As críticas de The Immortal à época se concentravam na sua linearidade e falta de rejogabilidade. Isso em um contexto onde a maioria dos jogos eram ou arcades, ou jogos curtos com alto incentivo à rejogabilidade, em especial com high scores focado na competição (individual ou coletiva). Ver com os olhos de hoje e com uma mentalidade mais objetiva de "experimentar e finalizar" ignora essa crítica pois ela é extremamente anacrônica.

Apesar de linear, The Immortal (especialmente em sua versão NES que foi a que eu joguei) é um jogo com gameplay "duro" e design um bocado frustrante. O movimento isométrico pelo cenário é lento e limitado à poucas direções. O combate registra os movimentos de forma bem rígida e com um timing bem estreito, além de ter combates com inimigos invisíveis que inviabilizam a antecipação dos ataques e tornam o combate apenas um jogo de apertar botões a esmo na esperança de vencer.

O design de puzzles sofre com itens que se usados em momento inadequados provocam a morte do jogador, voltando ao início, o que inibe a experimentação. A versão NES tem um design ainda reduzido, com alteração de puzzles, além de posicionamento diferente e até inexistência de certos elementos, o que torna a experiência ainda mais desagradável em comparação às outras versões.

Ainda que exista ali um valor de design que é possível enxergar, as limitações técnicas e a execução ruim da programação tornam ele apenas uma pequena fração de seu potencial. Dá pra sentir que tem algo bacana ali, mas que fica soterrado pelas coisas desagradáveis que estão presentes.

Reviewed on Jan 01, 2023


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