Quando joguei o Persona 3 original o sentimento que tive com o jogo (ainda mais fazendo parte da grande parcela que veio de P5) foi deveras curioso, visto que em alguns momentos a atmosfera sufocante e exaustiva me emergia bastante no jogo, enquanto em outros, a sensação de conectividade com os personagens e a estrutura que dava profundidade aos temas específicos de cada SL pareciam não lograrem muito quanto deveriam. A questão é que sempre que eu pensava na minha bagagem com o jogo, eu lembrava dos bons momentos mas sempre aquela pulga atrás da orelha de que eu teria feito determinadas coisas de forma diferente.

Dito isso, Persona 3 Reload altera a composição dessa experiência e cria algo totalmente novo? Não. Porém, mesmo que ainda possa me ocorrer um pensamento momentâneo sobre coisas que eu gostaria de fazer diferente, ainda assim defenderei a opinião de que esse remake é a melhor maneira de experienciar Persona 3.

Não passa pela minha cabeça achar racional que alguém tenha a opinião de que o Reload não faz nada a P3, pois, além de tornar o jogo mais divertido e com um ciclo mais fluído (apesar de sacrificar outros elementos), o jogo acrescenta e muito ao cast principal.

Não é que os personagens sejam chatos ou supérfluos no original, mas aqui é tudo tão mais condensado e elaborado que acaba trazendo um sentimento de proximidade absurda até mesmo com aqueles que foram tratados de forma simplória até demais pros próprios temas originalmente.

A trilha sonora, subjetiva como pode ser, me agradou bastante. Algumas músicas tiveram acréscimo na lírica e as novas encaixaram absurdamente bem com o jogo. Respeito muito quem ainda prefere as originais sobre aquelas que fora remixadas, e eu pessoalmente não tenho preferência, ambas me servem bem.

Persona 3 Reload não reinventa a roda e não altera tanto quanto alguns poderiam querer, mas mesmo assim os acréscimos e a experiência no geral, pra mim, é superior. Para os saudosistas, o bom e velho P3F vai continuar lá para que seja revisitado e lembrado como o jogo geracional que ele é, pois é isso que importa no final.

Reviewed on Mar 13, 2024


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