Cruise for a Corpse

Cruise for a Corpse

released on Dec 31, 1991

Cruise for a Corpse

released on Dec 31, 1991

Cruise for a Corpse features the exclusive Cinematique operating system, designed by Delphine to offer a user friendly point and click playing style. Cinematique has been further refined since the release of Operation Stealth to offer even more depth of gameplay and a wider range of options. Take part in a high seas murder mystery! As inspector Raoul Dusentier you have been invited on a dream cruise in the Mediterranean, but no sooner has the cruise begun when you are summoned to investigate a scandalous crime- the murder of your host!


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Cruise for a Corpse faz algumas coisas muito bem. É um adventure que elimina a famosa sensação de "hum, será que estou no caminho certo?" comum do gênero incorporando a progressão da trama como uma mecânica em si: sempre que você acha um item necessário ou adquire uma informação nova importante, o tempo do jogo avança em incrementos de 10 minutos. A passagem do tempo não serve só para indicar seu progresso no jogo, entretanto. Os personagens mudam de lugar dependendo da hora do dia, com certos eventos só acontecendo em determinados horários. Isso colabora para a sensação de que você está num cruzeiro real, com passageiros aproveitando a viagem a fazendo diversas atividades no decorrer do dia. Auxiliando essas mecânicas interessantes, temos uma interface surpreendentemente moderna e intuitiva para a época, que usa apenas o mouse para interação, deixando de lado as famosas listas de verbos comuns no gênero até fins dos anos 1990.

Sendo um mistério de assassinato, não é de se surpreender que a coleta de informações e a interrogação dos personagens é o grande foco do jogo, com quebra-cabeças ficando no segundo plano. O processo geral é basicamente questionar personagem A, que vai te dizer algo sobre personagem B, que vai te dizer algo sobre C, e assim por diante. Depois de muitas conversas e revelações o mistério começa a tomar forma — e cabe a você, no final de tudo, indicar quem é o assassino.

O que me impede de considerar Cruise for a Corpse um clássico esquecido, antes relegando a ele o posto de um experimento interessante mas falho, é como ele é maçante. Nem sempre as pistas e informações que você coleta são tão óbvias assim, sendo necessário questionar todos os passageiros sobre qualquer nova informação adquirida. Como eles não param quietos no lugar, significa que o jogador tem que visitar todas as salas do navio repetidas vezes até encontrar aquele passageiro específico que vai te dar a informação nova que você precisa — e então repetir o processo de novo e de novo e de novo. Pra piorar, alguns itens essenciais para avançar só aparecem em certas salas depois de determinado horário, então mesmo que um cômodo esteja vazio, você tem que visitá-lo repetidas vezes só para ter certeza que um item importante não apareceu lá.

Bem, pelo menos não tem como seu personagem morrer ou você avançar na trama antes de conseguir os itens/informações necessários, então já é menos estressante que 90% dos adventures da Sierra.