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June 6, 2024

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May 26, 2024

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Antes de começarmos de fato com a review, eu gostaria de agradecer por cada um que acompanhou esta mini-saga ou que acabou encontrando ela aleatoriamente pelo site. Adorei ter feito ela não só para relembrar o que eu consumia na infância, mas também para saber que tais jogos marcaram outras pessoas, fico grato por isso.
Eu planejo fazer mais conteúdo do tipo com o PS2, só que dependerá do meu tempo e vontade para que esses projetos saiam da folha de papel, entretanto, podem aguardar por mais análises extensas, eu gosto de colocar todos os detalhes que posso lembrar e sei que existem aqueles que apreciem uma leitura não monótona.
Agora, aproveitem o conteúdo de fato.



O que aconteceria se fizessem um jogo da franquia que seguisse com às mecânicas de seu fatídico título anterior e abrangesse as sessões de plataformas e puzzles? E acreditem, são MUITOS puzzles.
Bom, me acompanhem no final desta jornada de "Jogar Todos os Jogos de Ben 10 para PS2" e reviver aquela sensação nostálgica com um atual sendo crítico para o que nós, meros mortais, consumiamos.


"Ben 10 Ultimate Alien: Cosmic Destruction" sem sombra de dúvidas é o jogo mais ambicioso que a franquia pôde receber.
Lançado a quase 1 ano depois de Vilgax Attacks, este sucessor oferece algo bem melhor do que o seu antecessor.

A estória é original e simples.
Um Gigante (Way Big) do mal está atravessando o universo em uma nuvem cósmica com o objetivo de destruir tudo o que estiver em seu caminho, e adivinhem qual planeta está nessa rota... A Terra, novidade.
Para impedir que esse inimigo obtenha sucesso, Ben e seus amigos precisam viajar pelo mundo em busca das peças de um artefato chamado "Potis Altiare" criado pelos ancestrais da raça do Azmuth que, de acordo com ele, é o único meio capaz de dar conta de uma ameaça de tamanho potencial.

Curiosidade: As peças do artefato estão na Terra porque os ancestrais de Azmuth acharam que não existiria uma forma de vida inteligente o bastante para usá-las, não vou mentir, achei engraçado... e meio ofendido.
Observação: As estórias dos jogos de Ben 10 não são consideradas totalmente canônicas (praticamente nenhuma), e com esta não seria diferente, ainda mais por conter um recurso que potencialize o Omnitrix. Isso só serve para o desenvolvimento de narrativa nos jogos.


Os gráficos são uma grande surpresa, não esperava algo tão bonito desta franquia após uma mudança artística bruta. Que bom que eu "queimei a língua".
Os cenários são lindos e ricos em detalhes, as paletas de cores são bem distribuídas.
Os efeitos no geral não são lá essas coisas, porém são estranhamente aceitáveis.
Os modelos de personagens, PRINCIPALMENTE dos aliens, são os melhores que eu já vi na franquia. Até mesmo alguns podendo ter reflexão da luz se tiverem com partes metálicas em seus corpos (é claro, isto é mais nítido nas versões de PS3 e XBOX 360, porém dá para ser notado timidamente na versão de PS2).

Menção para os modelos dos humanos e do Enormossauro... são muito feios.


As músicas são um espetáculo à parte, pois cada uma delas foca em cada país que viajamos no jogo causando uma imersão maior para a experiência. Até mesmo em momentos onde estamos apenas explorando/progredindo pela fase, a trilha sonora tranquila respectiva do país consegue ficar bem encaixada no contexto.


A gameplay segue com os padrões estabelecidos em "Vilgax Attacks", com a câmera sendo livre e o player fazendo muitas coisas enquanto passa pelas fases e seus desafios internos.
O combate é na medida certa, as sessões de plataforma foram expandidas e os puzzles... estão por todos os cantos (socorro).

