A fase final desse jogo exemplifica perfeitamente ele, lá você se encontra no Plano Astral, uma dimensão paralela, ela está toda vermelha e você só consegue ver sua imensidão, e no topo uma pirâmide preta invertida, para se movimentar nesta dimensão você precisa voar de pilar em pilar até chegar nesta pirâmide gigante no céu. Essa imagem, isso que eu descrevi, quando você, o jogador, chega nesta missão, é lindo, um baita design que causa imediatamente um impacto aos sentidos. E o que você faz nessa missão? Bem...você mata wave atrás de wave de inimigos e é isso, uau. Ou seja, apresentação muito boa, bastante potencial, execução genérica.
Esse jogo é vazio, tanto lore para nada, o jogo termina e você pensa “é isso?”. O plot é fraco, não diz nada, não é sobre nada, não aprofunda em nada. Um monte de nada socado do precioso lore e worldbuilding que os nerds que engolem qualquer coisa adoram.
Qualquer um falando de Twin Peaks, ou Lynch, ou surrealismo, não faz ideia do que está falando, isso aqui é exatamente o oposto de tudo que o David Lynch prega, está mais para um Christopher Nolan com seus elementos sci-fi pé no chão e falta de imaginação, nunca vi Arquivo X, mas não deve estar longe disso aqui, basicamente um Arquivo X se tivesse sido feito por um robô.
15 horas de jogo matando zumbis com grife. Um dos vilões do jogo, Dylan, olha como esse personagem é tratado, quase tudo que ele faz é olhar para o jogador com a cara dele de paciente do hospício. Que criatividade hein. Que imaginação. Muito Lynch, pode crer.
O local principal do jogo, a oldest house, falam e falam que sua estrutura muda...ainda estou esperando isso, no meu jogo ela só mudou em 2 instâncias: no ashtray maze e ao purificar um local (poor man’s bonfire). Esses bonfires, não tenho nada contra a ideia, mas em alguns locais avacalharam com o jogador, botando eles em locais longe demais um do outro, e assim forçando o jogador a rejogar uma quantidade substancial do mapa.
A apresentação do jogo é sensacional, a primeira hora do jogo é 5 estrelas, ao entrar em uma área nova, aquele letreiro grande mostrando o nome do local na sua tela, sensacional! Os zooms no rosto da protagonista enquanto ela fala consigo mesma, o som dos inimigos, o faxineiro, o jogo parece possuir tanta personalidade e vida nesse começo, desperta a curiosidade e te faz pensar que você está em boas mãos.
E então você percebe que era só uma ilusão e é só isso que o jogo tinha a oferecer mesmo, olha só, os próprios vídeos de lore do antigo diretor, que videozinho massa hein, gostei bastante dele, o rosto do diretor desfocado enquanto ele vai falando, depois uma tomada dele de corpo inteiro também desfocado, acho até que ele dá uma mexida no óculos, bem legal, uma exposição com personalidade, gostei. E então você assiste aos outros 10 vídeos de exposição do antigo diretor, e você percebe que são as mesmas 3 ou 4 tomadas em um eterno loop enquanto o áudio toca. Era tudo uma ilusão.
O próprio zoom no rosto da protagonista enquanto ela fala consigo mesma, que eu comentei antes, gostei bastante...no começo, mas depois da vigésima vez cansou e ficou estúpido. Isso já se amarra com outro problema, as atuações. A Jesse está sempre com a mesma cara o jogo inteiro, o que para jogos de gerações anteriores não seria problema, mas agora, um jogo desse porte? Não. O próprio doutor também, Doutor Darling, a limitação do ator logo se torna aparente e as falas sem criatividade dele também não ajudam, e então esse aspecto quirky do doutor se vai, ficando algo, novamente, vazio.
E mais duas críticas rápidas do jogo: trilha sonora fraca, e alguns difficulty spikes desnecessários, especialmente no ashtray maze, morri 2 vezes nele, e lá vamos nós, tudo de novo, e lá se vai aquele impacto massa do lugar.
Por que 3 estrelas se você só está falando mal do jogo? É porque eu me alonguei no meu hate, a mixagem de som do jogo é muito boa, com certeza um dos melhores sons que vi (ou melhor, ouvi) em um jogo nos últimos anos.
