This review contains spoilers
eu realmente tentei jogar isso aqui, mas é triste demais um jogo com tanto potencial ser tão chato.
A ambientação é maravilhosa, isso é inegável. Mas apesar da cidade parecer viva e da história parecer intrigante, tudo fica só no "parece ser".
Olhando mais de perto e com mais atenção, a cidade tem pouca vida e os diálogos são fracos, o que enfraquece muito eu querer continuar pra saber da história.
Apesar da personagem principal, do velho e do cachorro terem um pingo de vida e de personalidade, todos os outros personagens que você encontra são rasos demais. O próprio avatar (fotinho que aparece ao lado durante uma call) da sua personagem é algo totalmente genérico. Da zero vontade de querer saber mais sobre o passado ou história dos personagens. Triste :(
Eu acredito que eventualmente vou voltar ao jogo e tentar finalizar, vai que me surpreendo né, mas realmente é bem chatinho ficar indo apenas do canto A ao ponto B, sem motivação, SEM MÚSICA, sem enredo.
Vou deixar em nota 2, mas quem sabe mudo depois.
A ambientação é maravilhosa, isso é inegável. Mas apesar da cidade parecer viva e da história parecer intrigante, tudo fica só no "parece ser".
Olhando mais de perto e com mais atenção, a cidade tem pouca vida e os diálogos são fracos, o que enfraquece muito eu querer continuar pra saber da história.
Apesar da personagem principal, do velho e do cachorro terem um pingo de vida e de personalidade, todos os outros personagens que você encontra são rasos demais. O próprio avatar (fotinho que aparece ao lado durante uma call) da sua personagem é algo totalmente genérico. Da zero vontade de querer saber mais sobre o passado ou história dos personagens. Triste :(
Eu acredito que eventualmente vou voltar ao jogo e tentar finalizar, vai que me surpreendo né, mas realmente é bem chatinho ficar indo apenas do canto A ao ponto B, sem motivação, SEM MÚSICA, sem enredo.
Vou deixar em nota 2, mas quem sabe mudo depois.
"É mais facil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo" Mark Fisher
Cloudpunk é a síntese de um mundo no mais tardio momento do capitalismo tardio, um mundo cheio de luzes neon e outdoors que fazem propaganda de uma vida melhor em que completa uma grande catarse com o quão cinza e sem vida o mesmo mundo é. Seus gráficos poligonais constroem uma cidade em colapso diante o próprio sistema, suas linhas de texto mostram um mundo sem esperança, onde os ideias capitais se encontro tão subjugados nos sentimentos das pessoas que o simples ato de viver parece absurdo.
É a dicotomia entre ser e essência, entre a estrutura e o discurso, entre a euforia e a melancolia.
A toda hora surgem diálogos sobre plantar arvores e construir lugares para crianças se divertir são movimentos de protesto, sobre o ato de se suicidar quando não se é mais produtivo é algo bem visto pela sociedade e sobre a arte ser apenas um produto de uma industria. Tais reflexões são o âmago de Cloudpunk e seu ponto mais alto.
Quando se busca pra outros quesitos técnicos do jogo, Cloudpunk se torna diminuto, sua gameplay de direção é medíocre, não chega a ser algo ruim mas também não é nada demais, se tornando enjoativa e repetitiva com o passar do tempo; os NPCs nos quais a protagonista conversa por diversas vezes não correspondem quanto a arte que representa eles nas linhas de diálogo e seu modelo poligonal.
No entanto nada disso tira o brilho, ou melhor, a melancolia deste game, é uma síntese politica do sistema vigente e como isso subjuga a essência da humanidade.
Jogue sabendo das limitações e sabendo o que esperar (textos e textos). Dito isso, Cloudpunk é fantástico.
Cloudpunk é a síntese de um mundo no mais tardio momento do capitalismo tardio, um mundo cheio de luzes neon e outdoors que fazem propaganda de uma vida melhor em que completa uma grande catarse com o quão cinza e sem vida o mesmo mundo é. Seus gráficos poligonais constroem uma cidade em colapso diante o próprio sistema, suas linhas de texto mostram um mundo sem esperança, onde os ideias capitais se encontro tão subjugados nos sentimentos das pessoas que o simples ato de viver parece absurdo.
É a dicotomia entre ser e essência, entre a estrutura e o discurso, entre a euforia e a melancolia.
A toda hora surgem diálogos sobre plantar arvores e construir lugares para crianças se divertir são movimentos de protesto, sobre o ato de se suicidar quando não se é mais produtivo é algo bem visto pela sociedade e sobre a arte ser apenas um produto de uma industria. Tais reflexões são o âmago de Cloudpunk e seu ponto mais alto.
Quando se busca pra outros quesitos técnicos do jogo, Cloudpunk se torna diminuto, sua gameplay de direção é medíocre, não chega a ser algo ruim mas também não é nada demais, se tornando enjoativa e repetitiva com o passar do tempo; os NPCs nos quais a protagonista conversa por diversas vezes não correspondem quanto a arte que representa eles nas linhas de diálogo e seu modelo poligonal.
No entanto nada disso tira o brilho, ou melhor, a melancolia deste game, é uma síntese politica do sistema vigente e como isso subjuga a essência da humanidade.
Jogue sabendo das limitações e sabendo o que esperar (textos e textos). Dito isso, Cloudpunk é fantástico.