Bem, vamos por partes. A movimentação à primeira instância pode parecer esquisita, e de fato parece, mas conforme você vai entendendo os comandos e a velocidade do jogo, este obstáculo acaba desaparecendo logo em seguida.
O combate é um CTRL+C + CTRL+V de "Batman Arkham Asylum", pois você é cercado por um grupo variado de inimigos, você bate neles, você usa um dash até eles, eles possuem avisos de atks em suas cabeças para que o player desvie ou use um counter e por fim, mas não menos importante, quando o último inimigo é derrotado o jogo executa uma câmera lenta. Exatamente igual ao Arkham Asylum, que por sinal saiu 1 ano antes.
Mas é claro, para ficar diferenciado, este jogo de Ben 10 se apropriou de um artíficio simples de habilidades ao invés de combos, ou seja, segure um botão para abrir uma roda com 4 habilidades de cada alien e aperte nos botões em cruz na direita do controle para usar o poder. Sendo bem honesto, eu gostei bastante de tal abordagem, até porque você não precisa mais decorar combos ou forçar a memória para entender o que você acabou de usar.
As habilidades dos aliens se diferem bastante, então não tem como eu descrever exatamente um padrão para "sempre que o player apertar o ☓ o personagem fará tal ação". Ao invés disto posso colocar o básico, como:

☐ = Atk Físico;
☓ = Atk em Área;
ㅇ = Atk em Projétil;
△ = Atk em Acrobacia;

Lembrando, este esquema pode variar, então não leve como o padrão para todos os aliens.
E ainda continuando na parte de "combate", eu sinto que ele poderia ser mais impactante. Assim, do jeito que ele está funciona que é uma beleza, mas falta aquela sensação de "esse atk foi bem forte", entende?

Temos também o sistema de upgrades dos aliens.
Diferente dos outros jogos onde nós precisávamos coletar XP até encher uma barra, neste jogo nós temos "DNA Points" que são adquiridos fazendo qualquer coisa no jogo. Até mesmo quebrando vasos e túmulos... e não, não me peçam um contexto.
Você pode escolher quais aliens você quer fortalecer sem ter uma tela no meio da sua gameplay te mostrando que tal alien aprendeu um golpe novo, você decide em qual investir. Mas já logo adianto que não desbloqueamos nenhuma habilidade nova, nós apenas reforçamos os golpes já existentes, e isto pode ser um pouco perigoso já que o dano é um pouquinho desbalanceado, coisinha boba. Um exemplo disto é o player conseguir finalizar um boss com apenas 2 especiais e em 3 segundos de luta... eu comentei que era uma coisinha boba.
Mas claro, se você não quiser ver esses status e apenar curtir o jogo, existe o auto-upgrade. Usando isto o jogo distribui igualitariamente os DNA Points entre os seus aliens, exatamente igual a um "EXP.Share" da franquia Pokémon.


Os aliens são bem úteis e tecnicamente nós temos 13 à nossa disposição, mas por que eu usei "tecnicamente"? Pelo simples fato de podermos usar 10 aliens livremente, mas 2 deles são exclusivos de PS3 e XBOX 360 (1 para cada plataforma) e 1 que usamos na Final Battle. Contudo, vamos considerar 13 por enquanto só para eu não precisar me lembrar do fato de não ter um alien exclusivo na versão de PS2...
E já ia me esquecendo, em momentos scriptados no jogo, nós temos acesso as formas supremas dos aliens, sendo elas as 5 que aparecem na capa do jogo, como Enormossauro, Fogo-Fátuo, Friagem, Eco Eco e Macaco-Aranha.
Tipo assim, eu até entendo que se tivéssemos a liberdade para acessarmos as formas supremas o jogo ficaria mais fácil do que ele é, só que o fato de apenas em partes específicas termos tais formas deixa aquele gostinho amargo de "daria para terem feito mais".
Enquanto eu jogava ficava pensando que, se os devs quisessem, poderiam terem adicionado uma dificuldade "Suprema" no jogo onde tudo estaria mais difícil, mas com o diferencial de podermos acessar as formas supremas livremente, ao menos motivaria o player a querer rejogar mais o game para ter uma nova experiência.

