Existe pouca coisa mais desagradável pra um gamer do que voltar num jogo querido e enxergar os defeitos dele com tanta facilidade que a coisa fica deprimente.

Pondo de lado o fato de que em termos de gameplay o jogo simplesmente beirou o injogável pra mim (3 segundos de delay pra um golpe sair é ridículo), é bem triste notar como desde o primeiro jogo a “Fórmula Ubisoft®” de criar jogos já estava a todo vapor.

A narrativa e enredo do jogo são muito interessantes e a proposta do game é, sem dúvidas, inventiva e interessante.
Dito isso, essas coisas não se sustentam se o gameplay loop não parece sofrer alterações mais significativas que uma simples progressão de dificuldade. A ideia de ficar desbloqueando torres e fazendo missões secundárias para ganhar mais sincronia é legal, mas depois de um tempo, tudo parece extremamente burocrático e ficar ouvindo "I wish my sons were as brave as you" e "one more minute and they would have made off with me" ad nauseam cansa.
(Fora que acho particularmente uma merda pra imersão quando essas mesmas pessoas resgatadas comentam sobre seus assassinatos como se você não tivesse os cometido pra ajudá-los segundos antes).

Enfim, mais um jogo que na minha cabeça parecia melhor do que ele realmente é.
Felizmente, o meu eu de 2016 teve mais paciência pra chegar até o fim (e caçar as malditas bandeiras) do que o meu eu de 2023.

Reviewed on Dec 19, 2023


2 Comments


6 months ago

Caraca, todas as bandeiras? não tem tipo, umas 500?

6 months ago

São 420, @Felipe_Kazzoid. Eu era muito fã do game na época e fui atrás mesmo sabendo que não ia ganhar nada.