Burst Limit é BROXANTE

Dragon Ball Z: Burst Limit, lançado no ano de 2008, foi o primeiro jogo da franquia para o PS3 e Xbox 360, sendo assim, o primeiro jogo para a 7° geração, quer dizer, mais ou menos, já que Budokai Tenkaichi 2 e 3 ambos foram lançados para Wii, mas para os novos consoles da Microsoft e Sony, este foi o primeiro.

E olha, que jeito MERDA que abrir uma geração, com todo respeito.
A primeira vista o jogo é lindo, modelo dos personagens super bem feitos, cenários magníficos e efeitos incriveis, mas o jogo acaba aí, o resto é um verdadeiro COCÔ.

A gameplay é mais voltada ao estilo do Shin Budokai, onde o Quadrado (X no Xbox) é o ataque fraco e o Triângulo (Y no Xbox) é o ataque forte, para soltar os poderes é igual nos jogos anteriores, você aperta o analógico direito para uma direção específica + Bolinha (B no Xbox), porém uma diferença para os demais jogos é a barra de ki, na qual você não pode recarregá-la, ela se preenche sozinha, mas você pode soltar poderes mesmo sem ki, e a barra completa serve para ativar o Burst mode, que semelhante aos jogos anteriores, deixa seu personagem mais resistente e aumenta a força dos ataques.
Uma nova adição ao jogo são as "Drama scenes", que consiste em pequenas ceninhas durante as batalhas, que são ativadas por eventos específicos, como refletir um ataque, fazer um golpe específico, diminuir a vida do seu oponente ou sua própria vida em um nível específico etc, elas servem para regenerar sua vida, aumentar ataque, ki, velocidade da recuperação de ki etc.
Essas Drama scenes vem em conjunto com outra adição, chamada de "partners", na qual você escolhe algum personagem desbloqueado para ser seu companheiro, e ele pode te ajudar no meio das lutas, por meio dessas Drama scenes.

Mas tá bom, você deve estar lendo isso e se perguntando "mas esse jogo parece exatamente com os outros Budokai, por que ele em específico é tão ruim?". Então, vamos para os pontos negativos do jogo:

Primeiramente, a coisa que mais chama atenção é o fato do jogo ser incompleto, ele só vai até a Saga Cell, sim, igual Budokai 1, mas pelo menos o primeiro jogo da franquia tem motivo para não ter a Saga Buu, pelo fato dessa saga ainda ser novidade aqui no ocidente na época de lançamento do jogo, já para Burst Limit, não tem desculpa, o jogo é realmente incompleto.
Além disso, o jogo possui apenas 21 personagens e 5 cenários, sim, você leu certo, CINCO CENÁRIOS, um downgrade IMENSO em relação a seus antecessores, para se ter ideia, Budokai 3 possui 38 personagens, quase O DOBRO. E sim, Infinite world lançou depois de Burst Limit, e foi a despedida da franquia no PS2 (e inclusive é muito melhor que essa porcaria de Burst Limit viu).

Mas não é só a falta de conteúdo que espanta, a gameplay também, apesar de ser parecida com seus antecessores, é bem mais simplória e em certas partes pior que os anteriores, e o jogo também conta com um motion blur extremamente exagerado que não pode ser desativado, o que deixa a experiência bem angustiante, principalmente se unir o motion blur as dezenas de efeitos que tem na tela durante as lutas (obs: no emulador de PS3 tem um patch de 60fps, e com este patch o motion blur é suavizado e o jogo fica mais agradável aos olhos).

E bem, lembra das dramas scenes? De começo pode parecer uma adição interessante, e realmente é... nas primeiras duas lutas do jogo, depois fica um saco e quebra totalmente o clima de uma batalha ficar vendo ceninha toda hora.

Burst Limit não só tem cara de um jogo incompleto e rushado, como ele realmente é. Além das críticas acima e a falta de conteúdo, ele peca em muitos detalhes, como inconsistência no trajes dos personagens, falta de "battle damage", tendo apenas em algumas batalhas específicas, deixando até engraçado ver os personagens cansados nas cutscenes mas completamente lisos, sem arranhões, suor ou roupas rasgadas, e falando nelas, as cutscenes desse jogo são uma porcaria, conseguem ser piores que as do Budokai 1 (um jogo de 2002!!!) para se ter noção, consistem nos personagens parados mexendo a boca e se batendo, e de vez em quando uma animaçãozinha diferente.

