Com um gameplay sólido e animador pra futuros jogos da franquia, tendo atualizado e emplacado um modelo 3D sidescroller satisfatório, Samus Returns revitaliza um jogo cujo lançamento original já clamava por um tratamento melhor.

A inclusão do melee, que tbm se faz presente no próximo jogo da empresa, Dread, adiciona um elemento bacana de design, mas que em certos momentos torna os tiros carregados, e a necessidade de dominar a movimentação com eles em carga, complementamente descartáveis, já que o parry no timing certo não só defende como já garante um tiro em carga máxima dispensando o tempo de carregamento.

Não que seja um problema, mas soa muitas vezes como uma substituição ao invés de uma adição.

De volta ao design, por se tratar de um remake, carrega os mesmos defeitos e qualidades em relação à estrutura. Se a exploração é livre e traz bastante retorno com expansões e power-ups, o loop de portais que pedem DNAs de Metroids, e a repetição exaustiva de chefes, é um tanto enfadonho, especialmente pela carência de diversidade e a sensação ruim de repetir a mesma tarefa mecânica, desprovida de um contexto mais significativo.

Ainda assim, traz uma dose boa de Metroid pra quem ama a proposta sidescroller em oposição à proposta 3D do Prime, apesar de ser um reaproveitamento de ideias passadas, empobrecendo a inovação. Ainda bem que Dread veio pouco depois.

Reviewed on May 21, 2022


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