A utilidade dos aliens nos puzzles é muito satisfatória, pois todos eles são úteis (eu me refiro aos 10 originais do jogo). O game nos limita a usarmos 4 aliens em cada fase, sendo 3 obrigatórios e 1 opcional. Entretanto, isto não é ruim, muito pelo contrário, a estratégia de o jogo escolher o elenco para cada fase demonstra que souberam aproveitar bem o potencial de cada um até o final da campanha, e não estou comentando isto porquê foi o título que mais me agradou da franquia, mas pelo simples motivo de eles quererem que a sua aventura seja dinâmica e vendo que cada alien possuí pelo menos duas funções em cada fase.
Só acho irônico o Fogo-Fátuo poder morrer pra fogo e o Ameaça-Aquática morrer afogado.


As fases são baseadas em cenários e elementos do nosso mundo alternando entre serem lineares e não sendo. Quero dizer, apesar te termos a câmera livre e o jogo ser mais aberto, ele sempre indicará para onde você deve ir com um simples apertar de botão ou observação do cenário.
Os níveis são bem construídos, não fazendo você se enjoar deles, exceto quando eles apelam com os puzzles.
Enfim chegamos no "elefante no meio da sala", os puzzles. De verdade, apesar de ter alguns que realmente são satisfatórios/monótonos de serem concluídos, por uma outra perspectiva nós temos puzzles que exigem que um padrão seja reconhecido. Ou seja, o clássico puzzle de "se eu girar isso, esses outros dois também irão girar e eu precisarei premeditar o esquema disso antes que eu apele para o YouTube".

Se eu fosse destacar um nível que eu achei mais criativo eu com certeza citaria o da China.
Nela usamos as habilidades elétricas do Anfíbio, misturamos a habilidade de planar do Friagem e queimamos vinhas com o Fogo-Fátuo, e tudo isto em apenas um puzzle gigante não enjoativo. E ainda tem o bônus de podermos usar estes três aliens no boss dessa fase. Criativos, criativos.


Os bosses são, infelizmente, 50/50.
Existem alguns que realmente te fazem gostar muito da boss battle, mas outros só deixam a desejar, causando até mesmo um pensamento de que eles só estão ali para cumprirem tabela.
Alguns bosses possuem QTE, mas não aqueles QTE convencionais. Enquanto passa a cutscene do boss em questão, irão aparecer três opções para você escolher qual alien irá usar para tal situação e 100% das vezes essas 3 opções são os aliens obrigatórios de cada fase. É até que simples, você escolhe o alien, ele faz a ação e você prossegue com a cutscene, mas apesar disto, eu considero uma boa variação de gameplay para o jogo, pois os devs tiveram a paciência de fazer cada animação de resgate que envolvam os três aliens da respectiva fase. Só é uma pena não ser em todas as fases.

E com relação aos outros bosses... é só bater. Não tem segredo, espera o escudo se desativar após um tempo e fique clicando no ☐ várias vezes, e também existem aqueles que nem escudo possuem, apenas aperte ☐ repetidamente sem dó.
Menção honrosa ao boss do 1º estágio, a luta se baseia em o player usar o Enormossauro para empurrar algumas coisas e aí bater no chefão... é.


Bom, a minha conclusão para este jogo seria que ele é ótimo, porém não é perfeito, mas eu com certeza recomendaria para alguém.
Apesar de ter elementos copiados de outro jogo e uma estranha tara por puzzles, "Ben 10 Ultimate Alien: Cosmic Destruction" entrega tudo e mais um pouco.
Ele te entrega uma boa gama de aliens para utilizar, ele sabe utilizá-los em seu potencial máximo, ele é o jogo mais recheado que eu já vi da franquia, ele sabe como deixar as fases atrativas e ele não tem nenhum bug que possa atrapalhar a sua experiência (baseado na minha).

Eu comento com facilidade que em termos técnicos ele é o melhor jogo de Ben 10, ultrapassando até o nostálgico "Protector". E não, isto não é uma farpada, afinal, como eu comentei na minha review de "Vilgax Attacks" cada pessoa tem um apreço com cada jogo da franquia, portanto aquele jogo será o melhor para aquela pessoa por conta de inúmeros fatores, sejam eles nostálgicos ou técnicos.
O importante mesmo é se divertir à sua maneira e não ficar quebrando cabeça com assuntos levianos.