Homefront tem uma premissa estúpida com um gameplay decente. No maior estilo "murica" somos apresentados a uma realidade fictícia onde os EUA se endividaram com a Coreia do Norte e entraram em crise nacional. Após um calote do governo estadunidense, as forças nortecoreanas invadem o país e tomam o controle, numa pegada ditatorial que parece ser o maior medo do idiota americano.

E o mais bizarro é vindo da mão de um estúdio inglês.

O gameplay de Homefront entretanto é sólido. Ele se baseia em uma sequência de "open bairros", onde a medida que avança o jogador vai conquistando territórios de cada zona por meio da tomada de prédios e recursos especiais, como alguns fortes e conexões de comunicação.

A interação é feita em primeira pessoa, num legítimo FPS que mistura conceitos nada originais, mas de forma interessante e competente. Elementos similares a diversos jogos da Ubisoft, inclusive, estão presentes no título. A sensação de "hm, já vi isso antes" é inafastável.

Far Cry? The Division? Ghost Recon? Talvez ambos. E sem ter uma personalidade única além de sua trama ridícula, Homefront é um jogo com proposta medíocre mas com execução acertada. Todas as suas mecânicas de crafting, tiro, interações com veículos e parafernalhas militares funcionam como um relógio sem defeitos.

É um jogo que diverte dentro do possível com seu gameplay, oferecendo customização das armas de formas bem significativas e um gunplay satisfatório, com mecânicas de stealth também presentes. Apesar de formulaico em sua estrutura, é um jogo que tenta com força convencer com seus personagens e diálogos revolucionários que há um grande ideal de liberdade em jogo, mas na real só tentam mascarar o racismo e a xenofobia descarados no texto e subtexto.

Reviewed on Jun 14, 2023


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