As primeiras cenas de Nightshade são encorajadoras. Puzzles com bom design e que fazem sentido, e uma sensação de eureka que vem sem tanta dificuldade e sem recorrer a soluções absurdas. Mas ao sair pra cidade, esse fascínio inicial começa a minguar.

Tem um jogo com um design massa aqui de puzzles, mas que se perde num design aberto sobrepujante, desorientante e com mecânicas limitadas pela tecnologia da época. Acaba sendo um bocado frustrante e maçante tentar explorar o mundo enquanto tenta mexer em tudo com interações intermediadas por menus com pelo menos 3 etapas a cada experimento.

O combate nele não é tão interessante porque a vida não recupera entre encontros, e se perde vida em diversas situações fora deles. Ao chegar a zero de vida, há um minigame sem muito sentido pra tentar sobreviver ao vilão do jogo de forma bem caricata no gênero, algo que é comum em quadrinhos mais antigos. Se você perder, gameover, se você ganha, volta ao local do começo do jogo com a vida cheia, sem resetar seu progresso, entretanto. Não é o maior dos incômodos, mas frusta um cadinho.

São muitas situações um tanto desagradáveis que deterioram as boas ideias do jogo, resultando em um adventure burocrático e que exige muito pra se conseguir extrair o que pode haver de bacana ali.

Reviewed on Jan 01, 2023


Comments