Onimusha: Dawn of Dreams é o 4º jogo canônico de sua franquia, sendo considerado por muitos o pior dela, mas eu sinceramente achei a experiência bem interessante, tanto pro bem quanto pro mal, no que pra mim é o jogo mais PS2 já feito.

Eu nunca havia jogado um Onimusha antes, o Dawn of Dreams foi a minha primeira interação com a série, mas admito que ele me deixou interessado a experimentar os outros. Acompanhamos aqui Soki, o "Oni das Cinzas", homem de grande poder que tem um objetivo: Salvar o Japão das mãos do tirano Hideyoshi, responsável por unificar e dominar o país, e por um fim as ações da Genma, organização que busca a ruina da raça humana. Ele parte junto de seu companheiro Minokichi (definitivamente um dos personagens já feitos, diga-se de passagem) e, no decorrer da jornada, conhece diversas pessoas que o auxiliam em seu objetivo.

A história é muito simples, sendo o famoso clichê de época do "herói bonzinho e seus amigos derrotam a organização maligna e salvam o mundo", mas o que faz ela valer a pena é o carisma. Os personagens simples e carismáticos junto de um voice acting tenebroso fazem esse jogo ser bem amigável, você acaba se interessando pela pouca profundidade que cada um deles tem, se prendendo nos diálogos bem casuais.

A gameplay é o que você esperaria de um jogo de ps2 com temática de espadas, sendo algo bem agradável aos olhos, mas que se torna repetitivo com o tempo. Entretanto, os sistemas de party e tactics auxiliam bastante em deixar o combate mais interessante, com a primeira possibilitando a troca do personagem jogável no meio do combate (você só pode levar 2 por missão, então não é como se fosse uma troca 100% livre) e o segundo dando um aspecto mais profundo, um sistema que é comum em RPGs de turno mas que é bem curioso de ver em um hack n slash. Ele permite que o jogador escolha melhor a sua estratégia em combate, escolhendo se o seu party member deve seguir você, se ele deve focar no inimigo com menos vida, focar mais em defesa e economia de recursos e afins, algo que eu achei bem interessante.

Continuando no tema combate, não posso deixar de falar das boss fights, que são um 8 ou 80 tremendo. Na maioria dos casos, elas vão ser contra bosses sem criatividade alguma no design e que se resumem a dois ou três movimentos que são repetidos enquanto ele tiver vida, mas existem umas legitimamente interessantes aqui, não tanto na questão do combate (pois, que nem eu falei, ele não é profundo a nível de ter chefes com mecânicas super originais e criativas) mas sim na questão do design, alguns chefes possuem visuais genuinamente incríveis. Porém, um problema que eu tenho é que elas são muito inconstantes, algumas duram 2 minutos e outras podem durar perto de 20, o que quebra bastante o ritmo de gameplay.

A OST é impecável, fiquei bem impressionado com a qualidade de muitas das trilhas que tocam no decorrer do jogo, inclusive espero muito que isso seja um padrão de Onimusha, pois me motivaria muito a jogar seus outros jogos.

Achei a experiência bem intrigante, nunca imaginei que jogaria esse jogo e, enquanto eu não diria que ele mudou algo na minha vida ou que ele se tornou uma experiência inesquecível e marcante, acredito que vou sempre olhar Onimusha: Dawn of Dreams com bons olhos e com um carinho imenso.

Reviewed on Jun 19, 2024


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