A minha maior obsessão de jogador. Twinsen é um jogo de ação-e-aventura da época em que os desenvolvedores ainda não tinham firmado convenções firmes de coisas que dão certo. Ele tem controles de tanque, como Resident, mas uma aventura mais cheia de combate e plataforma. Essa parte envelheceu como leite. O que é mais legal no Twinsen é a riqueza de detalhes (todos os ambientes tem NPCs com loops de animação ricos detalhando suas atividades, de um jeito que o mundo fica parecendo muito vivo). Parece que eles empolgaram com a ideia de fazer um mundo virtual 3D MUITO REAL, antecipando ações do jogador e respondendo-nas, e deu certo. Ainda hoje é um game que eu acho que dá aulas de como fazer cidades em RPGs.

Super Mario RPG foi meu primeiro RPG "de verdade", isso é, meu primeiro RPG que não foi do Pokémon. Não sei dizer se é por causa dele que eu amo gráfico isométrico, ou se é por causa do gráfico isométrico que eu amei ele. Na época, eu achava esse jogo totalmente sem defeitos. Anos depois, rejogando até o final, eu achei que o último quinto do jogo é ligeiramente mais dirrubeira do que o começo, por isso só quatro estrelas. Mas é um bom game, que dribla vários dos problemas do RPG da época do SNES e ainda se mantém legal de jogar hoje. Acho ele absurdamente bonito para o SNES, e consideravelmente mais bonito que quase todos os RPGs do começo do 3D, lá no PS1.

Banjo-Kazooie, anos depois, chega a parecer que foi um milagre, um acidente. As fases são todas do tamanho certinho que cabe na cabeça sem precisar de mapa. A dificuldade também é no ponto: tanto Mario 64 quanto os jogos de plataforma do PSX (Crash e Spyro) tinham alguns objetivos bem frustrantes. Banjo tem algumas peças mais difíceis no penúltimo mundo, outras no último, mas é só. Destaque para o charme e para a variedade dos mundos, um feito gigante e ainda mais expressivo levando em conta que o jogo foi desenvolvido para a tostequeira que era o N64.