Cara, meu deus, que jogo RUIM!!!
Eu tentei gostar dele, juro que tentei, mas não teve como, esse jogo é simplesmente DETESTÁVEL!

A ideia dele era boa: ser uma espécie de Symphony of the Night simplificado. Porém exageraram na simplicidade e acabaram transformando o jogo em uma aberração sem alma ou personalidade, chata, maçante e extremamente irritante de jogar - além desse excesso de simplicidade ser o culpado por toda a atrocidade de desbalanceamentos que compõem esse jogo.

A única coisa q salva são as artes, o resto é só problema. Comecemos por essa tentativa de ser um RPG similar ao SotN, porém, como eu havia dito, com um sistema simplificado. Aqui há menos itens, menos equipamentos, menos slots para equipar coisas e não há slot de armas. Enquanto em SotN era possível encontrar equipamentos explorando, aqui eles só são obtidos na sorte ao matar monstros.
No lugar das armas o jogo possui um sistema que, não vou mentir, é bem interessante e promissor, que é o sistema de cartas DSS. Em resumo, o jogo possui 20 cartas, 10 de cada tipo - um tipo determina a utilidade e outro determina o poder. Vários inimigos possuem chance de dropar alguma dessas cartas (e elas são permanentes para equipar sempre que quiser). Ao selecionar uma carta de cada tipo, o jogador é capaz de criar diferentes efeitos úteis como:
- Imbuir o chicote com poder de fogo, gelo, luz, etc.
- Invocar diferentes familiars com utilidades e danos diferentes.
- Criar orbitais de proteção de diferentes formatos e elementos
- Etc

Como disse, é um sistema muito legal, porém aí entra um dos maiores problemas do jogo: O drop rate. O Drop rate desse jogo é tão desbalanceado que, das 20 cartas, eu só dropei 5 DURANTE O JOGO INTEIRO! E lembra como elas são o substituto para o equipamento de armas? Então, isso significa que minha opções de dano foram terrivelmente limitadas por culpa do drop rate do jogo - e eu garanto pra vcs que não foram poucos monstros que eu matei, pois esse jogo te obriga a grindar pra caralho (vou explica melhor isso a seguir).
E aproveitando que estamos falando de dano, que tal eu mencionar que, se o jogo não tem armas e as cartas são raras, logo a única forma de ganhar danos é evoluindo? Legal, faz sentido, é um RPG afinal. Porém aí entra o ponto de que esse dano extra a mais por evolução é mínimo, e os inimigos vão começando a ficar muito fortes de maneiras absurdas com o passar do tempo, de forma que até mesmo inimigos comuns começam a ser assustadoramente letais e recheados de vida e defesa. Claro que com isso fica muito trabalhoso lidar com eles e se torna mais fácil apenas ignora-los, porém ignorar inimigos não dá XP, e se você não evoluir seu dano se torna rapidamente irrisório - a nível de ter que lutar contra um boss de 1.500 de HP dando apenas 15 de dano por ataque. Estão entendendo como o negócio é desequilibrado?

E isso tudo sem falar do Level Design. Cara, o level design desse jogo é ridiculamente pobre a ponto de ser ofensivo com todos os jogos anteriores da série. As salas não passam de um punhado de zigue-zagues labirínticos com várias sessões repetidas de maneira porca para estender o mapa (repetindo até os inimigos que aparecem nessas sessões, quase como um CTRL+C e CTRL+V).

Assim, misturando esse mapa monótono e repetitivo com um sistema de RPG desbalanceado que dificilmente dropa itens além de fortalecer seu personagem a 1/3 da velocidade que os inimigos fortalecem, temos bem resumida a terrível experiência que é jogar Circle of the Moon - jogo esse que facilmente entra como o pior Castlevania que joguei até agora (Isso sem contar o Haunted Castle, pq algo ser pior que aquele crime contra a humanidade, aí já é algo impossível).