado no oeste americano é lindo, e cheio de personalidade, parece errado por ser um survival horror, mas andar por essas florestas a noite é um prazer. E eu já amarro isso com mas uma crítica: o jogo é incapaz de gerar tensão, é com certeza um dos survival horrors mais incompetentes que já vi nesse quesito, no quesito paisagens ele é muito bom, mas no quesito som é fraco, não existe aquela tensão no ar.
O grande diferencial da versão remasterizada é a inclusão dos comentários do Sam Lake (o escritor do jogo). O homem é cheio de paixão, e traz uma escrita diferenciada para o mundo dos jogos, porém ao mesmo tempo os seus comentários deixam claro uma coisa: o homem é medíocre no que faz. Muita paixão, pouco talento. Escutar ele falando sobre os temas e metáforas presentes no jogo é uma atividade depressiva, sua perspectiva é óbvia, de certa forma até infantil, seus comentários sobre o jogo vão de rasos a hilários, exemplos:
- “O jogo também é baseado na ideia de luz vs trevas”
- “O Alan está escondendo arte dentro da sua história, da mesma forma que nós da Remedy estamos”
- “Eu vejo o jogo também sendo uma metáfora sobre o próprio ato de escrever, é difícil escrever uma história, por isso é também difícil de alterar a realidade”.
Um detalhe final, o Sam Lake comenta que um dos objetivos dele nos primeiros episódios do jogo era de causar dúvida no jogador, os acontecimentos do jogo são reais ou fruto da imaginação/loucura do Alan? E carambolas hein, o homem falhou miseravelmente em passar essa impressão, joguei duas vezes e em ambas o jogo não conseguiu gerar qualquer questionamento acerca da realidade do que você está experienciando, fiquei até surpreso ao escutar que esse era um dos objetivos.
A versão remasterizada não difere da original, a história continua sendo o ponto alto, e o combate continua sendo o ponto baixo. A história é meta, tanto no próprio universo do jogo (Alan encontra manuscritos do que ele está vivendo), quanto fora (cultura pop: o jogo). As referências pop são inúmeras, desde Twin Peaks até John Carpenter. É um caso em que o jogo fica constantemente lembrando o jogador de trabalhos superiores (é a triste verdade), de verdadeiros mestre do gênero, e não consegue criar suas próprias imagens. Mestres criam, e aqui a Remedy copia, você pode ficar brincando de citar Twin Peaks a vontade, mas na hora do vamos ver, Twin Peaks é uma obra prima idiossincrática, já Alan Wake parece o trabalho de profissionais medíocres com grandes ambições.
Sobre o gameplay, é travado, os inimigos se repetem até o fim do jogo, e não é divertido, e é o mesmo loop até o fim do jogo, é a lição de casa chata que você precisa fazer antes de poder se divertir. O cenário inspirado no oeste americano é lindo, e cheio de personalidade, parece errado por ser um survival horror, mas andar por essas florestas a noite é um prazer. E eu já amarro isso com mas uma crítica: o jogo é incapaz de gerar tensão, é com certeza um dos survival horrors mais incompetentes que já vi nesse quesito, no quesito paisagens ele é muito bom, mas no quesito som é fraco, não existe aquela tensão no ar.
O grande diferencial da versão remasterizada é a inclusão dos comentários do Sam Lake (o escritor do jogo). O homem é cheio de paixão, e traz uma escrita diferenciada para o mundo dos jogos, porém ao mesmo tempo os seus comentários deixam claro uma coisa: o homem é medíocre no que faz. Muita paixão, pouco talento. Escutar ele falando sobre os temas e metáforas presentes no jogo é uma atividade depressiva, sua perspectiva é óbvia, de certa forma até infantil, seus comentários sobre o jogo vão de rasos a hilários, exemplos:
- “O jogo também é baseado na ideia de luz vs trevas”
- “O Alan está escondendo arte dentro da sua história, da mesma forma que nós da Remedy estamos”
- “Eu vejo o jogo também sendo uma metáfora sobre o próprio ato de escrever, é difícil escrever uma história, por isso é também difícil de alterar a realidade”.
Um detalhe final, o Sam Lake comenta que um dos objetivos dele nos primeiros episódios do jogo era de causar dúvida no jogador, os acontecimentos do jogo são reais ou fruto da imaginação/loucura do Alan? E carambolas hein, o homem falhou miseravelmente em passar essa impressão, joguei duas vezes e em ambas o jogo não conseguiu gerar qualquer questionamento acerca da realidade do que você está experienciando, fiquei até surpreso ao escutar que esse era um dos objetivos.