Inicialmente eu havia jogado Unite no celular. A experiência não é ruim, definitivamente, mas tá longe de ser boa. Jogar com os dedos não tem a mesma sensação de jogar com controles.

Jogar no console tem vantagens de ter uma sensação de intimidade e controle muito maior do que pelo touch. É uma sensação que se assemelha a jogar diablolikes com mouse e teclado versus jogar no controle.

Apesar da experiência sensorial melhor, o design de interface desse jogo é extremamente desconfortável pois reflete o design de jogo, contando com uma cacetada de menus e mecânicas típicas de jogos mobile.

Missões diárias, metas de passe, objetivos de nível de treinador, energia (??), desafios de eventos, dentre outros, há uma infinidade de menus estilosos que agrupam informações relacionadas a inúmeros aspectos do jogo. É uma overdose de informação que leva um pouco de tempo pra analisar e compreender, pois nem sempre tudo é claramente explicado (até agora não sei o que raio são essas energias).

Há uma variedade incômoda de tokens e moedas, com funções diferentes. Não é algo muito diferente do design de League of Legends, por exemplo, com seus elementos de crafting, baús e chaves, com drops que burocratizam imensamente a experiência.

Ainda bem que quem quer apenas jogar tem um grande botão na primeira tela com o básico: Batalhar.

O jogo está em português, porém com algumas falhas de tradução aqui e acolá, com bizarrices como "Desafio Extra: participate in a battle with a friend", metade em ptbr, metade em inglês.

A experiência vem melhorando desde o lançamento, mas ainda é um jogo com forte aspecto de pay2win, com muitos atalhos sendo vendidos, além do acesso a personagens. Eu prefiro que skins sejam o foco da monetização desse tipo de jogo, uma lição que DOTA2 já deu.

Reviewed on Sep 30, 2022


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