Resident Evil 2 é, provavelmente, o meu jogo predileto de toda a franquia. Não acredito que seja necessariamente o melhor (daria esse título para o remake do Resident Evil 4), porém foi o jogo que mais me cativou.

Se passando em 1998, acompanhamos o policial novato Leon Kennedy e a estudante universitária Claire Redfield nas suas jornadas em Raccoon City, cidade tomada por um vírus que transforma os seus cidadãos em zumbis. O jogo ocorre alguns meses depois do Resident Evil 1, e simultaneamente com o 3. No entanto, tais jogos não são essenciais para a compreensão da história.

Um dos principais atrativos da experiência é a sua atmosfera, misturando elementos de survival horror com inventory management e resolução de enigmas, apresentando novos desafios para o jogador no decorrer de sua jogatina. Nenhum deles é necessariamente complicado, mas apresentam uma dificuldade satisfatória. Os diversos cenários presentes na campanha são visualmente muito bonitos, capturando todo o terror necessário para ser imersivo, porém mantendo o realismo.

Outro ponto positivo para o game é a sua rejogabilidade, fornecendo dois cenários diferentes (um tendo o Leon como personagem controlável, e o outro a Claire), além de rotas complementares para cada um deles, denominados de cenários A e B. Cada um dos cenários apresenta a sua história, personagem e equipamentos. Para conseguir a platina, tive que jogar as rotas diversas vezes, tanto para completá-los com um certo ranque quanto para realizar objetivos e encontrar colecionáveis, e posso dizer que nunca cheguei a ficar entediado.

O combate fornece uma combinação perfeita entre dificuldade e imersão. Isso se deve ao fato de que os zumbis, por serem mortos-vivos, se levantam depois de um tempo derrubados. Tal mecânica traz a necessidade do player levar em consideração o seu ambiente e os inimigos a sua volta, permitindo que o mesmo escolha se prefere arriscar um tiro na cabeça em busca de um crítico ou mirar nas pernas e braços dos zumbis, para evitar o seu meio de ataque e/ou locomoção. Além disso, o jogo também oferece outros tipos de adversários, mas não entrarei em detalhes, para evitar spoilers. Um deles, em específico, é a culminação de tudo que um inimigo de algum jogo de terror deve ser.

Por outro lado, apesar de ser um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, acredito que Resident Evil 2 apresenta alguns pequenos problemas que o impedem de ser um jogo perfeito. O principal deles, em minha opinião, está relacionado com cenários apresentados. Apesar de seguirem personagens diferentes, os ambientes, em sua maior parte, são os mesmos. Isso seria compreensível pelo fato de que o jogo (com os cenários A e B de cada personagem) busca sinalizar que as rotas aconteceram sucessivamente, porém alguns erros grosseiros de continuidade estão presentes nessas rotas, assim não definindo uma como canônica. Outra coisa que eu gostaria de ver era uma maior interação entre o Leon e a Claire nos cenários de cada, ao invés de apenas uma cutscene ocasional ou curtos memorandos espalhados pelo mapa.

De forma geral, o remake do Resident Evil 2 original não deixa de ser um jogo fenomenal, sendo uma ótima introdução da franquia para qualquer um. Caso goste de jogos de terror e sobrevivência e ainda nunca jogou nenhum game da série, não posso deixar de recomendar fortemente que você dê uma chance, pois não irá se arrepender.

(EU ODEIO O MODO DO TOFU, FICO MORRENDO NO FINALZINHO)

Reviewed on Apr 19, 2024


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