O combate é muito bom, e quanto mais você avança, quanto mais você libera, mais divertido fica, em nenhum momento me cansei de ficar voando e jogando objetos nos zumbis com grife. E claro, a destruição que você causa também é muito satisfatória.
E claro, ashtray maze! Ashtray maze é um banger que vale o jogo inteiro.
Esse jogo é vazio, tanto lore para nada, o jogo termina e você pensa “é isso?”. O plot é fraco, não diz nada, não é sobre nada, não aprofunda em nada. Um monte de nada socado do precioso lore e worldbuilding que os nerds que engolem qualquer coisa adoram.
Qualquer um falando de Twin Peaks, ou Lynch, ou surrealismo, não faz ideia do que está falando, isso aqui é exatamente o oposto de tudo que o David Lynch prega, está mais para um Christopher Nolan com seus elementos sci-fi pé no chão e falta de imaginação, nunca vi Arquivo X, mas não deve estar longe disso aqui, basicamente um Arquivo X se tivesse sido feito por um robô.
15 horas de jogo matando zumbis com grife. Um dos vilões do jogo, Dylan, olha como esse personagem é tratado, quase tudo que ele faz é olhar para o jogador com a cara dele de paciente do hospício. Que criatividade hein. Que imaginação. Muito Lynch, pode crer.
O local principal do jogo, a oldest house, falam e falam que sua estrutura muda...ainda estou esperando isso, no meu jogo ela só mudou em 2 instâncias: no ashtray maze e ao purificar um local (poor man’s bonfire). Esses bonfires, não tenho nada contra a ideia, mas em alguns locais avacalharam com o jogador, botando eles em locais longe demais um do outro, e assim forçando o jogador a rejogar uma quantidade substancial do mapa.
A apresentação do jogo é sensacional, a primeira hora do jogo é 5 estrelas, ao entrar em uma área nova, aquele letreiro grande mostrando o nome do local na sua tela, sensacional! Os zooms no rosto da protagonista enquanto ela fala consigo mesma, o som dos inimigos, o faxineiro, o jogo parece possuir tanta personalidade e vida nesse começo, desperta a curiosidade e te faz pensar que você está em boas mãos.
E então você percebe que era só uma ilusão e é só isso que o jogo tinha a oferecer mesmo, olha só, os próprios vídeos de lore do antigo diretor, que videozinho massa hein, gostei bastante dele, o rosto do diretor desfocado enquanto ele vai falando, depois uma tomada dele de corpo inteiro também desfocado, acho até que ele dá uma mexida no óculos, bem legal, uma exposição com personalidade, gostei. E então você assiste aos outros 10 vídeos de exposição do antigo diretor, e você percebe que são as mesmas 3 ou 4 tomadas em um eterno loop enquanto o áudio toca. Era tudo uma ilusão.
O próprio zoom no rosto da protagonista enquanto ela fala consigo mesma, que eu comentei antes, gostei bastante...no começo, mas depois da vigésima vez cansou e ficou estúpido. Isso já se amarra com outro problema, as atuações. A Jesse está sempre com a mesma cara o jogo inteiro, o que para jogos de gerações anteriores não seria problema, mas agora, um jogo desse porte? Não. O próprio doutor também, Doutor Darling, a limitação do ator logo se torna aparente e as falas sem criatividade dele também não ajudam, e então esse aspecto quirky do doutor se vai, ficando algo, novamente, vazio.
E mais duas críticas rápidas do jogo: trilha sonora fraca, e alguns difficulty spikes desnecessários, especialmente no ashtray maze, morri 2 vezes nele, e lá vamos nós, tudo de novo, e lá se vai aquele impacto massa do lugar.
Por que 3 estrelas se você só está falando mal do jogo? É porque eu me alonguei no meu hate, a mixagem de som do jogo é muito boa, com certeza um dos melhores sons que vi (ou melhor, ouvi) em um jogo nos últimos anos.
O combate é muito bom, e quanto mais você avança, quanto mais você libera, mais divertido fica, em nenhum momento me cansei de ficar voando e jogando objetos nos zumbis com grife. E claro, a destruição que você causa também é muito satisfatória.
E claro, ashtray maze! Ashtray maze é um banger que vale o jogo inteiro.