Marvel's Spider-Man 2 surpreendeu-me pela positiva. Pretendo falar do mesmo sem grandes spoilers. Cá vamos:
Sou um fã incondicional de Spider-Man desde muito novo, confesso que não sou a pessoa menos enviesada para falar de qualquer material relacionado com o aranhiço, ainda que tente manter a imparcialidade ao máximo.
Face ao que acabei de referir, esperava um jogo bastante semelhante ao primeiro, apenas com umas pequenas melhorias e uma narrativa diferente, jogo esse que me deixaria suficientemente satisfeito. Contudo, não foi com isso que me deparei.
Para além de ao jogar desempenharmos o papel de Peter Parker, Miles Morales é também adicionado à equação no que foi, pelo menos segundo a minha avaliação, uma tentativa agridoce. Por um lado, Miles é o perfeito sucessor, vejo na personagem atributos importantíssimos e já foram desenvolvidos pontos de interesse suficientes ao longo dos últimos três jogos. Por outro lado, ainda não foi desta que senti todo o potencial referido a ser utilizado da melhor forma. Penso que há uma secção particular do jogo em que Miles devia imperativamente ter sido mais explorado sendo que, pelo contrário, foi apenas deixado de parte. Ainda assim, continuaria a dar uma nota positiva à integração de uma fórmula duplo protagonista.
Marvel's Spider-Man introduz, a meu ver, duas personagens com um potencial incomparável - No lado dos bons, Harry Osborn, o melhor amigo de (e para ) todos os tempos de Peter Parker; no lado dos maus, Kraven, o caçador impiedoso e analítico.
Ambas as personagens que referi, por motivos evidentemente diferentes, foram muito bem conseguidas e alcançaram, creio eu, os objetivos expectados pelos desenvolvedores do jogo. As motivações por detrás das ações de Harry tornam a ligação emocional para com o personagem relativamente rápida e fácil (sendo que as mesmas são apoiadas por um passado doloroso, o método clássico estava bem presente). De forma contrastante, as ações condenáveis de Kraven estabelecem-no desde muito cedo enquanto o principal antagonista da história. O voice acting é esplêndido e a forma como, com o progresso do jogo, vamos adquirindo informação acerca do caçador e percebendo o que realmente fomenta as suas atitudes foi muito bem pensada e encaixa-se simbioticamente (:3) no perfil do personagem que nos vai sendo apresentado.
É impossível não realçar a melhoria significativa nas missões secundárias. Dei por mim com o jogo praticamente platinado depois de ter terminado a sua campanha principal, muito devido ao facto de que um dos principais pontos negativos da prequela, tornou-se um dos grandes destaques da sequela. Finalmente senti que as minhas ações eram importantes não apenas para a cidade de Nova Iorque e para os seus habitantes, mas também para Peter Parker e Miles Morales. A meu ver, é apenas esta a fórmula de sucesso para as side quests de um jogo - relevância e integração.
O combate não sofreu alterações suficientemente consideráveis para além de alguns novos movimentos e a adição de um interessante sistema de pequenos ataques especiais que precisam de ser recarregados. Continua bastante divertido e simples, não havia muito a mudar!
Acabo com um toque particularmente específico relativamente à progressão da história do jogo. Sem grandes spoilers, adoro a forma como 2/3 do jogo foi pensada. Todas as personagens foram bem integradas numa narrativa coletiva, não obstante o seu desenvolvimento individual e acontecimentos relevantes nas vidas de cada um. Infelizmente, e mesmo com muita pena minha, não consigo deixar de referir que senti que as últimas horas de Marvel's Spider-Man 2 foram um pouco apressadas, especialmente tendo em conta o encadeamento gradual que eu preconizei para um personagem em particular. O último 1/3 de jogo continua a ser bem conseguido, mas não consigo ignorar a excelência que imagino se tudo se tivesse prolongado por mais umas horas...
Em suma, Marvel´s Spider-Man 2 supera consideravelmente o primeiro jogo da Insomniac em quase todos os aspetos. Quer seja pelo seu enredo, ao qual estão associados personagens interessantíssimos, pelo seu combate repleto de ação e diversão, pela sua beleza gráfica, ou apenas pela simples possibilidade de andar a espalhar teias por uma cidade expandida, é uma aventura tanto para os fãs de longa data, como para os céticos dos super heróis.
