This review contains spoilers

[Jogado via Assassin's Creed III Remastered no PS4]

Esse aqui eu fui mais pela Platina, já que pretendo platinar os games da franquia com troféus. Então, eu tava zero expectativas. Principalmente porque eu não lembrava da existência desse jogo, já que na época que ele saiu eu só tinha visto a capa do original de Vita e nada mais. Tendo em vista que é um remaster de um game de portátil, eu achei que ele tem um visual até bem bonito e a jogabilidade bem boa, apesar de ainda ter alguns problemas bem parecidos com o da sua contraparte.

A Aveline é uma protagonista muito mais interessante que o Connor e o plot do game é bem mais chamativo também, o contexto histórico é muito relevante e o cenário que se passa é muito legal também. Tem algumas áreas lindas no game, principalmente o Chichen Itza. A mecânica das personas alternativas da Aveline também é muito bem feito e até que dá uma variada no gameplay.

Só que o grande problema do jogo é justamente o fato de ele ser um spin-off. Tudo nele é menos do que deveria ser, dado o enredo, a personagem, os cenários... tudo, bem dizer. A história, apesar de boa, também é bem mal executada e eu achei os dois finais bem abaixo do esperado. Totalmente anticlimáticos e completamente sem graça. A função de ter que ficar procurando um monte de gente aleatória pra desbloquear o final verdadeiro é outro aspecto extremamente problemático, já que em nenhum momento é explicado quem são aquelas pessoas, porque elas são tão importantes, porque precisam morrer e porque só elas guardam pontos escondidos da história. É só pra encher linguiça, porque além de não fazer sentindo nenhum, tira a imersão da história. Prejudica completamente a narrativa

As missões são curtas e grossas, vão direto ao ponto. Mas elas se repetem demais. E o fato de o jogo, infelizmente, não ter a opção de se locomover a cavalo ou qualquer coisa do tipo torna tudo muito demorado e chato. Inclusive, fica aqui a dúvida: quem achou que ia ser uma boa ideia tirar montaria e colocar aquela canoa de bosta pra gente andar? É terrível controlar aquela porcaria. O fato de ser originalmente um jogo de portátil faz com que alguns menus sejam limitados, então tu ter controle de todos os colecionáveis e missões pros 100% é muito caótico, já que aqui não tinha como fazer igual o Assassin's Creed III, onde o mapa é dividido em distritos e, através do menu, tu sabia quantos de cada colecionável tinha em cada distrito, tornando o grinding muito menos trabalhoso. Fica aí também a dúvida de quem achou que era uma boa ideia colocar colecionável que tu paga no jogo, precisei ficar quase duas horas só naquele Sistema de Negócios mandando navio pra lá e pra cá pra farmar grana pra poder comprar aqueles benditos relógios de bolso.

Sinceramente falando, me diverti muito mais com esse do que com o jogo original. Inclusive, acredito que ele teria potencial pra ser um game principal da franquia tanto pelo contexto relevante e pela personagem que mereciam ser melhor explorados. É uma pena que a saga de Assassin's Creed III seja, até o momento, a mais fraca da franquia. Liberation ainda ganha meio ponto a mais que a contraparte justamente por ter me surpreendido quando levei em consideração que era um port remasterizado de PS Vita. Mas, ainda assim, tanto AC III quanto AC Liberation são exemplos de potencial desperdiçado: histórias e contextos históricos muito interessantes, mas pouco explorados. Um por ser um jogo com muitos problemas de direção e mission design e o outro por ter suas limitações tanto de hardware quanto de status dentro da franquia.

Reviewed on Aug 26, 2023


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