Entre a inevitabilidade da morte, entre a certeza de que tudo o que amamos e vivemos é finito, encontramos o sentido de seguir em frente através do medo de um já certo fim.

Há tempos não presenciava conceitos e temas tão complexos acerca da morte em uma mídia, e é surreal o quanto Persona 3 Reload me fez questionar certos dilemas enquanto o jogava.

De início, não nego que me encontrei receoso em relação a identidade própria que o jogo apresentaria. Utilizar praticamente toda a base do maior sucesso da franquia, o Persona 5, que cada vez mais parece uma fonte inesgotável de reaproveitamento pra Atlus, me fez ter medo de comentários como "Persona 5, só que azul" serem verdade.

No entanto, não demorou muito para esse receio cair por terra.

Persona 3 Reload trabalha muito bem com os temas que se propõe a desenvolver, e utiliza muito bem de seus personagens impecáveis para tornar isso possível. É uma história muito mais madura, muito mais densa em significados, que me fez ter boas doses de crises existenciais.

É digno de comparações diretas com seu companheiro de franquia não por suas semelhanças em mecânica, mas sim por sua grandiosidade.

O S.E.E.S brilha tanto quanto os Phantom Thieves, o Tártaro brilha tanto quanto ou até mais do que o Mementos, It's Going Down Now irá brilhar por muito tempo em minha playlist, assim como Last Surprise. Mas o ponto mais importante é que são brilhos distintos, únicos, especiais à sua maneira.

Em termos de "remake", não tenho como me aprofundar por não ter jogado qualquer outra versão de Persona 3, mas digo com tranquilidade que se há uma versão definitiva, essa versão é a Reload.

"Ninguém pode enfrentar a morte sem primeiro encontrar o sentido da vida..."

"Não se apegue ao passado e nem olhe para o futuro. Só viva o presente."

Reviewed on Feb 12, 2024


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2 months ago

brabo