Sou um fã incondicional de Spider-Man desde muito novo, confesso que não sou a pessoa menos enviesada para falar de qualquer material relacionado com o aranhiço, ainda que tente manter a imparcialidade ao máximo.
Face ao que acabei de referir, esperava um jogo bastante semelhante ao primeiro, apenas com umas pequenas melhorias e uma narrativa diferente, jogo esse que me deixaria suficientemente satisfeito. Contudo, não foi com isso que me deparei.
Para além de ao jogar desempenharmos o papel de Peter Parker, Miles Morales é também adicionado à equação no que foi, pelo menos segundo a minha avaliação, uma tentativa agridoce. Por um lado, Miles é o perfeito sucessor, vejo na personagem atributos importantíssimos e já foram desenvolvidos pontos de interesse suficientes ao longo dos últimos três jogos. Por outro lado, ainda não foi desta que senti todo o potencial referido a ser utilizado da melhor forma. Penso que há uma secção particular do jogo em que Miles devia imperativamente ter sido mais explorado sendo que, pelo contrário, foi apenas deixado de parte. Ainda assim, continuaria a dar uma nota positiva à integração de uma fórmula duplo protagonista.
Marvel's Spider-Man introduz, a meu ver, duas personagens com um potencial incomparável - No lado dos bons, Harry Osborn, o melhor amigo de (e para ) todos os tempos de Peter Parker; no lado dos maus, Kraven, o caçador impiedoso e analítico.
Ambas as personagens que referi, por motivos evidentemente diferentes, foram muito bem conseguidas e alcançaram, creio eu, os objetivos expectados pelos desenvolvedores do jogo. As motivações por detrás das ações de Harry tornam a ligação emocional para com o personagem relativamente rápida e fácil (sendo que as mesmas são apoiadas por um passado doloroso, o método clássico estava bem presente). De forma contrastante, as ações condenáveis de Kraven estabelecem-no desde muito cedo enquanto o principal antagonista da história. O voice acting é esplêndido e a forma como, com o progresso do jogo, vamos adquirindo informação acerca do caçador e percebendo o que realmente fomenta as suas atitudes foi muito bem pensada e encaixa-se simbioticamente (:3) no perfil do personagem que nos vai sendo apresentado.
É impossível não realçar a melhoria significativa nas missões secundárias. Dei por mim com o jogo praticamente platinado depois de ter terminado a sua campanha principal, muito devido ao facto de que um dos principais pontos negativos da prequela, tornou-se um dos grandes destaques da sequela. Finalmente senti que as minhas ações eram importantes não apenas para a cidade de Nova Iorque e para os seus habitantes, mas também para Peter Parker e Miles Morales. A meu ver, é apenas esta a fórmula de sucesso para as side quests de um jogo - relevância e integração.
O combate não sofreu alterações suficientemente consideráveis para além de alguns novos movimentos e a adição de um interessante sistema de pequenos ataques especiais que precisam de ser recarregados. Continua bastante divertido e simples, não havia muito a mudar!
Acabo com um toque particularmente específico relativamente à progressão da história do jogo. Sem grandes spoilers, adoro a forma como 2/3 do jogo foi pensada. Todas as personagens foram bem integradas numa narrativa coletiva, não obstante o seu desenvolvimento individual e acontecimentos relevantes nas vidas de cada um. Infelizmente, e mesmo com muita pena minha, não consigo deixar de referir que senti que as últimas horas de Marvel's Spider-Man 2 foram um pouco apressadas, especialmente tendo em conta o encadeamento gradual que eu preconizei para um personagem em particular. O último 1/3 de jogo continua a ser bem conseguido, mas não consigo ignorar a excelência que imagino se tudo se tivesse prolongado por mais umas horas...
Em suma, Marvel´s Spider-Man 2 supera consideravelmente o primeiro jogo da Insomniac em quase todos os aspetos. Quer seja pelo seu enredo, ao qual estão associados personagens interessantíssimos, pelo seu combate repleto de ação e diversão, pela sua beleza gráfica, ou apenas pela simples possibilidade de andar a espalhar teias por uma cidade expandida, é uma aventura tanto para os fãs de longa data, como para os céticos dos super heróis.