Após 2 anos de desenvolvimento em Early Acess, Hades, o novo jogo da Supergiant Games a desenvolvedora responsável por titúlos como: Bastion, Transistor e Pyre, finalmente foi lançado em sua versão completa em 2020.

Como um dos apoiadores durante o Early Acess na Steam eu consegui ver a evolução do game, personagens que antes eram sombras encapuzadas receberam artes e designs de cair o queixo, o próprio submundo cresceu e mudou conforme o tempo. Mas será que Hades conseguiu cumprir sua promessa?


Um Rogue-Like God-like
Hades é um Rogue-Like e nele controlamos Zagreus que é filho de Hades, o deus do Submundo, e o objetivo é bem claro sair do Inferno e chegar a superficie, objetivo esse que se prova muito mais complicado do que parece. No início somos jogados no Tártaro, a camada mais baixa do Submundo, e é onde as principais mecânicas do jogo nos são apresentadas, Zagreus pode atacar, usar o especial de suas armas, lançar uma pedra de sangue que funciona como um ataque a distância e usar um Dash para se esquivar. Mas Zagreus não está sozinho nessa jornada, seus parentes olimpianos o auxiliam nessa sua fuga do submundo concedendo bênçãos a Zagreus, as bênçãos funcionam como melhorias para suas habilidades, podendo influenciar nos ataques, no dash ou servindo como um chamado que realiza um efeito em área específico de cada um dos 10 deuses que podemos encontrar pela nossa fuga.

A aparência do Inferno
Outro ponto que faz com que Hades se destaque é sua direção de arte e level design, como o objetivo do jogo é escapar da versão grega do inferno, acabamos passando por cada uma de suas camadas como o Tártaro e o Elísio, cada um com a própria arquitetura e com os próprios inimigos que tornam cada área única, o Tártaro, por exemplo, possui cores esverdeadas câmaras mais fechadas e com armadilhas no chão fazendo com que seja necessário o jogador tomar cuidado onde pisa, já o Elisio é um cenário mais aberto com tons azulados, com estátuas que lançam flechas em uma certa linha ou estátuas que atacam Zagreus caso ele fique muito próximo. Cada personagem com que nos encontramos possui uma aparência única, dando destaque principalmente para os deuses do Olimpo.

Morte = Progresso
Algo muito comum entre jogos Rogue-Like além da sua dificuldade é que conforme vamos jogando e morrendo, acabamos não só ficando melhores, como tambem acabamos aprendendo mais sobre a história do jogo. Hades não é diferente, a cada nova morte e a cada nova tentativa abrimos novas linhas de dialogo com os personagens, diálogos que pouco a pouco revelam mais sobre a história de Zagreus, perguntas são respondidas e novas dúvidas surgem, e o objetivo “Escape do Submundo” ganha um novo sentido conforme avançamos mais e mais.

Rejogabilidade
Quando se fala de jogos do gênero Rogue-like é necessário que exista um atrativo em se jogar novamente, seja pela história que vai se desdobrando ou simplesmente para tentar chegar mais longe do que antes.


Considerações finais
Hades é o primeiro jogo Rogue Like que a Supergiant desenvolveu, e já pode ser considerado um dos melhores do Gênero, sem dúvidas o acesso antecipado foi oque mais ajudou o jogo a tomar a forma que ele tem agora, os desenvolvedores sempre tiveram um canal bem aberto com a comunidade e estavam prontos para ouvir as reclamações e sugestões que cada um tinha sobre o jogo. Ao final desses 2 anos de desenvolvimentos que podem ser vistos em um documentário pelo canal NoClip, a Supergiant entregou oque prometeu, um Rogue-Like Divino, em todas as palavras.

Reviewed on Feb 19, 2024


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