Like with the first game, there's a degree of finnicki-ness to the timing that makes this game never feel as great as it could.

Also god damn are the tracks in this one not balanced for console play. I have to play on casual/normal just to get through most of the tracks.

Otherwise, the track list is good but I much preferred the Avicii game. I completely skipped the story. A decent time.

Um dos principais pontos a serem discutidos em um jogo de ritmo é a questão da criatividade, o que é muito difícil de se abstrair quando estamos falando de jogos com músicas licenciadas.

Invector, incluindo o seu primeiro título, é isso: um jogo de ritmo, onde você deve apertar os botões que aparecem sequencialmente na tela e na batida da música para pontuar. Mas o que difere essa experiência de outras como Guitar Hero, Spin Rhythm XD, Dj Hero, Rock Band ou tantas outras que se utilizam dessas "poucas peças" para produzir um jogo?

É necessário lembrar que por si só, as obras citadas já são capazes de proporcionar experiências extremamente divertidas e gratificantes pelo seu primário fator arcade. Inclusive, a maioria esmagadora de pessoas que consomem essas obras, como eu, busca exatamente essa característica de "jogo conforto". Não me espantou nem um pouco me deparar com diversas análises criticando a setlist como um todo, e por isso é necessário entender que Invector não é somente um jogo musical arcade.

Em 2017, Avicii Invector já tinha trazido um ponto extremamente positivo ao condensar mensagens emocionantes utilizando da discografia do falecido DJ, e esse legado se repete com melhorias em Invector: Rhythm Galaxy. A sequência se debruça em uma jornada coesa entre a disposição das músicas da sua campanha e que acabam se convertendo em temas carregados de muito sentimento.

Temos o êxtase do início de uma jornada, as inseguranças trazidas por escolhas passadas como términos de relacionamento, discussões sobre legado, prioridades, amizades, conflitos, medos... Temas que me lembraram muito The Artful Escape e que são contados com uma trilha sonora escolhida a dedo.

Consequentemente, ao tentar abordar todos esses temas, é natural que a narrativa em formato visual novel seja afetada pela superficialidade, mas a cada capítulo eu me surpreendia cada vez mais com a escolha das músicas. E é isso que faz de Invector um alecrim dourado no meio da imensidão de jogos rítmicos: ele tem uma história bem elaborada e com uma ótima trilha sonora licenciada, que casa com cada uma das etapas.

A trama de Invector se baseia em uma viagem espacial protagonizada por Ebs ao lado de seus 4 amigos, em busca de entender os mistérios deixados pela "avó", a falecida responsável por ter criado o grupo de viajantes. Se transformarmos essa viagem em uma linha do tempo, é fácil identificar padrões de problemas sociais, econômicos e sentimentais da vida do ser humano que transita da juventude para a idade adulta.

No começo da jornada, temos uma playlist majoritariamente pop com cantores conhecidos, que lembra um pouco o clichê da viagem de carro entre amigos. As músicas são mais fáceis, divertidas e envolventes. Situações pontuais como o término do relacionamento de Ebs com músicas melancólicas, as dúvidas existenciais e a ansiedade pré escolhas importantíssimas que envolvem carreira com músicas caóticas e extremamente difíceis indicam constantemente que a ludonarrativa de Invector vai além de ser uma trilha sonora: a dificuldade crescente das músicas é atrelada aos temas discutidos de acordo com a complexidade, leveza e o sentimento que exala em cada momento da história.

Isso é cristalino, inclusive, no fim. A última música antes dos créditos é longe de ser a mais difícil. O seu papel é nos recompensar por conquistar tudo aquilo que podíamos, e na companhia dos protagonistas que finalmente entendem quais são as coisas mais importantes a se valorizar na vida. Ouvir a eterna rainha Tina Turner cantando "The Best" após a última interação dos personagens me encheu os olhos de lágrimas. O refrão é uma mensagem, um presente, e um lembrete para carregarmos como um relicário nos momentos mais difíceis:

"Você é simplesmente o melhor, melhor do que todo o resto,
Melhor do que qualquer um, qualquer um que eu tenha conhecido."

Um ótimo jogo, que merece ser jogado e desfrutado com o coração aberto para todas as mensagens que quer passar, até porque música é isso: uma arte capaz de transmitir alegria, tristeza, ódio, e principalmente amor.