Uma excelente sequência para Paper Mario e um excelente RPG indie.

A gameplay, como citado acima, é muito similar a Paper Mario (até demais eu diria), e tem tudo que Paper Mario The Thousand Year Door trouxe para a franquia, ou seja, combate onde tu precisa apertar botões para fazer seus ataques serem mais fortes, tu pode bloquear ataques inimigos, medalhas para dar um efeito especial para um membro da equipe ou mesmo todo mundo, e mais tudo que tem em Paper Mario TTYD, só que um grande extra que se destaca em relação a Paper Mario, o revezamento de turnos, onde tu pode fazer um personagem jogar duas vezes na mesma rodada ou dar um turno extra para alguém que já foi usado, o que na superfície parece bem simples, mas no fundo faz alguns chefes serem bem mais desafiadores e demandam tu saber usar o revezamento de turnos bem, fazendo um sistema de combate que por si só já é bom melhor ainda e mais profundo, e como os status do jogo são ultra simplificados que nem Paper Mario (sim eu vou citar muito Paper Mario nessa review), cada boss fight do jogo pode ser até que desafiadora, ainda mais os chefes do late game e do endgame (que não citarei aqui por motivos bem óbvios) que vão realmente testar você e seu planejamento na hora de usar o revezamento de turnos. Mas é claro, a maioria dos RPGs não são apenas batalhas atrás de batalhas, sempre tem o mundo em si, e cara como é divertido explorar o mapa do jogo, já que conforme tu vai progredindo no jogo os personagens vão obtendo poderes extras para navegar pelo mapa, por exemplo, Kabbu pode dar uma corrida que quebra qualquer pedregulho na frente assim como anda bem rápido, Vi pode voar por um curto período de tempo, e entre muitos outros upgrades para todos os personagens (alguns inclusives são liberados em sidequests), além de é claro habilidades novas no combate, além disso as side quests do jogo são bem bacanas e algumas são bem divertidas e distintas entre si e tem recompensas bacanas (às vezes até bem poderosas) (continuarei a falar das side quests no próximo tópico). E cara tem tanto conteúdo no jogo que variam de inúmeras sidequests até mesmo minigames que usam de mecânicas do jogo principal como o joguinho de cartas.

A história é muito legal e tão boa quanto a de Super Paper Mario até, os protagonistas são muito bacanas e todos são igualmente carismáticos e memoráveis, eu particularmente curto muito o Kabbu, mas nem de longe significa que o Leif e a Vi não sejam bons personagens e em alguns momentos até prefiro mais eles do que o Kabbu, e todos eles são igualmente bem desenvolvidos, nada de um ficar acima do outro em questão de desenvolvimento deles, e os três têm sidequests dedicadas para cada um, mas é claro não quer dizer que os outros personagens além dos três não sejam tão carismáticos e memoráveis quanto os três, muito pelo contrário, só olhar para personagens como a Maridiva e o principal antagonista da história, King Wasp, que consegue ser bem ameaçador e perigoso (ainda mais considerando todos os atos terríveis que ele comete durante a história). E falando em sidequests, como falei elas são muito divertidas tanto em gameplay mas também em história, como a sidequest do teatro que claramente é meio que uma homenagem para TTYD.

Visualmente o jogo é muito bacana também, especialmente algumas áreas que são lindíssimas como as Colinas/Colônia Dourada(s) e a Ilha do Metal, certamente um dos RPGs mais visualmente memoráveis que existem, e a trilha sonora é muito foda também, sempre passam uma vibe bem relaxante como a da floresta e as das cidades e vilarejos e quando ocorre um momento perigoso as músicas conseguem ser ameaçadoras como a do castelo das vespas, realmente, visualmente e sonoramente (se é que essa palavra exista), o jogo é (quase impecável).

Certamente um dos meus RPGs prediletos atualmente e um must-play para qualquer fã de Paper Mario 64 e TTYD, exatamente no que ele mira ser ele acerta em cheio.

10/10!

Reviewed on Apr 04, 2023


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