“Do you have any idea just how much technology has changed every single aspect of our daily lives? You can’t begin to imagine the… countless strains of research and development we had to watch over for the betterment and safety of the Human Race. Every new gimmick and gadget that was embraced by the public, each one presented new ways for our enemies to compromise our security. Society doesn’t just happen. The people need to be protected. If the only way to prevent future attacks is to monitor the thoughts and desires of the population, then the choice is obvious. We need to know who are enemies are and what they are planning! That how we save lives!” – by Elon Musk do Black Ops III

Por mais que a trilogia Black Ops (fodase o 4) seja estupidamente problemática, desde enaltecer um imaginário social pró exército estadunidense sobre eventos conturbados - como os do Vietnã e do Panamá – até a literalmente uma fodenda defesa ao sistema capitalista, Black Ops ainda tem os seus méritos que tornam a trilogia tão sensacional (e foda).

Os tempos mudam, da mesma maneira que as pessoas também se transformam, e do mesmo modo que a tecnologia se modifica, se enraíza, e se consolida. Em todos os jogos da série Black Ops (novamente fodase o 4) há essa leve reflexão sobre como a tecnologia muda com o passar do tempo; sobre como que a medida em que a tecnologia se modifica novos conflitos surgem; sobre como o armamento bélico cada vez mais se torna visceral e brutal nos conflitos contemporâneos. Essa leve reflexão é algo intrínseco à base do Black Ops. No primeiro jogo assistimos a ameaça de uma arma química, enquanto no segundo presenciamos um ciberataque em larga escala nas principais potencias mundiais.

A tecnologia muda
As armas mudam
E os conflitos mudam

E isso é bem visível no ritmo e nas gimmicks de cada jogo. No primeiro Black Ops temos ferramentas como um Lança granadas embutido nos fuzis de assalto, bestas com virotes explosivos, escopetas com munição incendiária, uma missão onde controlamos via aérea um esquadrão, o fodendo projeto de lavagem cerebral MK Ultra, etc. E no Black Ops II a situação muda: miras que rastreiam inimigos, dispositivos de invisibilidade, um lançador de granadas de pulso, e drones, muitos drones. Tanto os conflitos quanto o ritmo de ambos jogos são absurdamente diferentes por causa de tais ferramentas bélicas. Black ops II é muito mais dinâmico que o primeiro jogo, e tem muito mais gimmicks por conta da presença dos drones. O fato que podemos controlar os drones, bem como o uso de granadas eletromagnéticas EMP para atordoa-los, mostra como os conflitos do segundo jogo são diferentes do primeiro.

E Black Ops III vai muito mais além no periférico.

Transumanismo; corpo como uma carcaça metálica para a máquina bélica que a mente humana é. Em Black Ops III nós somos a arma. A mente é muito mais do que a consciência em si, é uma arma de guerra capaz de manipular o campo, e dilacerar os inimigos em sua frente. Esse dilema entre a máquina e o homem é o cerne de Black Ops III. O conflito agora é muito mais desumano. A facilidade que é enfrentar outros soldados; a fantasia de poder que é incendiá-los; A velocidade que é instantânea.

“The Botched assault meant it took six hours for the ZSF to get that information. Outcome? Train go boom. Took you just six minutes.” - Taylor durante a simulação.

E a única coisa que compete com a nossa força é a própria máquina.

Essa agressividade; essa visceralidade; essa brutalidade é o que a gameplay de Black Ops III é. Muito mais pé no chão que os outros jogos, Black Ops III impõe um novo conflito e um novo ritmo. Um jogo muito mais violento e dinâmico. E do mesmo modo novas ameaças surgem, que no caso é a própria mente humana. A Rabbit Hole que Black Ops III consegue ser por conta disso é insana. Quem somos nós? Somos nós mesmos ou somos outra pessoa? Isso é real ou não? São questionamentos que a bizarrice do Black Ops III traz ao jogador sob a forma de uma história totalmente incoerente. Isso é tão similar ao que o primeiro Black Ops aborda com o MK Ultra, mas de uma forma muito mais isotérica, deixando ao jogador um forte sentimento desorientador ao final.

Black Ops III é, para além de uma fantasia de poder, uma tremenda Rabbit Hole.

E esses aspectos é o que tornam Black Ops III tão singular como COD. A experimentação e a criatividade é algo que permeia a série Black Ops comparado aos outros jogos da série COD, mas que no terceiro título assume uma forma insana e isotérica. Mesmo ele sendo um jogo mais chato e maçante que os anteriores, Black Ops III ainda consegue ser um COD tão único, e que consegue fechar uma trilogia tão problemática (fodase o 4).

https://www.youtube.com/watch?v=pnJM_jC7j_4

Reviewed on Nov 10, 2022


2 Comments


1 year ago

caralho, é possível escrever mais de 2 linhas sobre call of duty?

1 year ago

nunca vou entender se vc eh meme ou nao, sinceramente.