É uma pena a franquia Dragon Ball ter começado tão mal assim na 7° geração, porém, ela não esteve perdida, apesar de ter tido umas tranqueiras (Ultimate Tenkaichi e Battle of Z), futuramente seriam lançados os bons Raging Blast 1 e 2, e o maravilhoso Xenoverse para encerrar a franquia com chave de ouro no Playstation 3 e Xbox 360.

Um começo interessante para Dragon Ball no Playstation 2

Dragon Ball Z: Budokai, lançado no ano de 2002, foi o primeiro jogo da aclamada série de mangá e anime para o Playstation 2, e surpreendentemente é um grande primeiro passo na plataforma, apesar de hoje parecer defasado por conta de suas continuações.

Não é mistério, Budokai 1 tem tudo aquilo que os jogos de DBZ do PS2 possui: Modo história; Duelo; Torneio de Artes Marciais e uma boa variedade de personagens.

O modo história consiste da Saga Sayajin até a Saga Cell do anime, e não, não tem a Saga Buu, por mais estranho que possa parecer, existe um bom motivo: Por ser o primeiro jogo para o Playstation 2, seu foco era atingir um público maior do que apenas no Japão, assim sendo lançado no mundo inteiro, porém, enquanto lá Dragon Ball Z já havia acabado há anos, e até o GT já havia encerrado, aqui no ocidente a Saga Buu só chegou em meados dos anos 2001/2002, sendo assim, esta parte da história ainda era novidade aqui no ocidente quando Budokai 1 lançou, fazendo com que o modo história fosse de certa forma "capado".
Mas voltando ao modo história, possui uma boa quantidade de missões, onde você controla Goku e Gohan. "Mas e os outros personagens?" pois bem, quando você termina as missões controlando Goku e seu filho Gohan, você desbloqueia uma "segunda campanha", jogando os mesmos arcos do anime mas agora com outros personagens como Piccolo, Vegeta e até vilões como Freeza e Cell, além de três missões específicas de "what if" e uma pequena campanha onde você joga com o Mr. Satan (esta campanha você deve comprar na lojinha do jogo para joga-la).

Indo para a gameplay, ela não se difere tanto de seus sucessores, elementos como jogabilidade 2.5D, cenários detalhados, barras de vida, ki, ataques e combinações de combos permanecem por toda a franquia, com uma pequena diferença neste primeiro jogo que para você executar ataques de ki como Kamehameha, Galick gun etc, você deve executar uma pequena combinação de combo e no fim apertar o botão de lançar ki para que o golpe seja feito, e apesar de estranho, é até legal este formato, pois ajuda com extensões de combos junto com ataques de ki.

Em questão gráfica, a franquia Budokai foi evoluindo com o decorrer dos jogos, até chegarmos no primor gráfico de Budokai 3 e Infinite World. Aqui, os personagens se parecem com "massinha", e as cutscenes são cenas do anime recriadas no gráfico do jogo. Apesar de não ter envelhecido tão bem esses gráficos de "massinha", ainda é bonitinho e bem único seu estilo, contando inclusive com a icônica abertura "Cha-La Head Cha-la" recriada completamente com os gráficos do jogo. Esteticamente falando, é um jogo bem único de Dragon Ball Z, com direito a uma seleção de personagens bem estilizada, com cada personagem tendo uma ilustração numa versão mais "fofinha" na tela de seleção de personagens.

Como conteúdos extras, Budokai 1 possui o Torneio de Artes Marciais, que é o padrão dos jogos posteriores tanto da franquia quanto para outros jogos futuros de Dragon Ball, você entra no torneio, seleciona um personagem e enfrenta oponentes até o fim do torneio (com o número de oponentes aumentando de acordo com a dificuldade selecionada) no famoso Torneio de Artes Marciais do anime. O jogo também tem uma lojinha (também presente nos jogos posteriores), onde você compra capsulas com golpes, itens de suporte e extras, com estes dois primeiros podendo ser equipados em qualquer personagem desbloqueado, aumentando assim seu poder.

