O charme de um jogo canastrão com o pioneirismo da dublagem de jogos no Brasil traz à tona o trabalho excepcional de Mauro Castro na voz de Max Payne. E essa é a característica que me deixou mais apaixonado pelo jogo.

No geral, o segundo título de Sam Lake é consistente, entregando todas as referências de cultura geek do diretor por meio do vingador noir, com tropes, arquétipos e uma pitada de crítica aos verdadeiros financiadores da degeneração social através das drogas: a abstinência estatal e o favorecimento de figuras políticas.

Com um tom de revolta e certo anarquismo exagerado, Max Payne cumpre com maestria o papel do policial degenerado que teve a família ceifada para acobertamento de informações, entrando em uma guerra onde não só a vingança é o objetivo, mas também uma validação moral dos próprios atos. É interessante ver o desenvolvimento da balança moral do protagonista, que busca a aprovação de si mesmo pelas brutalidades que comete ao longo de sua sina.

Uma obra importantíssima para a contextualização dos shooters e jogos de ação que viriam futuramente, além de ser referência na dublagem brasileira.

Reviewed on Jun 11, 2023


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