Uau... simplesmente, uau! Tem um longo tempo que não sinto essa sensação de puro êxtase após consumir uma obra que tenha clicado tão eficientemente comigo, sem ao menos tratar com nenhuma indiferença após finalizada.

"The Cosmic Wheel Sisterhood" é, por assim dizer, mágico. O que eu gostaria de escrever sobre esse jogo não caberia nesse formato do Backloggd e demandaria tempo, algo que um simples trabalhador mortal não teria, muito menos energia para isso. Mas aqui vai o mínimo de esforço pra pelo menos falar sobre um dos meus hobbies favoritos: videogames — a mídia que mais tem poder de transformar minha alma do que qualquer outra.

O estúdio Deconstructeam mais uma vez consegue proporcionar uma das experiências narrativas mais originais que tive com a mídia. Em "The Red Strings Club" a narrativa é incorporada junto ao gameplay de combinar drinks, que influenciam o estado e as emoções das pessoas que os consomem. Podemos manipular interações e ocasionalmente ver as implicações das nossas escolhas de gameplay na história do jogo.

Novamente, depois de cinco anos do seu último jogo, a mesma equipe encontra mais uma maneira única de fazer com que a narrativa como um todo seja impactada por nossas escolhas de gameplay, desta vez usando cartas de divinação. No entanto, não são cartas de tarot, mas algo mais único: um exclusivo baralho feito pelo jogador que pode ser montado a partir de um conjunto de imagens. Para montá-los, é necessária a energia dos quatro principais elementos da natureza. Combiná-los pode nos dar cartas com diferentes significados, que nos ajudam a não apenas "ler" o que elas nos dizem sobre certos personagens, mas sim escrever, moldar o destino e as ações dessas pessoas. The Cosmic Wheel Sisterhood é muito pessoal, é um jogo cheio de emoções e temas para serem abordados, e eu não sei por onde começar nem como encontrar interpretações para tudo isso que acabei de digerir com tanto gosto.

Reviewed on Jan 26, 2024


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