Tempo é algo limitado e cada NPC tem suas horas contadas (literalmente), com isso o primeiro impulso que se toma é completar os objetivos o mais rápido possível, mas como fazer isso quando se tem um mapa inteiro a explorar, atalhos a descobrir, recompensas a serem recebidas? Cada segundo fora do caminho principal conta e é um risco a se tomar - ou não. Após o incentivo inicial para que se tenha pressa, Unsighted te mostra diversos outros caminhos para seguir, e logo apresenta o pó de meteoro, um item que aumenta o tempo limite de qualquer personagem. Com isso, já fica claro que tomar riscos são bem vindos, o ato de explorar não vai te fazer perder tempo justamente porque ele irá te recompensar com mais tempo. E é curioso como cada aspecto do jogo gira entorno dessa ideia, até o próprio combate que se apoia muito no parry, mecânica que como base já engloba a ideia de "alto risco, alta recompensa". É nessa estrutura, que o ponto mais interessante do jogo se encontra, esse conflito constante entre tomar riscos ou não, a incerteza, move o jogo inteiro e cria um fluxo para todo o loop dele. Nem sempre sinto que Unsighted tira o máximo dessa ideia e as sessões de combate, principalmente em lutas contra chefe, me enchem o saco já que são simples, repetitivas e cobram uma reação binária e óbvia do jogador que são tanto recompensadas quanto punidas por pura execução de timing, o que até funciona com a estrutura geral do jogo mesmo que seja chato. No geral, aprecio bastante como o jogo trabalha entorno do conceito e consegue ser uma experiência bem interessante e satisfatória.