Borderlands 3 é um jogo... decepcionante...

Era um jogo no qual eu tinha expectativas elevadas, e admito que talvez isso possa ter prejudicado minha experiência. No entanto, vamos listar os problemas que tive com este jogo.

O maior problema desse jogo é a história. E não estou falando aqui sobre a qualidade da história, mas sim sobre como ela se desenrola. Borderlands é um jogo feito para ser jogado e rejogado, de modo que você passe cerca de 100 horas de jogo para cada personagem. No entanto, neste jogo, metade desse tempo é gasto ouvindo diálogos.

Esse jogo apresenta uma quantidade excessiva de diálogos, levando o jogador a passar cinco minutos assistindo a um NPC falar antes de seguir para o objetivo no mapa. No caso de Borderlands 2, conseguimos suportar isso por dois motivos: os diálogos são mais curtos, ou seja, não é tão ruim ouvi-los, e você não precisa esperar que terminem para seguir em direção ao objetivo.

Os vilões desse jogo são realmente decepcionantes. Sério, eles não chegam nem perto do que foi o lendário Jack. Tanto que em uma das DLCs, eles os trouxeram de volta na esperança, né cara? Além disso, a história é simplesmente ruim. Sabe quando o personagem morre de maneira totalmente sem sentido, como a morte da Maya, que foi ridícula.

O segundo problema são as armas desse jogo, como em toda a saga Borderlands. Inclusive, esse era um problema que existia no segundo jogo, onde uma série de armas deixava de ser viável após atingir o nível máximo do jogo, que neste caso é o nível 72 Mayhem 11 ou 10. Esse Mayhem é tipo o Ultimate Hunter do Borderlands 3, entre um milhão e meio de aspas diferentes.

Nesse modo, encontramos o maior problema que o Borderlands 2 tinha, ainda pior no caso, pois tudo se torna inútil, com exceção de um grupo bem seleto de armas. Por mais que existam 1 bilhão de armas lendárias nesse jogo, no modo mais difícil, apenas meia dúzia delas funciona; qualquer coisa com raridade roxa para baixo é completamente inútil.

No entanto, houve uma melhora em relação aos bosses. Agora, existem ataques especiais que realmente requerem atenção. No entanto, quanto a esses bosses, a maioria deles não tem qualquer tipo de conexão com o jogador. Quando você chega no boss, a primeira pergunta é: quem é esse cara e por que ele é importante? Eu não sei; o jogo não cria a mesma conexão. Isso também se aplica às quests. O que aconteceu com as situações criativas que tínhamos antes?

E bem, onde estão os personagens das DLCs? Eles eram os mais criativos no Borderlands 2 e no Pre-Sequel. Agora, temos uma árvore de habilidades especiais e mais ultimates por personagem, mas as árvores de habilidades são bastante simplificadas, focadas principalmente em "aumentar dano" ou "aumentar isso ou aquilo". O Pre-Sequel continua tendo a melhor árvore de habilidades da franquia.

Quanto ao conteúdo de endgame, onde estão os bosses de raid? Cadê o farming específico?

É uma pena, pois apesar da jogabilidade maravilhosa, com suas armas de funções especiais, movimentação dinâmica e um combate extremamente satisfatório no início, tudo é tão divertido que, inicialmente, nos faz acreditar que seria melhor que o Borderlands 2. No entanto, o jogo se perde, e me entristece ver que tamanho potencial foi desperdiçado.

Isso que nem entrei no mérito da otimização e desempenho desse jogo...

Reviewed on Feb 21, 2024


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