O que um design de produção 5 estrelas faz, esse jogo de 1999 é mais bonito e com mais personalidade do que muito jogo atual. Poderia ter mais câmera fixa? Poderia, quase todo momento com câmera fixa possui um ângulo criativo que aumenta a tensão, e que torna o jogo um prazer de jogar vendo tamanha criatividade.

As áreas com névoa são icônicas, as áreas no pesadelo então...parece que saíram de um filme do Freddy Krueger, dizer que são maravilhosas é o mínimo, a única coisa que peca são as áreas no escuro que são sem sal comparado a perfeição das outras.

Os diálogos são na medida certa, objetivos e avançam a história sem revelar muito, até a grande revelação no final resiste o desejo de explicar em excesso o que ocorreu. A história deixa um pouco a desejar no terceiro ato, assim como a grande quantidade de “puzzles” (vai lá, pega essa chave para você conseguir abrir essa porca trancada para assim conseguir pegar a chave que vai abrir a outra porta que precisa de 5 chaves).

E já que estamos lidando com pesadelos, faltou também uma surrealidade para eles, assim como uma amarração melhor entre Alessa e os pesadelos, afinal eles não deveriam estar vindo do seu subconsciente? E caso não (afinal, o jogo deixa essa questão meio em vago, a logística atrás dos monstros), é uma oportunidade perdida, poderia ter desenvolvido mais a história e sua vítima, Alessa.

Como não conheço muito de survival horror da época, minha única comparação é com o Resident Evil 1, e que na prática são jogos bem parecidos, tanto em gameplay quando em estrutura (até a própria cidade age como a mansão), mas se Resident Evil 1 é um jogo voltado a um público mais infantil, Silent Hill mira um público mais adulto, não só já é um grande jogo, mas demonstra grande potencial para sequencias ainda melhores.

Reviewed on Jan 30, 2023


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