Em Dredge, você é um pescador que acorda com amnésia em uma vila pesqueira. O prefeito te empresta um barco para você ir pagando conforme pesca. O último pescador sumiu, e todo mundo te avisa, com urgência, para você tomar cuidado de noite.

Pescar é relaxante: tem uns peixes bem pertinho do píer da sua vila. Há outros pontos de pesca mais longe, mas pense em um barco lento, e é bem capaz que ele ainda seja um pouco mais rápido que esse barco que o prefeito te emprestou.

Navegar de noite realmente é perigoso. Primeiro, é escuro pra caramba, deixando fácil pra você bater o barco em paredões de pedra. Segundo, realmente há monstros lá fora. Tudo indica que você e todos seus amigos moram na parte mais Lovecraft do mar. Terceiro, você, o capitão, confrontado com esses horrores além da compreensão, começa a ter alucinações.

Pra mim, todos os aspectos do jogo funcionam bem. É gostoso planejar expedições para pescar, colher materiais, visando melhorar seu barco. Quando você melhora seu barco, você fica mais rápido e passa a poder carregar mais coisas. Quanto mais rápido você fica, mais longe dá pra ir sem passar perrengue.

O jogo é estruturado em "linhas de aventuras", uma pra cada região do mapa. Lá pro fim do jogo, as regiões impõem condições hostis de exploração. O desafio nunca passa do ponto, realça o jogo sem deixá-lo frustrante.

A reta final de Dredge é bem bacana... O final tem uma sacada boa, que deixa a trama mais marcante. Recomendo pra todo mundo. Possivelmente meu indie preferido de 2023.

Reviewed on Dec 19, 2023


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