Mesmo que eu tenha tido preguiça de realmente terminar o labirinto, dá pra considerar que eu terminei por conseguir chegar no real objetivo do jogo: o maldito jumpscare. Com uma jogabilidade simples e terrível, gráficos totalmente básicos pra não distrair o jogador da concentração, é incrível como The Scary ''labirinto do exorcista'' Maze game praticamente foi um precursor do terror bobo da internet que iria se popularizar mais com creepypastas, jogos focados também em jumpscare e mais recentemente analog horrors. Não dá pra falar que essa tranqueira não teve impacto cultural.

É uma experiência de uma vez só e os desenvolvedores souberam transformar essa única vez em algo imersivo e cinematográfico, JFK Reloaded é um dos experimentos mais polêmicos e interessantes dentro do subgênero de simulação, um subgênero onde atividades monótonas e estressantes da vida real são transformadas em diversão quando colocadas em formato de jogo e tendo suas partes negativas da realidade removidas da simulação. JFK Reloaded pega essa ideia e eleva ao seu limite trazendo um dos maiores atentados da história da política americana e transformando em um mero jogo de tiro. A apresentação do jogo é fenomenal trazendo desde já um tom de melancolia e luto, que somado com os poucos textos que aparecem na tela antes da gameplay começar me deixaram com um sentimento de culpa pelo que eu estaria prestes a fazer (mesmo eu não dando a mínima pro Kennedy, morreu foi pouco).