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Dentre todos os jogos da Franquia Metal Gear, eu não consigo pensar em um que eu não ame, Metal Gear Solid implantou suas raizes e popularizou o gênero introduziu formas inteligentes de se jogar, personagens carismáticos, e conceitos criativos nunca antes vistos. Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty foi e ainda é, um dos jogos com uma narrativa envolvente, questoes morais que podem ser debatidas até hoje, a introdução do novo protagonista Raiden, sendo muito bem desenvolvido durante toda a duração da obra e deixando uma marca como um dos melhores jogos de todos os tempos até hoje, já Metal Gear Solid 3 (considerado por muitos o melhor) é um marco técnico impressionante até hoje, principalmente considerando que é um jogo para o Playstation 2, a quantidade de detalhes e minúcias desse mundo fazem você pensar em absolutamente todas as possibilidades e sempre testar fora da caixinha por conta da quantidade e do quao interessante cada uma delas parece, porém quando chegamos ao Playstation 3, o legado da lendária franquia começa tremer, já que Metal Gear Solid 4 nunca foi algo pensado durante o desenvolvimento dos jogos anteriores, porém cá estamos, e ele, é provavelmente o jogo que podemos apontar como o fim criativo da franquia e com isso, provavelmente um dos melhores e mais marcantes finais de uma das franquias mais importantes de todos os tempos

Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots é facilmente a definição de um épico divisivo, é um jogo que agradou muitos e desagradou muitos mais, levou todos os conceitos e personagens que amamos ao seus respectivos limites enquanto mantinha um futuro distópico e incerto, sempre se mantendo constantemente fundamentado em suas regras e expandindo a sua temática de maneira constante e fácil de você acreditar, e apesar de tudo isso, esse jogo não é perfeito como eu fiz parecer até agora que ele é, muito pelo contrario, Metal Gear Solid 4 não é um jogo perfeito por nenhum ponto de vista, mas é exatamente essas imperfeições que o tornam tão especial, as interações e muitas vezes lore-dumps em cutscenes gigantes para quem não está acostumado pode ser um tanto intimidador, junto com uma absurda quantidade de conceitos, criaturas e PMCs que parecem muita areia para o caminhãozinho do jogador, mas que no final... é uma experiência tão única, tão criativa e tão divertida que pequenos erros se tornam... mínimos dentro da grandiosidade da experiência e da aceitação quase fatalista que vem junto com saber que esse é (cronologicamente) o último jogo da Saga

Metal Gear Solid 4 é um jogo que sabe a posição que tem, sabe a missão que tem que cumprir e além de conseguir fazer isso de uma maneira EXTREMAMENTE ambiciosa, consegue fazer cada momento dessa jornada como algo que valeu apena ser vivido, a jogabilidade sendo muito similar a do terceiro jogo porem com melhorias e avanços que além de destacar a evolução tecnológica, demonstram como cada parte dessa obra foi feita com carinho, é um jogo que o Kojima deixou suas inspirações cinematográficas tomarem frente e centro na obra, uma conclusão genial de um mestre para uma obra igualmente fantástica e que no fundo, é tão humana quanto quem joga ela, tanto nos personagens, na mensagem que quer passar, ou no seu agridoce adeus aos personagens que tanto amamos mas também nos deu a chance de vê-los fazendo todo o épico que tanto amamos e reviver parcialmente aquilo que nos fez amar tanto a obra, MGS4 é uma conclusão completamente baseada no amor pela franquia e feita tendo em mente a sua finalização, uma dura conclusão que não agrada a todos, mas que termina a jornada de uma forma tão humana e sentimental que eu não consigo não amar