Se tem um protagonista injustiçado nesse mar que é o meio gamer, tem de ser nosso querido Hershel Layton. Charmoso, cavalheiro, maduro e inteligente, é um baita de um modelo, e um que eu não desconsideraria como figura paterna. Viajar ao seu lado é irresistivelmente aconchegante, e acompanhar suas jornadas torcendo pela sua vitória perante aos empecilhos em sua frente é inescapável.

Esses jogos são únicos. Seja no seu estilo artístico, seja nos seus puzzles intrigantes, que desta vez se encaixam perfeitamente nos contextos em que se encontram, seja pelos seus mistérios petulantes com resoluções surpreendentes, ou pelos personagens excêntricos obcecados por puzzles, Professor Layton se diferencia em um mar de jogos de aventura visual novel point and clicketcetcetc.

Apesar de não ter a mesma concisão da ambientação e familiaridade de St. Mystere, a variedade entre os cenários de Diabolical Box fornece uma jornada mais colorida e divergente de seu predecessor. O destino final de Folsense também é tão intrigante quanto a curiosa vila.

Por mais que a absurdidade seja ainda mais intensa aqui, a resolução de Diabolical Box me deixou extremamente satisfeito, com um final bonito e profundo. Existe uma sutileza agradável que não se encontra em nenhum outro lugar, e mal vejo a hora de desbravar o resto dessa franquia tão charmosa.

Reviewed on Dec 30, 2023


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