Por fim, Dragon Ball Z Budokai é bem melhor do que eu lembrava na minha infância, joguei ele levemente no Playstation 2 e seu remaster no Xbox 360, mas nunca cheguei a zera-lo, e posso dizer que não envelheceu tão mal, e arrisco dizer que ele envelheceu melhor que o primeiro Budokai Tenkaichi, sendo jogável e divertido até hoje, apesar de algumas coisas chatas, como missões especificas que você tem sua vida reduzida ou sua vida é sugada aos poucos, até uma missão que você tem que enfrentar 3 oponentes diferentes sem direito a regeneração de vida.

Sem dúvidas, um começo digno, para uma franquia digna, em uma plataforma digna.

UMA CARTA DE AMOR PARA DRAGON BALL Z: BUDOKAI TENKAICHI 3

Finalmente, depois de anos desde minha infância, rejoguei e rezerei a história principal de Budokai Tenkaichi 3, além de fazer alguns extras, e posso dizer com toda clareza: Não era só nostalgia.

Para contextualizar, BT3 foi um dos jogos que mais joguei na minha infância (se não O JOGO que mais joguei), passava dias e noites jogando no meu PS2, de manhã antes de ir pra escola, de tarde pra noite depois de chegar e de madrugada antes de dormir, em uma época mais simples e nostálgica da vida.

Posso dizer com todo amor no coração, que esse jogo era realmente tudo isso, vai muito além de nostalgia, e com segurança posso nomear ele como o melhor jogo de Dragon Ball Z (na minha opinião claro).

Claro, não adianta eu fazer mistério ou texto bonito porque todos já conhecem ou jogaram este jogo, então praticamente todo mundo já sabe de suas qualidades: Um elenco de quase 100 personagens com até 161 se contar variações; gameplay fluída e de certa forma até complexa mesmo que de um olhar mais artificial possa parecer rústica; um modo história divertido recriando as grandes batalhas da franquia, do clássico, ao Z, ao GT e aos filmes até então lançados. Tudo isso somado a uma grande trilha sonora, conteúdos extras como customização, torneios e até um modo "RPG" e lindos gráficos fazem de Budokai Tenkaichi 3 o jogo definitivo de Dragon Ball Z.

Só pra não dizer que é um jogo perfeito, seu modo história é de certa forma incompleto, faltando diversas lutas e momentos importantes do anime (para se ter ideia, a Saga Buu é picotada completamente, começando na luta entre Goku e Majin Vegeta, que para quem conhece a obra, sabe que tem muuuuuuuuita coisa antes disso na saga). Pode se dizer que é um downgrade do título anterior Budokai Tenkaichi 2, que tinha um modo história completo com conteúdo até demais, contando até com uma espécie de "mundo aberto", porém, isso deixava o jogo sonífero, com batalhas desnecessárias e repetitivas para um jogo eletrônico, e isso posso dizer que BT3 não tem, pode ser picotado, mas cada saga e cada luta é divertidíssima (tirando as batalhas What If elas são um saco e vai tomar no c Arale desgraç***).

Em resumo, revisitar Budokai Tenkaichi 3 é quase como uma máquina do tempo para minha infância, posso ter tido muitos problemas nela, falta de muitos amigos, timidez e traumas, mas uma coisa que sempre esteve comigo era meu saudoso Playstation 2 (e futuramente, meu Xbox 360, onde pude jogar outros títulos da franquia DBZ), e com ele, Dragon Ball Z, não só o BT3, como os Budokais e outros Tenkaichis (até aquela aberração do Sagas).

Deixo aqui minha carta de amor para esse jogo, e espero que Sparking Zero seja uma sequência digna, independente de quantos personagens jogáveis ou DLCs tenha.

Descanse em paz mestre Akira Toriyama, saiba que sem suas obras minha infância não teria o mesmo brilho que teve.

Jogo muito bom com um combate delicioso mas ele fica extremamente massante depois de um tempo. Missão de seguir rastros, seguir gente, ir lá e matar pessoa, liberar acampamento, mundo aberto com uma ambientação linda, mas em exploração e variedade de missões não tão interessante, não mentiram quando falaram que era igual Assassin's Creed.